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Category Archives: Álvaro Couto

CRÓNICA DE UMA VISITA ADIADA – Álvaro Couto

07 Quinta-feira Out 2021

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, Poesia

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Não dando para ganhar a vida, que uma última visita a Arouca possa dar para sossego da morte. Porque são dois dias, diz-se, a vida, e dia e meio já lá vai. E o cronista não queria desta para melhor ou, se calhar, para pior, ficando a dever a si próprio nunca mais regressar a Arouca: ir-se-ia tão inquieto que haveria de sentir-se na obrigação de voltar por ela!

No «como começar» tem no entanto o cronista, este cronista, ano após ano esbarrado. E já lá vão oito! Mas este último fim-de-semana lá me decidi. E pretextos não faltavam: Feira das Colheitas (que, afinal, foi cancelada) e jantar de encerramento da campanha da CDU/Arouca (Ah, que bela campanha, a da nossa Lara)!

Imagine agora o leitor perante um drama como este: arranjar nas profundezas da alma (e das leituras) subtilezas capazes de aguentarem assuntos políticos (conforme o solicitado pelos meus camaradas e amigos), não estando eu nada virado para aí! Afinal, se eu ali estava, apenas se devia à saudade.

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Educação: um meio ou um fim? – Álvaro Couto

08 Quarta-feira Abr 2020

Posted by cduarouca in Álvaro Couto

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Estando, na Escola Publica, suspensas as aulas, caseiramente confinados professores e alunos, comprometido o final do ano lectivo – o ministro da Educação despacha o seguinte: Tele- Escola para todos!
No entanto, a televisão não passa de um simples meio.
Isto é, ela nunca foi um fim, em si mesma.
Vejamos.
Os professores não estão.
Os alunos não estão.
A atenção não está.
E a Escola, ela, sobrevive ela a toda esta ausência?
Evidentemente.
Não estão as aulas mas está a matéria.
Onde?
Na televisão.

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Misericórdia, SNS! – Álvaro Couto

16 Segunda-feira Mar 2020

Posted by cduarouca in Álvaro Couto, Portugal, Sociedade

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SNS

No clamor das palmas
a médicos e enfermeiros,
a polícias e bombeiros,
apagou-se a cidade.
O nevoeiro denso cobre-a.
Alarmes e sirenes
de súbito calaram-se.
A sombra monstruosa
cegando os escombros.
O ruído do vento
desvaído apodrece
em ruas vazias e sigilosas
onde o pavor incendeia
As suas gélidas arestas.
Um cão perdido insiste
pelos passeios manchados,
fareja no asfalto
e ninguém espreita ninguém,
nem busca, nem maldiz.
Uma substância escura,
anónima, impalpável,
descendo noite e dia,
dissipando os confins
com os odores surdos
da desolação e da doença.
Somente o silêncio
nesta casa esfarrapada,
nesta rua destruída,
na andrajosa cidade
de um mundo que agoniza.
Misericórdia, SNS!

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Covid-19 – Álvaro Couto

04 Quarta-feira Mar 2020

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto

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Cai a gota de um vírus
sobre o rumor de uma pétala.
Por um instante permanece suspensa
de um fio de muco numa boca ou nariz.
Salta para o vazio e é um planeta incendiado
no ardor do nácar e da safira em cada país.
Lume recém-nascido que resvala
pela língua indolente da vida,
com a perturbadora imagem
da fragilidade humana
no seio do universo.
Vírus submerso na sua negritude
e na luz encandeante da sua origem,
que surge como epidemia universal,
onde somos apenas presença
que simplesmente se evade.

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Marcha do 31 – Álvaro Couto

02 Domingo Fev 2020

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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(inventado e interpretado em plena manifestação, na reinterpretação musical de: «Oh, when the saints go marching in»)

 

JANEIRO, DIA 31, DIA DE GREVE!
BAIXO OS BRAÇOS, EM SINAL DE PROTESTO!

HOJE, 31, NÃO FAÇO MAIS FRETES!
MAL PAGO SOU, PELO TRABALHO QUE PRESTO!

HOJE, 31, NA AVENIDA SOU MAIS UM,
A MARCHAR SEM DINHEIRO NENHUM!

OH, QUANDO OS GREVISTAS
MARCHAM NAS AVENIDAS

AINDA POR CIMA À CHUVA,
COM UNS DE CAPA
E OUTROS SOB GUARDA-CHUVAS.

