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CDU Arouca – Património
16 Quinta-feira Set 2021
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08 Quarta-feira Ago 2018
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25 de Abril, eucaliptos, o povo é quem mais ordena!, Valpaços
Em 1989 houve uma guerra no vale do Lila, em Valpaços. Centenas de pessoas juntaram-se para destruir 200 hectares de eucaliptal, com medo que as árvores lhes roubassem a água e trouxessem o fogo. A polícia carregou sobre a população, mas o povo não se demoveu.
«Foi o nosso 25 de Abril», diz Maria João Sousa, que tinha 15 anos quando a revolução chegou à sua terra. No dia 31 de março de 1989, a rebate do sino, 800 pessoas juntaram-se na Veiga do Lila, uma pequena aldeia de Valpaços, e protagonizaram um dos maiores protestos ambientais que alguma vez aconteceram em Portugal.
A ação fora concertada entre sete ou oito povoações de um escondidíssimo vale transmontano, e depois juntaram-se ecologistas do Porto e de Bragança à causa. Numa tarde de domingo, largaram todos para destruir os 200 hectares de eucalipto que uma empresa de celulose andava a plantar na quinta do Ermeiro, a maior propiedade agrícola da região.
À sua espera tinham a GNR, duas centenas de agentes. Formavam uma primeira barreira com o objectivo de impedir o povo de arrancar os pés das árvores, mas eram poucos para uma revolta tão grande.
Maria João, que nesse dia usava uma camisola vermelha impressa com a figura do Rato Mickey, nem deu pelo polícia que lhe agarrou no braço. «Ide para casa ver os desenhos animados», atirou-lhe, mas a rapariga restaurou a liberdade de movimentos com um safanão: «Estava tão convicta que não sentia medo nenhum. Naquele dia ninguém sentia medo nenhum. Eles atiravam tiros para o ar e parecia que tínhamos uma força qualquer a fazer-nos avançar.»
A tensão subiria de tom ao longo da tarde. «Houve ali uma altura em que pensei que as coisas podiam correr para o torto», diz agora António Morais, o cabecilha dos protestos. Havia agentes de Trás os Montes inteiros, da Régua e de Chaves, de Vila Real e Mirandela.
Mas também lá estava a imprensa, e ainda hoje o homem acredita que foi por isso que a violência não escalou mais. Algumas cargas, pedrada de um lado, cacetadas do outro, mas nada que conseguisse calar um coro de homens e mulheres, canalha e velharia: «Oliveiras sim, eucaliptos não».
30 Domingo Jul 2017
Posted Associativismo, Autárquicas 2017, CDU Arouca, Património
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Uma delegação da Candidatura da CDU Arouca, que integrava a mandatária concelhia, Deolinda Brandão, o cabeça de lista à Câmara Municipal de Arouca, Francisco Gonçalves e, ainda, Carlos Alves e Carlos Pinho, visitou, no início desta semana, as instalações e reuniu com o presidente do Centro Arqueológico de Arouca.
Esta iniciativa da candidatura concelhia da CDU visou conhecer os problemas desta associação arouquense, que leva já 33 anos de existência, e chamar a atenção para a importância do património arqueológico arouquense, que no âmbito do património histórico / cultural da nossa terra é, talvez, a vertente mais esquecida.
Na reunião realizada, após a visita às instalações, o presidente do Centro Arqueológico de Arouca, António Manuel Silva, deu nota das principais preocupações da associação, concretamente:
– a incerteza quanto ao futuro das instalações que a associação ocupa, sobretudo considerando a eventual concessão da ala sul do Mosteiro de Arouca;
– a falta de condições das instalações e a necessidade de um espaço que contemple uma área de armazenamento do espólio recolhido, ao longo dos últimos trinta anos; uma área com condições para o trabalho de investigação dos materiais e um espaço para reuniões e funcionamento da associação;
28 Sexta-feira Jul 2017
Posted Agricultura, Ambiente e Recursos Naturais, Arouca, Património, PCP, Política
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1. O PCP assumiu em Outubro de 2016 (Ver Nota do Gabinete de Imprensa), em Janeiro de 2017 (Ver Conferência de Imprensa), em debate na Assembleia da República ( Ver intervenção de João Ramos), e pela voz do seu Secretário-Geral, mais recentemente, a propósito dos graves incêndios florestais (Ver audição pública sobre a situação dos bombeiros e da protecção civil), que o conjunto de diplomas da chamada Reforma Florestal, não resolveriam os problemas da floresta portuguesa, constituindo mesmo uma ilusão a ideia que aqui estava a inversão do caminho que vinha sendo seguido há muito – falta de meios, recursos humanos e dotações financeiras para colocar em prática muito do que está já legislado, designadamente a Estratégia nacional Florestal.