OH, QUANDO OS GREVISTAS
MARCHAM NAS AVENIDAS

AINDA POR CIMA À CHUVA,
COM UNS DE CAPA
E OUTROS SOB GUARDA-CHUVAS.

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Não é ainda a guerra . . . – Álvaro Couto

20 Segunda-feira Jan 2020

Posted by cduarouca in Álvaro Couto, Internacional, Política

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Mísseis estão caindo
e eu sentado frente à televisão
o dia todo.
Há gente morta pelo chão,
com o tempo fugindo
e cicatrizes por todo o corpo.
Em boa verdade, naquele espaço
não há um prédio de pé,
nem sequer há gente suficiente que disso faça fé,
enquanto sinto minha alma como o aço.

Não é ainda a guerra,
mas ela não espera . . .

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Liberdade – Álvaro Couto

08 Quarta-feira Jan 2020

Posted by cduarouca in Álvaro Couto

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Liberdade, Liberdade!
A Liberdade pela boca se diz.
A Liberdade pela cor da pele se faz.
A Liberdade vem da raiz,
como à terra seca a água traz:
magnólias e matagais;
sangue e farinha;
ácidos em harmonia;
canções e nomes gentis;
galope de cavalos viris;
democracia, pão, saúde, habitação;
pedra , mar, poeira, raio, tufão;
pólos frios e vulcões quentes;
todo o mundo e toda a gente.

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José Mário Branco – Álvaro Couto

19 Terça-feira Nov 2019

Posted by cduarouca in Álvaro Couto, Cultura, Sociedade

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Vieste de longe, de muito longe,
o que andaste para aqui chegar;
cantaste para longe, para muito longe,
sem que ninguém pudesse escutar;
censuras que, somadas e divididas,
multiplicaram-se por muitas;
canções que, por mais que furadas,
ainda hoje se repetem na tua voz grave,
como eco nas abóbadas do verão
mordendo essa inquietação
de «jovens almas censuradas»,
«sem pecado nem inocência»,
só com «um livro e um canivete
e uma alma para ir à escola
e um letreiro que promete»
neste mundo ainda todo por perceber.
Tu vais para longe, para muito longe,
«com o corpo preso à cabeça»;
tu cantarás para longe, para muito longe,
sempre e sempre «dar à corda»
nessa «forma da alma que procura»,
naquilo que é «a vida e é a morte»;
para que «espetando os cornos no destino»
«não nos pareçamos connosco quando estamos sós»;
pois nessa «revolução» é que está a questão!

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Despertai! – Álvaro Couto

10 Domingo Nov 2019

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto

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Despertai!

Despertai vossos pés na terra que dá consistência,
no ar húmido e no frio que não entra na alma;
despertai vossas cabeças com toda a cósmica consciência,
em fábricas que são duras e em campos que não duram;
despertai esse mundo vasto e parado, sob a mortalha;
que não dá sentido a quem não sabe que caminho seguir
ou que, enganado, em estrada entrar; no fim da frase,
com a percepção da vida e da morte,
despertai a gente que sofre na tarde que desce,
duvidando-se se está viva ou morta.

Despertai, minha gente!

Aproxima teus dedos e agarra-me,
mesmo que eu me debata, fuja ou limite-me a cair no chão,
como crisálida do nada, do vazio,
na angustia do que nunca fui e podia ter sido.

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Semiologia Eleitoral – Álvaro Couto

03 Quinta-feira Out 2019

Posted by cduarouca in Álvaro Couto, Legislativas 2019

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Digo-te apenas: Vota. Há palavras que parecem sólidas,
ao contrário de outras que se desfazem nos dedos.
Por exemplo: Esquerda. Ou ainda: Direita. Os votos podemos
escolhê-los, metemo-los dentro de uma urna como
se fosse um sonho ou um caixão. Mas não escondê-los. Eles
ficam no ar, invisíveis, como se não precisassem
dos sons com que votamos.

Agora, o efeito dos votos. A sua rotação
na cabeça, e pelas artérias, até ao centro:
a Assembleia da República. Outras palavras com que se diz:
Democracia. E, com isto, fixadas ficam as eleições pelo número maior: o nº de deputados;
de resto também há geringonças eleitorais que escondem o contrário do que querem dizer,
e só os conhece quem ama e vive, quando o poder da política não leva os partidos
por caminhos diferentes, obrigando-os assim a encontrarem-se.

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Português Suave – Álvaro Couto

01 Domingo Set 2019

Posted by cduarouca in Álvaro Couto

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Nunca fui à bola com a forma e o modo anglo-saxónico:
suas cidades compostas, o interior das casas desarrumado,
assentando pés à sombra de ponteiros parados entre as nove e as cinco horas,
que não deixa de cessar uma hierarquia familiar, corrupta e antiga, na sua pequena ilha.

Tão-pouco aprecio o estilo francês, russo ou germânico:
os seus complexos europeus, a sua arrogância autoritária,
a grandeza das suas figuras e o rosto seco das suas leis,
os trágicos destinos a que se prestam suas artes e filosofias.

Além de que, também, evito o modelo grego:
a perfeição das linhas, a limpidez do mármore, o azul do mar,
como desprezo, de todo, a marca Tio Sam:
o chapéu na cabeça, o coldre à cinta e a bala pronta no cano.

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À Cecília e ao seu Manuel Vinagre – Álvaro Couto

30 Terça-feira Jul 2019

Posted by cduarouca in Álvaro Couto

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Ele acenava-me lá entre colmeias,
com as suas abelhas heroínas,
como as que cavam mel fertilizante e fresco
na casca dura dos favos
até que apertei com orgulho as suas mãos de terra.

Ele dizia-me: «olha,
irmão, como somos, aqui em «Meitriz»,
nas «covas do rio», às «portas do inferno».
E mostrou-me as suas oliveiras,
os campos de milho, as videiras,
o chão inclinado dos viveiros,
as bogas, as águias, os lobos,
e a solidão imensa.

Vi o trabalho de quem ali
depois se junta também:
«filhos», «netos», «amigos», «vizinhos»,
que deixam cansaço e gasto,
com todo o rasto das suas duras mãos,
na madeira da mesa de almoço.

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Senhora Escadaria – Álvaro Couto

06 Quarta-feira Fev 2019

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, Sociedade

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Monumental Escadaria da Granja, Arouca – 01/2019

Senhora Escadaria, onde param tuas escadas?
Quantas são para cima?
Quantos passos são para baixo?

Esqueçamos os que sabem,
ao encostarem as pernas cansadas,
à capela que lá em cima se arrima.

Recordemos apenas os infelizes,
que nunca conhecerão essas pedras,
cheias de segredos, raios e raízes.

Não há nada melhor que uma escadaria,
para conhecermos a razão de ser e não ser,
quando levados somos, acima e abaixo, com engenharias.

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Uuuuuuuh, que aí vem o mesmo medo, com os mesmos de sempre! – Álvaro Couto

31 Quinta-feira Jan 2019

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, Política, Sociedade

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Não bato no peito por ninguém, até prova em contrário.
Assim não venho, aqui, chorar nenhuma condição,
nem venho acudir a pessoas, vivas ou mortas, em premeditada oração.
Venho, apenas, em nome de gente e de um mundo sem véus,
lembrar-te, a ti e a mim, irmão,
que não nos devemos deixar cair em contramão,
sobretudo quando estão em causa vidas, pátrias, revoluções, 
pois sendo nós portugueses, tu e eu, nascidos em cagaréus,
martirizados pelas pampas e cicatrizados pelo vento,
experimentados estamos pelo sofrimento.

É sabido que, ao longo dos séculos, 
não encontrámos dentro dos muros da pátria, 
próximo de nossa casa e de seus quintais,
como por trás do rio de ramagem verde,
como por dentro de quadrados ou de rectângulos, 
como por debaixo de fados e de espigas,
sítio onde, como fogo,
gota de sangue ardesse.

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Dama Cristina

19 Sábado Jan 2019

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, PCP, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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Marcha solidária pela Cristina – 19 de Janeiro

Eis aqui, neste pequeno mundo de Santa Maria de Lamas,
todo um mundo de injustiças, que neste mundo aparece e acontece,
entre doces cartões-de-visita de amos e frias fábricas cheias de damas,
onde passeiam exemplos, que só o fundo das cortiças conhece.