2. No final da votação final global da chamada Reforma Florestal, ainda que o resultado inclua elementos negativos, o PCP pode afirmar que foi pela sua intervenção que:
– O Governo fica obrigado a criar, até 2019, as Equipas de Sapadores em falta, para atingir o objectivo nacional de 500;
– O Governo fica obrigado a criar o Corpo de Guardas Florestais;
– O Governo fica obrigado a criar linhas de financiamento modulado para o equipamento de máquinas agrícolas com mecanismos de segurança;
29 Quinta-feira Jun 2017
Posted A Água, Ambiente, Arouca, Património, Política
inQuestões colocadas por Carlos Alves no período destinado à intervenção dos munícipes.
Senhor Presidente
Assembleia Municipal de Arouca,
Considerando a tragédia ocorrida em Pedrogão Grande e o histórico de grandes incêndios verificados em Arouca, gostava, em substituição da intervenção que tinha previsto sobre ordenamento florestal e prevenção de incêndios dirigida ao senhor presidente da Câmara Municipal de Arouca, sugerir à Assembleia Municipal:
– Que, considerada a importância estratégica do sector florestal para o desenvolvimento de Arouca, talvez fosse importante esta Assembleia, ou a que lhe suceder em Outubro, considerar a constituição de Comissão Municipal Florestal, que anualmente, na sessão de Junho, apresente relatório sobre o combate a ocorrências de incêndios verificados durante o ano anterior, ordenamento florestal e prevenção, nomeadamente, ações de sensibilização de educação ambiental ou de plantações promovidas pelas estruturas municipais e pelas associações ambientalistas, evolução dos meios humanos e técnicos de combate aos fogos, atividades de limpeza, manutenção e construção de novos aceiros, manutenção e construção de pontos de água e outros.
16 Sexta-feira Set 2016
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A Comissão de Agricultura criou um grupo de trabalho para acompanhar medidas de prevenção e combate aos incêndios florestais, por proposta do PCP.
A Assembleia da República passa a ter um grupo de trabalho dedicado aos incêndios florestais, depois de um Verão marcado pelo flagelo de milhares de hectares de floresta ardida. A proposta partiu do PCP e tem por base uma resolução adoptada pelo Parlamento em 2014, que recomenda «a adopção de medidas com vista a assegurar maior eficácia no âmbito da prevenção e combate aos fogos florestais».
Há pouco mais de um mês, o Governo criou um outro grupo de trabalho, no seio do Executivo, entre os ministérios da da Agricultura, do Ambiente, da Administração Interna e da Justiça para «tratar, de uma vez por todas, da prevenção estrutural e de fazer a reforma da nossa floresta». O anúncio foi feito pela ministra da Administração Interna após o grande incêndio em Arouca (Aveiro).
28 Domingo Ago 2016
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espécies autóctones, eucalipto, Floresta, guardas florestais, limpeza, ordenamento, preço justo, sapadores
– O ordenamento e limpeza da floresta, contrariando a monocultura, plantação de espécies tradicionais e combate às infestantes, combate à hegemonia do eucalipto – a espécie que ocupa mais área no País à frente do Pinheiro Bravo e do Sobreiro –, abertura de caminhos rurais e aceiros, valorização da agricultura e da pastorícia, ocupação do espaço rural e concretização do cadastro. Para tanto é necessário que o Governo desbloqueie meios do PDR 2020 e do Orçamento do Estado, designadamente do Fundo Florestal Permanente;
– A Garantia de um preço justo pela madeira que se mantém a níveis semelhantes aos de há dez anos atrás, apesar dos custos de produção aumentarem, sendo necessária intervenção pública para contrariar práticas abusivas do domínio do mercado;
– O Apoio ao dispositivo de intervenção, designadamente de sapadores florestais – que deveria contar com 500 equipas em 2012, e que apenas dispõe de 283 –, bem como a retoma do Corpo de Guardas Florestais, que o PCP propôs na anterior legislatura, reforço das estruturas do Ministério da Agricultura, para apoiar pequenos proprietários que detêm a maioria da área florestal e que é necessário respeitar. Renovar frotas, valorizar o pagamento às Equipas de Combate a Incêndios Florestais, investir em equipamento tecnologicamente avançado e em maior disponibilidade de meios humanos, tendo presente que muitas corporações de bombeiros viram os seus efectivos migrar.
19 Sexta-feira Ago 2016
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É os momentos difíceis que se vêem os amigos, diz o povo na sua sabedoria tantas vezes invocada, poucas vezes respeitada e raramente seguida.
Momento difícil vive a República Portuguesa, atacada por fogos traiçoeiros cujas causas inspiradoras e os objectivos com eles perseguidos dificilmente serão do conhecimento público e virão a ser alvo de apuramento levado às últimas consequências, como é de tradição neste país quando se trata de assuntos delicados e trágicos. Especula-se sobre as percentagens possíveis de cada uma das fontes de incêndios, tecnocraticamente arrumadas; captura-se aqui ou ali um suspeito de fogo posto, normalmente «pirómano», «doente mental» ou «cidadão irresponsável», qualificações que cumprem bem as acomodações de consciências asseguradas pelo sempre bem-vindo bode expiatório. E quando não houver mais nada para arder por ora e outras desgraças servirem de pasto ao vampirismo da comunicação social, arrasados os bombeiros que vão sendo levados nos andores da caridadezinha, inventariam-se os milhões de prejuízos – a somar aos milhares de milhões para os banqueiros e outros tantos ou mais sugados por Bruxelas – e passamos adiante: para o ano haverá outra «época de incêndios», com anúncio prévio e medidas oficiais. É assim que tem sido; haja alguém que consiga romper o ciclo vicioso para o país e muito virtuoso para os verdadeiros incendiários.
Uma situação de «terrorismo», qualificou, e com toda a propriedade, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses. Não existe palavra com tanta actualidade e mais adequada ao que está a passar-se com os incêndios em Portugal, por muito que tal identificação seja omitida, vá lá saber-se porquê. No entanto, os dramas humanos e económicos do que vem acontecendo traduzem uma imensa tragédia que avança perante a impunidade absoluta – e provavelmente eterna – dos autênticos terroristas.
15 Segunda-feira Ago 2016
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17 mil hectares, Arada, Arouca, Gralheira, incêndios, Serra da Feita
“2. AS MONTANHAS
A serra da Freita domina pela dimensão, pela unidade que constitui e pelos valores que encerra. Mas outras alturas se impõem, desde os contrafortes do Montemuro aos arredondados do Arressaio. E sempre presentes os rios e ribeiros, a floresta e os matorrais, o pastoreio e as aldeias ancestrais. Aqui, os valores naturais são imensos e a sua importância, para o desenvolvimento do concelho, decisiva. É que não está em causa só a economia, mas também e muito uma paisagem extraordinária, uma forma muito própria de estar na vida, a luta contra o despovoamento e o equilíbrio de um território, que só será conseguido se a presença humana aí continuar a ser uma realidade.
A floresta, sobretudo nas encostas, tem uma importância decisiva para a economia rural e tem de ser entendida não só como o mealheiro a que se recorre quando necessário, mas como um recurso que deve ser explorado de forma racional e permanente. Só que enferma de debilidades e problemas que põem em causa esse objectivo e todo o equilíbrio natural.
A monocultura do eucalipto e do pinheiro, em povoamentos contínuos, extremes ou mistos, tornam-na vulnerável aos incêndios, propiciam a degradação dos solos, erradicam espécies tradicionais, põem em causa rios e ribeiros e contribuem decisivamente para a diminuição da diversidade vegetal e animal.
O planalto da Freita é invadido e agredido sem regras nem ordenamento e a sua degradação, em termos paisagísticos e de fauna e flora, é uma realidade que nos confrange.
Em todo este espaço pontuam aldeias onde vivem cada vez menos pessoas (3), importando afirmar e assumir que a paisagem serrana é fruto da natureza, mas também e muito resultado da actividade humana que sempre soube ser agente de um grande equilíbrio, equilíbrio esse que, nas últimas décadas, fruto de políticas erradas, foi criminosamente posto em causa. A sobrevivência das aldeias e o povoamento da serra são imperativos de ordem natural, cultural e económica.
Aqui, nestas montanhas, pastam vacas e cabras que têm de ser vistas como património animal de interesse local e nacional e que podem ser, cada vez mais, condição de sobrevivência do homem da serra, mas também de defesa e manutenção da paisagem como a conhecemos. O planalto da Freita e ouras alturas do concelho não passariam de imensos matagais se o pastoreio desaparecesse.
As riquezas geológicas, minerais, arqueológicas, paleontológicas e arquitectónicas são recursos que importa conhecer melhor, preservar e rentabilizar, devidamente enquadrados numa política em que as visões científicas e preocupadas com a natureza e as pessoas sejam determinantes.
13 Sábado Ago 2016
I – O PCP manifesta a sua solidariedade para com as populações atingidas pelos incêndios dos últimos dias, e o apreço pelo incansável trabalho que milhares de bombeiros e outros intervenientes realizam para minimizar os seus efeitos.
Milhares de hectares de floresta ardida, dezenas de anos de trabalho e investimento perdidos em poucos minutos, habitações, edifícios públicos, culturas agrícolas, gados, armazéns, e outras instalações agrícolas e industriais destruídas. Vidas humanas perdidas. Recorde-se que, no balanço da última década, os incêndios florestais deixaram no País um rasto de destruição expresso em mais de um milhão de hectares de área ardida.
II – O PCP há muito que vem alertando para as causas deste flagelo: desinvestimento, desordenamento, falta de limpeza das matas, escassez dos meios permanentes e dos meios especiais de combate aos fogos, mas aponta como causas mais determinantes a ausência de políticas de apoio ao desenvolvimento da agricultura, aos pequenos e médios agricultores e produtores florestais, o sistemático afrontamento das comunidades dos baldios, a destruição da agricultura familiar, a desertificação do interior incentivadas por falta de actividade produtiva com garantia de rendimento para os produtores, a eliminação de serviços públicos (em particular, escolas e serviços de saúde) e que se acentuaram no mandato do anterior Governo PSD/CDS, com a aprovação da chamada Lei da Eucaliptização, que levou ao aumento significativo das áreas de eucalipto plantadas, com a aprovação de uma nova lei dos baldios visando a sua expropriação aos povos, ou com o desvio de mais de 200 milhões de euros do PRODER para outras áreas.