Eis aqui, também, tudo o que é ímpeto, força, garra,
luta de classes na madrugada,
voo de uma andorinha, num corpo de mulher,
que, mesmo coberta de mentiras, não se deixa ser uma qualquer.

Eis então, que o amo, vivendo em palácio de mármore pura,
chama dama Cristina e pergunta-lhe: «Sabes quem és?».
Dama Cristina que vive só, com seu filho, no sótão de um duplex,
em seu simples modo, assim responde: «Sei, sou a Cristina!».

Eis que o amo diferentes modos não tolera: «Não, não és ninguém!» –
fiando já a sua vingança nas suas patas verdugas.
Assim, dama Cristina carrega todo o dia a mesma palete
mas palete, saída da fábrica não tem.

Eis que, ao dano, se acrescenta que mesmo assim ela acaba despedida.
Na sua ira de gigante, fundindo aromas de caminhos no calor da luta,
com seu pequeno corpo fazendo-se em tamanha envergadura,
dama Cristina faz-nos alcançar, então, toda a verdade que a este mundo vem.

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MAE MORRÉ TA SONHÁ . . . (Mãe morreu a sonhar . . .) – Álvaro Couto

13 Domingo Jan 2019

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto

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Co pena m’ pegâ na pena
(Com pena, peguei na pena)

Pa nha pena m’ bêm contá-bo
(Para a minha pena, vir te contar)

Co más pena m’ largâ pena
(Com mais pena, larguei a pena)

Co pena m’ ca podê odjá-bo
(Com pena, não te posso ver)

N’sta na gas horas ki n’odja pa traz
(Está na hora em que olhamos para trás)

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MANIFESTO PRÓ 1%! – Álvaro Couto

21 Quarta-feira Nov 2018

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, Cultura, Política, Portugal, Sociedade

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Em nome da verdade e da cultura sem-fim,
onde grande é a selva e pequena a economia,
onde cada cento é distribuído por Centeno,
em orçamentos nacionais que, enfim,
encurralados em bancos, folhagens e outros afins;
muitos são os semelhantes que retrocedem e pululam,
e poucos são os que realmente avançam;
nada mais há para decifrar,
nada mais há para falar,
e isso é tudo!

PIM!

 

Eu, o homem, o mortal, está cansado de promessas,
de tanto a minha voz ser tão espessa como a terra;
de tanto ser coro com vossemecês;
de tanto a minha boca ser cada vez mais beijada;
de tanto fumo engolir em incessantes conversas,
que procuram dar sentido á vida, uma e outra vez;
de tanto abrir de portas para o sol,
quando a selva se fecha entre sedes de bancos e demais folhagens,
e a lua, pela noite dentro, entretanto sobe a pino,
enquanto o homem se acomoda ao seu destino.

PAM!

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Minimal Ensaio Sobre a Cegueira – Álvaro Couto

01 Quinta-feira Nov 2018

Posted by cduarouca in Álvaro Couto, Cultura, Sociedade

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Jose Saramago

(a José Saramago)

 

CEGO, lendo teu ensaio nobel,
vi entretanto, que nada de novel,
vivo ou morto, me pode ajudar
e que nada, de novo, posso esperar,
pois, entre mortos e vivos, não se ama ninguém,
já que em sombras todos calaram sua voz,
ou se afastaram, de vez, de nós.
Raízes de corpos, que uma vez nos viveram,
e que, em silêncio, se fizeram entretanto esfumar.

Porém, nesse mesmo teu texto,
passado entre caixões e suas tábuas,
que nos enche de abulia até ao desprezo,
convertendo-nos ao frio das estátuas,
fechados em ruídos, entre paredes azedas de tristeza,
condenados que estamos, sós e ignorados, à incerteza,
ante o vazio da vertigem que nos seca,
ou o pouco sangue que nos interroga,
sempre existe tua VOZ que , aqui e agora,
ainda assim permanece furiosa.

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Pai Nosso – Álvaro Couto

30 Terça-feira Out 2018

Posted by cduarouca in Álvaro Couto, Internacional, Política

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Brasil

Pai nosso, que és brasileiro,
exaltados sejam o teu nome e a tua nação,
venha a nós o teu poder e a tua alienação,
e cheio de ódio estimules a abominação que transborda neste teu capitão,
para que consigamos aniquilar, com a tua sagrada violência justiceira,
aquelas mulheres e homossexuais, aqueles pretos, mestiços e vermelhos,
que assinalamos como inimigo.