O PCP reitera hoje o que vem afirmando há décadas.
O problema dos incêndios florestais só pode ser resolvido com uma efectiva política de ordenamento florestal, contrariando as extensas monoculturas, de limpeza da floresta, de plantação de novas áreas de floresta tradicional, combatendo a hegemonia do eucalipto – que passou a ser a espécie que ocupa mais área no País, à frente do pinheiro bravo e do sobreiro –, de abertura de caminhos rurais e aceiros, de valorização da agricultura e da pastorícia, de ocupação do espaço rural.
28 Sábado Nov 2015
Posted Nacional, Património, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores
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Para os que viveram o 25 de Abril em Portugal e têm assistido à vingança contra a revolução, posta em prática sobretudo no decorrer dos últimos 35 anos, as ilusões há muito se esfumaram. Quando se observa o desmantelamento sistemático de um país arrasando a economia, saldando o bem público, alargando as desigualdades, submetendo a soberania nacional a ordens emanadas do estrangeiro em desfavor dos portugueses, tudo isto em nome da democracia, da liberdade e da modernidade, a simples tentativa de cultivar ilusões mais não é do que uma cedência à passividade e ao conformismo.
Nada de ilusões, porque nada há de mais desmotivador que a desilusão. Mesmo dando o devido valor à tomada de posse de um governo nascido da reintegração na esfera das decisões de alguns partidos que o sistema de vingança funcionando desde a década de oitenta segregou e tentou condenar ao pariato eterno; mesmo ouvindo o novo primeiro-ministro falar de Abril perante o rosto agoniado do chefe do Estado; ou anotando ainda a sua intenção – que me pareceu genuína – de recuperar as pessoas e a cidadania para o processo político como caminho para as poupar aos efeitos mais cruéis do regime do mercado; ou registando até o seu proclamado empenho em restaurar direitos e práticas sociais que têm sido feridas quase de morte pelo sistema de governo gerido pelo ganancioso patronato interno e externo. Qua não haja ilusões, dentro de uma perspectiva realista e preventiva, mas se cuide de uma esperança, agora justificada, porventura capaz de abalar e desinstalar um sistema degenerado, na verdade ilegítimo, ofensivo da Constituição da República e que deixou Portugal de rastos.
25 Terça-feira Ago 2015
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Disponibiliza-se a versão digital (pdf) do “2º Caderno Temático do PCP Arouca – Desenvolvimento, Ambiente e Recursos Naturais “, lançado em Julho de 2013.
“O que nos propomos é reflectir, ainda que de forma breve e necessariamente incompleta, sobre o que somos e o que temos, sempre na perspectiva de como se articular ambiente e desenvolvimento, sendo que temos de ambiente não o conceito estreito de qualquer valor pontual, mas a largueza e complexidade de tudo quanto rodeia, integra e enforma a actividade humana num determinado território.
25 Domingo Ago 2013
Posted Ambiente, Arouca, Autárquicas 2013, Património, PCP, Política, Propostas, Sociedade
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Ambiente, desenvolvimento, futuro, plano estratégico, recursos naturais
Contactos: 912111420/ 916893711
“O que nos propomos é reflectir, ainda que de forma breve e necessariamente incompleta, sobre o que somos e o que temos, sempre na perspectiva de como se articular ambiente e desenvolvimento, sendo que temos de ambiente não o conceito estreito de qualquer valor pontual, mas a largueza e complexidade de tudo quanto rodeia, integra e enforma a actividade humana num determinado território.
11 Domingo Ago 2013
Posted Arouca, Associativismo, Cultura, Internacional, Notícias, Património, Sociedade
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cinema, dança, documentário, Festival Internacional de Folclore, gastronomia, programa, workshops
Arouca recebe, de 14 a 17 de Agosto, o XXXI Festival Internacional de Folclore de Arouca organizado pelo Conjunto Etnográfico de Moldes.
A exibição de um documentário etnográfico ao ar livre, os workshops de dança, a gastronomia e os espectáculos de folclore preenchem a programação que animará o centro histórico da vila de Arouca durante quatro dias.
Ver, ouvir, experienciar e saborear o que de melhor a ruralidade e a cultura popular pode oferecer é a proposta de uma programação que combina o legado da herança cultural portuguesa com o exotismo da cultura cabo-verdiana.
PROGRAMA
Quarta-Feira | 14 de Agosto
22h00 | Exibição de “Sobre Viver” – Um documentário sobre a aldeia de Regoufe (Arouca) ameaçada pelos lobos e pela desertificação humana.
Local: Praça Brandão de Vasconcelos
30 Terça-feira Jul 2013
Posted Nacional, Património, Portugal, Sociedade
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Portugal, em mais de oito séculos, atravessou agudas crises de identidade nacional e de consolidação da independência. Três ciclos marcam o Livro Negro da Nacionalidade. Os dois primeiros têm calendário definido: 1383-1385/1580-1640. O terceiro iniciou-se em 2011. Portugal voltou a ficar intervencionado, manietado, tutelado. Desta vez, o inimigo dispensou o constrangimento da ocupação militar: recorreu à arma monetária. Nos períodos de sujeição aos ditames e vexames de Castela, coube às arraias miúdas e a certos elementos da nobreza e da burguesia levantar do chão o projecto nacional. Em textos subscritos nos últimos dois anos, tenho refocado as figuras do conde Andeiro, do bispo Martinho, do Mestre de Avis, do poboo meudo , episódios do cerco de Lisboa: a revolução de quatrocentos. Nesse regresso ao passado, tracei um paralelismo com a actual transferência dos centros de decisão, a quebra de soberania, o nosso status de protectorado, a nossa condição de garroteados pelo défice, pela dívida, pela penúria. Na continuação do relançamento deste olhar pela história, evocarei hoje um dos sustentáculos de Castela em Portugal no séc. XVII: a Casa dos Marqueses de Vila Real, progénie liderante da Corte de Trás-os-Montes. [1] Durante os preparativos da Restauração, houve quem pretendesse cortar pela raiz a árvore genealógica da Casa Grande, que urdira estreitos e fundos laços familiares e patrimoniais com o abocanhador peninsular e mantinha uma rede de cúmplices que, sediada em Vila Real, contava com personagens de relevo e influência, sobretudo a partir de Coimbra. No entanto, as emergências conspirativas e a pragmática conciliatória pouparam, na arrancada de 1640, este núcleo duro do filipismo.
25 Sábado Maio 2013
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Bayer, Comissão Europeia, durão barroso, Monsanto, patentes, sementes
25 Segunda-feira Mar 2013
Posted Governo, Património, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores
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É mais do que sabido o conceito da “porta giratória” entre cargos governativos e cargos na administração de grandes empresas: governantes que, acabado o seu mandato público, de repente se vêm em lugares chorudamente pagos em empresas privadas. E não é raro que se trate de empresas com quem, enquanto governantes, tinham anteriormente estabelecido vultuosos contratos e negócios.
Há naturalmente excepções, como a da multinacional farmacêutica que descobriu em José Sócrates insuspeitos dotes para o seu ramo e o contratou, encarregando o “filósofo”/farmacêutico de uma qualquer tarefa de influência, bem paga como ele merece.
E há outros casos, como o do trânsito de Jorge Coelho de responsável pelas Obras Públicas no governo de Guterres para a presidência da Mota-Engil, que fora – ela ou empresas e consórcios em que participa – não pouco beneficiada nos negócios durante a sua gestão ministerial. Ele foram as milionárias concessões rodoviárias, ele foram as SCUT’s, ele foi o 2º acordo com a Lusoponte, ele foi o prolongamento do prazo da concessão do maior terminal de contentores do Porto de Lisboa, entre outros.
18 Segunda-feira Mar 2013
Posted Administração Local, Ambiente, Arouca, Francisco Gonçalves, Notícias, Património, Política
inO Prédio
Percorre as conversas e o espaço público locais a polémica em torno da volumetria do edifício em construção no centro da Vila, ali junto à Academia de Música. Não ponho em causa a arquitectura – a obra não está concluída e não é bom misturar estética e política-, nem a legitimidade do dono da obra – submeteu a quem de direito o seu projecto -, mas sim a (in)coerência urbanística. Estando para a Vila previsto um grande perímetro urbano (exagerado até – Vila até ao Arieiro é Vila a mais), isto é, optou-se por um crescimento urbano horizontal e não vertical. Se o dito edifício “tem um piso a mais, para além do expectável para a zona”, como diz o presidente da câmara, algo de errado se passou. Apurem-se razões e responsabilidades!
Os passadiços
Foi noticiada a adjudicação, por 1.854.583,70 euros, da construção dos passadiços no Paiva. A preservação e a valorização do património natural de Arouca é hoje uma frase feita, “geoparquenamente” cantada aos quatro ventos. Mas neste caso “não bate a bota com a perdigota”. Os espaços humanos valorizam-se criando condições para os humanos, os espaços naturais (sem interacção humana) valorizam-se não levando para lá humanos. Criar as infraestruturas necessárias à prática das atividades desportivas existentes no Paiva é valorizar o espaço e está muito bem. Cravar um passadiço na escarpa e prolongá-lo por vários quilómetros numa zona natural não frequentada por humanos não é valorizar, é destruir. É um disparate e caro!
01 Sexta-feira Mar 2013
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2013, Arouca, Asssembleia da Organização, comissão concelhia, PCP, Resolução Política
Realizou-se no passado dia 23 de Fevereiro, na Casa do Povo de Arouca, a IIIª Assembleia da Organização Concelhia de Arouca do PCP, que contou com a presença de Carlos Gonçalves, da Comissão Política do Comité Central do Partido Comunista Português.