Pai nosso, que estás acima de todos,
dá-te hoje a nós, abençoando este Brasil que está acima de tudo,
para que nunca mais se premeie,
nem se perdoe aos pobres e desgraçados deste mundo
e aos seus espúrios marginais, e tão pouco permitas
que tombemos sob a tentação da misericórdia,
nem que esqueçamos cumprir no momento propício,
mesmo através da nossa visão misógina,
a fiel vingança do teu diabólico desígnio.

Ámen!

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Elvira, à Lisbonne! – Álvaro Couto

08 Segunda-feira Out 2018

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, Educação, Transportes

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Elvira vive em Rossas, numa casa junto ao rio,
e há muitos anos que é professora de Francês,
na única escola que existe em Arouca.
Um dia destes, de tanto sossego ficando farta,
meteu-se num autocarro a caminho de Lisboa.
Pela primeira vez na vida, em docente companhia,
Elvira à estrada do protesto se fazia.
Se fosse há uns anos, Elvira diria que só podia estar louca,
«Change les temps, change les volontés: ainsi, porquoi pas?» .
Os colegas de escola estranham, depois entranham, e então perguntam:
«Elvira, vais também à manifestação dos professores?»
«Je ne sais pas! J’y va arriére vous et toutes les autres!».
E é assim, apenas acompanhada por homens,
facto que neste meio já é raro,
atrás de fila de carros na auto-estrada,
quase todos em direcção a Faro,
que Elvira faz a sua estreia numa manifestação.

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CDU Arouca, mais que partido, é inteira! – Álvaro Couto

30 Segunda-feira Jul 2018

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, CDU Arouca

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O tipo é megalomaníaco! Está completamente doido!»
in Zé Ninguém, Wilhelm Reich

Fora do poema é que surge teu rosto
Na fronteira da manhã e do sol posto
Nesses dias de intensa intensidade
Em que vejo o tempo e a eternidade.

Mas dentro do poema é que tu és
História entre o sagrado e o profano
Exemplo cuja presença aqui reclamo
No calor colectivo do nosso comité.

Então, no mais fundo de mim te meto
No lago obscuro da consciência
Amada neste canto da confidência

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Canção na Balsa – Álvaro Couto

23 Segunda-feira Jul 2018

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto

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Do meu barco ouço, um dia, alguém cantar.
A voz chega-me aos ouvidos, devagar,
com veias de leite e seios a arfar,
como pão quente, numa canção de embalar.

Na balsa cheia, com a luz sem luz, sem céu o céu,
com o mar agitado, em seu branco véu,
com uma criança ao colo, dormindo de corpo ao léu,
mãe negra canta, com gaivotas saindo debaixo de seu chapéu:

«Fugi na água fria do tempo
sem olhar para o que deixava;
Incendiou-me o pensamento
na fonte de uma ribeira brava».

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«O universal é todo o lugar sem paredes» – Álvaro Couto

10 Terça-feira Jul 2018

Posted by cduarouca in Álvaro Couto, Sociedade

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A casa, onde se reúne o núcleo duro dos meus camaradas,
é como uma célula gigante . . . com o mundo inteiro lá dentro:
No andar de cima, na porta à direita, vive o jovem homossexual
que toma conta dos gatos e da mãe, longa viúva, que sofre de insónia delirante,
e no número ao lado, vive uma jovem amorosa que está grávida só há cinco horas,
e que, por isso, está proibida de passar para lá do jardim das traseiras,
o qual é frequentado apenas pelos gatos roucos que a olham em trevas,
ao contrário dos animais selvagens do jardim zoológico em frente,
que fornicam directamente como um colar de palpitantes ostras sexuais,
mesmo diante de outros animais propriamente dito racionais,
já que que obedecem a todas as ordens escritas nas tabuletas do zoo.