Sob o lema “Um partido mais forte para construir a alternativa, reforçar a intervenção em Arouca”, os trabalhos decorreram ao longo de três horas e meia, durante as quais foi analisada a situação política nacional e europeia, feito o balanço da estrutura comunista local e da actividade concelhia nos últimos três anos e projectado o trabalho para os próximos três.
No plano autárquico, foi feita uma crítica contundente à gestão de Artur Neves considerada de “política de show-off, uma espécie de mosaico de eventos, sem uma perspectiva estratégica de desenvolvimento”. Como contraponto afirmam a necessidade de um modelo de desenvolvimento concelhio global e integral, que contemple ambiente e desenvolvimento, no qual as acções realizadas estejam de acordo com o desígnio estratégico do modelo.
Antes da conclusão dos trabalhos foi aprovada, por unanimidade, a Comissão Concelhia que terá a responsabilidade de gerir a organização comunista arouquense nos próximos três anos e que terá, já no imediato, a tarefa de preparar a candidatura autárquica da CDU, cujo grande desafio é, no dizer de Francisco Gonçalves, responsável da Comissão Concelhia, o de apresentar uma visão alternativa para o concelho.
20 Quarta-feira Fev 2013
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Entrevista ao jornal Roda Viva de Francisco Gonçalves, responsável pela concelhia do PCP de Arouca, realizada em Fevereiro de 2013.
1. A CDU já tem candidato à CMA?
Não. No próximo dia 23 de Fevereiro a organização concelhia de Arouca do PCP vai realizar a sua 3ª Assembleia de Organização, onde definirá o plano de acção para os próximos anos. Seguidamente será criada uma comissão, já no âmbito da CDU, que vai construir a candidatura autárquica.
2. Qual será o seu perfil?
Será definido no processo de construção da candidatura.
3. E para os outros órgãos autárquicos (AM e JF)?
Neste momento, podemos dizer que vamos apresentar candidatura à câmara municipal, à assembleia municipal e ao maior número possível de assembleias de freguesia.
4. Que actividades foram desenvolvidas pela CDU em Arouca durante o ano 2012? E para 2013?
Participámos, enquanto munícipes, nas assembleias municipais de Abril, Setembro e Dezembro onde trouxemos à liça questões da Educação, da Saúde, da Acção Social, do Emprego, do Ambiente. Tanto nas Assembleias Municipais como nos comunicados do PCP temos sublinhado a desgraça que é para o nosso povo a política de austeridade.
As pessoas têm dificuldades, o rendimento foi esmagado, o mercado interno contraiu, as empresas fecharam, o desemprego alastrou. Sinto-o na minha escola, nos alunos, vejo-o nas ruas da Vila, lojas a fechar, prestamistas a abrir. Sinais de crise, crise profunda. Contra a crise participámos em diversas iniciativas de massas, do PCP e da CGTP, de âmbito regional e de âmbito nacional.
Participámos ainda no debate sobre a intervenção na Praça Brandão de Vasconcelos, comemorámos a Revolução de Abril, onde participou Ilda Figueiredo, patrocinámos a vinda do deputado ao Parlamento Europeu ,João Ferreira, à Escola Secundária de Arouca e participámos na preparação do XIX Congresso do PCP.
Em 2013, comemoraremos a Revolução de Abril, lançaremos o 2º Caderno temático do PCP, cujo tema será “Ambiente e Desenvolvimento”, participaremos na IX Assembleia da Organização Regional de Aveiro do PCP. No âmbito da CGTP, participaremos também na Luta de Massas, a próxima já no dia 16 de Fevereiro, em Aveiro. E, claro, na CDU, as Eleições Autárquicas.
15 Terça-feira Jan 2013
1- Nos últimos dias o país foi sacudido com a divulgação intencional do chamado relatório do FMI em torno dos ditos cortes na despesa pública. Uma operação desencadeada em perfeita articulação com o actual Governo – autor material da orientação e conteúdo fundamental do dito relatório – que, numa repetida estratégia de terror junto da população, põe na boca de outros ameaças inqualificáveis às condições de vida dos trabalhadores e do povo português, para mais adiante facilitar a aceitação de mais medidas gravosas que o próprio se encarregará de apresentar.
Simultaneamente, com esta divulgação, o governo PSD/CDS procurou apagar do debate público as consequências do início da concretização do pior Orçamento do Estado desde os tempos do fascismo, da sua política de agressão aos trabalhadores, ao povo e ao país, que terá já efeitos nos próximos dias, por via do roubo nos seus salários e pensões dando-se mais um passo no empobrecimento de milhões de trabalhadores e pensionistas.
11 Sexta-feira Jan 2013
O Governo do PSD/CDS-PP e o FMI não querem discutir (i) como vamos cortar os 8 mil milhões de juros da dívida que estamos a suportar neste momento; (ii) como é que vamos cortar os sete mil milhões de euros que o Estado assumiu de encargos seus para recapitalizar a banca, pedindo empréstimos ao estrangeiro e hipotecando o crescimento e o desenvolvimento do nosso país.