A radiante manhã acorda os meus camaradas do sono e dos sonhos,
apenas feitos, por agora, em altos e baixos, magros e gordos, novos e velhos,
e é só ao nível do rés do chão que o dia se abre mais dialéctico:
o modesto iraniano do Kebab, depois de muito tempo do tédio semanal,
a ver só telenovelas brasileiras dobradas em árabe,
finalmente seduziu a vizinha do 3º esq.,
e marca presença, agora, em todos os salões de baile da cidade,
onde ele, príncipe apaixonado, acaricia as pernas de macia penugem da dama,
com as mãos húmidas e ardentes, que cheiram a gordura de borrego;
o cangalheiro da agência funerária, que anda com o seu negócio pelas horas da morte, anuncia na vitrina: “Funerais a preços de saldo! Aproveite e encomende já o seu!”, por entre cristos pregados na cruz e imagens de santas virgens,
e há, ainda, a loja que virou em igreja de uma seita evangélica
e que recebe fiéis que se abraçam uns aos outros e que se masturbam,
e, igualmente, o alfarrabista que vende livros baratos, mais ou menos famosos,
mas como sempre famosamente fechados,
e há, mais ainda, a rua que é toda uma outra vida feita de calças e de saias,
e de brilhantinas, perfumes e meias de seda,
e de seios femininos que os olhos dos homens chupam como guloseimas,
e de prostitutas e de adúlteros que, entre carícias e beijos, combinam preços
na paragem do autocarro, feito embarcação até aos quartos baratos da pensão.

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Tocata para Quintino

08 Domingo Jul 2018

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, PCP, Política, Sociedade, Trabalhadores

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Luís Quintino

(ao camarada Quintino)

Luís Quintino – Lisboa, 9 de Junho de 2018

Ao sol da sua pátria
dardejando em comunismos de luz
camarada Quintino encostou seus ossos cansados

há camaradas no seio dos camaradas
cujo espírito é maior que o corpo
compreendamos os que não sabem

há também pátrias no interior da pátria
pequenas terras perdidas como ovar
compreendamos quem nunca as viu

era por aí que amanhecia Quintino
em cada dia tocava esse fim do mundo
que sempre viajava com ele

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Novas da vida selvagem – Álvaro Couto

04 Quarta-feira Jul 2018

Posted by cduarouca in Álvaro Couto, Educação, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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Contrariando os alarmantes dados da Fundação Mundial da Vida Selvagem (WWF), segundo os quais 30% dos vertebrados terrestres estão em vias de extinção em virtude dos seus habitats naturais, uma espécie que se encontrava em acelerado declínio tem-se multiplicado exponencialmente nos últimos tempos.

Trata-se dos criacionistas, vertebrados terrestres que não acreditam na evolução e estão convencidos de que resultaram de alguma criação divina. Com o desenvolvimento do seu habitat natural, o obscurantismo, a espécie tem-se desenvolvido por toda a parte, com especial incidência nos Estados Unidos (Casa Branca incluída) e em algumas zonas pantanosas na Europa (Itália, Polónia, Áustria, Holanda, entre outras).

Em Portugal, depois desta espécie ter tomado, temporariamente, de assalto o Sporting e o PSD “habituais habitats naturais para leões e tias respectivamente”, faz agora do governo da nação seu instrumento biológico, o qual já anunciou a substituição da teoria evolucionista dos programas escolares e dos códigos oficiais (Código do Trabalho inclusive), por «não estar provada cientificamente a sua compatibilidade orçamental».

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Requiem por uma Primavera . . . e por uma Virgindade – Álvaro Couto