13 Terça-feira Nov 2012
Posted Arouca, Cultura, Economia, Educação, Energia, Eugénio Rosa, Governo, Indústria, Juventude, Nacional, Ordenamento do Território, Património, Pescas, Política, Portugal, Saúde, Sociedade, Trabalhadores, Transportes, Turismo
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Governo e “troika” estão empenhados em destruir aquilo que muitos designam como “Estado social” através do estrangulamento financeiro. Para tornar claro isso, e para se poder ficar com uma ideia das consequências para os portugueses dos cortes enormes nas despesas com as funções sociais do Estado, ou seja, com a educação, a saúde e segurança social constantes do OE-2013, assim como do novo corte de 4.000 milhões € acordado pelo governo e “troika” interessa analisar os que já se verificaram ou estão a ser aplicados, até porque os novos cortes (os do OE-2013 e 4000 milhões €) vêem-se adicionar aos já realizados até ao fim de 2012.
O quadro seguinte, construído com dados da execução orçamental divulgada todos os meses pelo Ministério das Finanças, torna claro o que está em jogo, e quais serão as consequências inevitáveis dos cortes já feitos por este governo e “troika”, e dos novos anunciados por eles.
Os dados do quadro referem-se apenas aos primeiros nove meses de cada ano (Jan./Set.), no entanto os cortes em despesas com serviços essenciais para a população são tão elevados que chocam pelas consequências que inevitavelmente estão a ter sobre vida dos portugueses, empurrando muitos para a miséria. E isto porque, tomando como base a despesa realizada pelo Estado nos primeiros nove meses de cada ano, verificou-se, entre 2010 e 2012, ou seja, em apenas dois anos um corte nas despesas com a educação e saúde superior a 2.500 milhões €. O corte nas transferências para a Segurança Social à primeira vista parece ser menor, o que não é verdadeiro já que o valor de 2012 inclui as transferências do OE para financiar um plano de emergência assistencialista (cantinas para os pobres) no valor de 176 milhões € e o pagamento das pensões aos bancários (522 Milhões €), despesas estas que até 2012 não existiam.
09 Quarta-feira Maio 2012
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4 de Maio de 2012, Arouca TV, candidatos, Francisco Gonçalves, PCP Arouca
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Entrevista a Francisco Gonçalves, gravada a 4 de maio de 2012, no âmbito de uma iniciativa promovida pela Arouca TV, aos candidatos às Eleições Autárquicas de 2009.
Ver também:
26 Segunda-feira Mar 2012
Posted A Praça, Arouca, Álvaro Couto, Cultura, Património, Política
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– Só quem mora no convento, é que sabe o que lá vai dentro!
Ia começar uma crónica centrada no convento, depois logo se via o que isto ia dar, mas a praça bem perto, mudou-me a direcção da esferográfica. Tinha aqui à mão o Nuno Brito, a quem fui visitar à sua casa junto à praça. O caminho do texto seria sobre o que faláramos ali, à janela, enquanto íamos olhando para o Convento: Fátima, exorcismos, Heidegger, Lili Caneças (não lembra ao diabo, mas lembrou-se ele), das antigas namoradas, e fazíamos intenção de seguir por aí fora, se ele não fosse interrompido pelo toque do telemóvel, que acabou por o levar dali por uns instantes.
Guardei a conversa a manhã inteira para a enfiar no papel e eis, afinal, o que conservo: o que me aparece, já depois da saída repentina do Nuno, é o alvoroço no seio de um grupo de pessoas lá em baixo na Praça Brandão Vasconcelos, olhando para o chão com ar preocupado, cuja terra revolvida parece atingida por um achado estranho
– Senhor Presidente, acabámos de descobrir este esqueleto humano. Afinal, a existência aqui de um antigo cemitério, não é nenhum mito nem nunca foi trasladado!
Ante o grupo o presidente parece sonhar com um dilúvio de fantasmas. Fala, enquanto estende os seus acesos braços para o ar
– Mito ou não, esta coisa de esqueletos já é um autêntico pesadelo a assombrar-me dia e noite!
A partir de certa altura, um dos arqueólogos baixa-se para apanhar um alfinete de mortalha junto ao esqueleto. Um outro colega apalpa-o, respira-o. Parece estar ouvindo o cadáver. Os dois cientistas são quem tenta lavrar o seu sentido. Mas é o padre – também presente – quem expande a sua vigília
– Seja como for, trata-se de um defunto. Assim sendo, por mais antigo que seja, estamos a falar de um cristão que terá tido nome e família. . .
e o padre a aumentar o pulsar daquela existência humana como se o cadáver resistisse ainda ao longo acorde do tempo. Os arqueólogos concordam
– Absolutamente. Há que saber quem é e a quem pertence!
mas o presidente, com os azeites e voltando a estender para o céu os acesos braços, não estava, para aí, virado
– Quero lá saber se é Zé ou Manel, até podia ser o D. Fuas Roupinho! Nesta terra só importa um nome – Progresso! Portanto, também não é este tipo que vai parar as obras nesta praça!
e, novamente, voltou-se a ouvir o ruído das máquinas a abalar o chão da velha praça. Neste efeito, o esqueleto estremece, ou por causa das máquinas ou porque se afadigou a escutar os comentários daqueles homens no seu ouvido. Seja como for, lá sentiu que não havia modo de arranjar sossego. É aqui que começa, de repente, o calafrio generalizado: no instante do estremecimento do cadáver, este libertou-se da sua sepultura e, olhando, olhando a luz, rugiu mesmo
– Outra vez a vida!
É aí, então, que eu (ó pernas para que te quero) fujo dali a sete pés, enquanto dentro de mim aquele zombie ou lá o que era (sem que me apercebesse de início, nem ainda hoje), aumentava, precisava-se, tornando-se real, com carne e cheiro e vida e alma. Sossegado, sossegado, só minutos depois de me fechar em casa, onde a minha mulher, segurando-me com as palmas abertas, lá ia procurando acalmar-me
– Ó homem, estás branco como a cal, até parece que viste um fantasma!
Sinceramente, custando-me confessar que estive a ponto de chorar pela vida de um esqueleto, só lhe disse então o que, hoje, vos afirmo
– Só quem mora na praça, é que sabe o que lá se passa!
16 Sexta-feira Mar 2012
Posted António Óscar Brandão, Arouca, Cultura, Economia, Educação, Euro, Europa, Gestão Participada, Governo, Justiça, Juventude, Nacional, Notícias, Património, Pescas, Política, Saúde, Sociedade, Trabalhadores, Transportes, Turismo
inDuma assentada foram ao ar quatro feriados. Dois civis e dois religiosos. Após «duras e contumeliosas testilhas» com a igreja católica, que nunca deu ponto sem nó. Abstenho-me de comentar os religiosos, mas os civis merecem um reparo.
O 1º de Dezembro parece que é já pacífico, pois há muito que a nossa independência é mercadejada a retalho. O 5 de Outubro dará mais que falar. A Primeira República cometeu excessos e atropelos. É certo. Mas a monarquia não era um poço de virtudes; longe disso.
A prazo, esta gente arranjará uma mortalha ao 25 de Abril. Duma coisa poderemos estar certos: um povo sem memória, é um povo sem rumo e sem futuro.
Florescem, assim, as Parcerias Público Privadas na Saúde, na Educação, nas auto-estradas, nas pontes… em tudo o que der lucro assegurado, louvado seja nosso senhor! E se não der, o Estado, que é a mesma coisa que dizer o contribuinte, paga. É o «Estado Garantidor», como lhe chamou o Professor Avelãs Nunes. Ao serviço de uma oligarquia que nos amordaça e explora.
BPPs, BPNs e quejandos são disso o exemplo acabado. É a promiscuidade e impunidade total. Os responsáveis, que têm nome, passeiam-se sob o sol dos trópicos enquanto as cadeias se enchem de pilha-galinhas. Basta roubar um «polvo e um iogurte» para que a justiça do Sr. Soares dos Santos seja célere e impiedosa.
23 Quinta-feira Fev 2012
23 Quinta-feira Fev 2012
Posted A Cassete, Cultura, Nacional, Património, PCP
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20 Segunda-feira Fev 2012
Posted Ambiente, Educação, Energia, Governo, Nacional, Património, Sociedade, Trabalhadores, Transportes, Turismo
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Aveiro, biosfera, comboios, enceramento de linhas, Governo, linha do vouga, São João da Madeira, Troika
16 Quinta-feira Fev 2012
Posted Cultura, Nacional, Património, PCP
inNo espaço de dois anos, duas reportagens de algum fôlego sobre cultura e economia (duas palavras cada vez mais vistas juntas, coladinhas uma à outra) publicadas no jornal Público espelham bem o processo de mercantilização em curso da cultura. Ambas as reportagens são assinadas por Alexandra Prado Coelho.
A primeira é de 24 de Março de 2010. O Público noticiava com honras de primeira página a apresentação do estudo O Sector Cultural e Criativo em Portugal, uma encomenda do Ministério da Cultura à empresa Augusto Mateus & Associados.
O título garrafal dando o mote à reportagem era uma pergunta:
«A cultura pode salvar a economia?»
Logo na altura, dado o conteúdo e conclusões do estudo liderado pelo famigerado ministro da Economia do PS de Guterres, pareceu ser mais pertinente a seguinte formulação:
«A cultura pode salvar o capitalismo?»
Mercantilização e repto à «classe criativa»
De facto o mistificador estudo de conclusões predefinidas encomendado pelo Ministério da Cultura português (à semelhança de outros estudos de igual índole feitos nos Estados Unidos, vários países europeus e pela UNESCO) indica o caminho para uma política radical de mercantilização das artes e da cultura, partindo de uma percepção dos países capitalistas ditos avançados de que é inevitável (e até saudável) que as suas economias se centrem cada vez mais no sector dos serviços, sendo que a cultura e a criatividade seriam os «inputs» determinantes que lhes permitiria ganhar à concorrência, isto é, às economias emergentes. A cultura e a criatividade como elos salvadores de um capitalismo em agonia. Continuar a ler