27 Domingo Maio 2018

Posted by cduarouca in Álvaro Couto, Sociedade

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Maio de 68

Era Maio do ano 68, num tempo
em que na cidade se votava à direita e as pessoas pensavam à esquerda,
num tempo em que todos os sonhos também eram de esquerda,
mas de uma esquerda à esquerda da esquerda, tal como as contas de multiplicar
em que três vezes três são nove noves fora nada, num tempo
em que o nada também era alguma coisa, pois empurrado pelo vento
a outras cidades e pessoas chegou, inclusive a minha casta e burguesa namorada
que de um dia para o outro passou a ser igualmente de uma esquerda
que se podia multiplicar por outras esquerdas até não ser nada, e daí
recomeçar novamente à esquerda, num tempo
em que tudo era assim mesmo.
Com efeito, ela tanto dizia ao mesmo tempo uma coisa
como o seu contrário, o que desembocava em qualquer coisa
como um materialismo subjectivo, embora ela recusasse o sujeito –
e tinha razões teóricas para isso – queixava-se de que a vida era um tédio,
sendo certo que o que ela queria (e, já agora, eu também) era festa,
o que a fez atirar decisivamente para os braços da reacção – sim, eu!
Quantas agendas perdemos, enquanto nos debruçávamos sobre a relva,
a fumar cigarros atrás de cigarros e a ouvir música de protesto vinda da rive gauche do Tejo!
Quantos números errámos na cabine do infinito, ocupando
as mãos no corpo um do outro e desocupando as nossas cabeças
com filosofia vegetal e pensamentos eróticos!
Eu próprio começava encontrar razões para rupturas existenciais entre a teoria e a prática.
O problema é que a ligeireza da realidade das nossas existências já tinha teorizada por alguns ortodoxos – depois do falhanço dos que tinham tentado praticar a teoria.
E o drama estava aí: nessa incapacidade (do real para se adaptar à perfeição das ideias).
Não sei se fiz isso de propósito: o que é certo é que não pude evitar
os conflitos improdutivos da carne. Então refugiei-me no território do espírito.
Impus-me regras morais. Cedi ao Hegel, como se o caminho do homem
avançasse no sentido do progresso de forma automática, sem pôr problemas a quem vive.
Quantos sermões de montanha tive de engolir para chegar ao jejum da mística?
O que eu andei para conseguir colar o meu primeiro cartaz: mas, em boa verdade,
os cartazes nunca me convenceram. Por fim, refugiei-me na linguagem.
Pensava que ela me libertaria das contingências do ser.
Avancei por dentro da palavra como se ela fosse um café, à procura
de um balcão limpo de fumo e de conversas, onde não tivesse outro espelho
para além desse emoldurado pela palavra espelho.
Tropeçava sempre à entrada: ou não me deixavam passar. “Está fechado”, diziam.
E voltava atrás, para essa rua cheia de sol, com o calor insuportável do verão,
sem saber onde encontrar os caminhos que me pudessem levar à revolução.
O Inverno seguinte, porém, as ruas já estavam todas limpas:
a velha ordem regressaria rapidamente à cidade, e até a minha Dandy que,
às três pancadas, me roubou a virgindade na Política, na Arte e no Sexo,
era já a mais esquecida das amadas, para hoje ser a mais lembrada!
É que, cinquenta anos depois, ainda me ficaram alguns porquês:
Dandy, porque não me roubaste também o cigarro da eternidade, porque
não o apagaste no chão da vida, porque não me abriste o caminho do erro,
que é o mais certo dos caminhos?

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Só dá pouco valor ao trabalho, quem não vale mesmo um cara***! – Álvaro Couto

01 Terça-feira Maio 2018

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, Sociedade, Trabalhadores

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1º de Maio, dia do trabalhador

Já não sei o que vale o trabalho
quando já nem se respeita um contrato,
o patrão o rasga e o trabalhador vira então escravo:
Só dá pouco valor ao trabalho, quem não vale mesmo um cara***!

Ei-lo, assim, preso das fúrias de Medeia!
Assim fugiu de Circe o grego Ulisses,
assim fugiu de Dido o pio Eneias,
que é neste desassossego que começa a chatice.

A sociedade actual
chama ao trabalho “capital” e à democracia “liberal” . . .
Verbos sem predicado nem sujeito, tanto na Oikos como na Polis . . .

Mas o trabalho é, mesmo num mundo alterável,
uma cristalina força que vive estável.
Tu, trabalho, não és verbo, és raiz!

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Matança do Porco em Arouca – Álvaro Couto

24 Terça-feira Abr 2018

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto

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Meus queridos e broncos conterrâneos (imitando Aquilino):
O porco engordou para além
das expectativas. A pança ultrapassa
o curral, o focinho parece subir
pelas paredes do voto. No quintal,
os outros animais sobrevivem, apenas, em canteiros.
Não se sabe, sequer, o tamanho
deste porco. Ao princípio, foi um pequeno
leitão indesejado pela maioria. Mas cresceu e engordou.
Por algum tempo, acolhemo-lo, alimentámo-lo e, até,
o protegemos dos dentes predadores de outros animais
que existem no quintal. Por fim, a sua gula tornou-se
obstinação, que se agarrou ao curral e,
agora, ao quintal. Alguém diz: “Este
porco há-de assegurar o nosso sustento!
Para nosso governo somos todos porco!” E mesmo
que não seja assim, ele
ganhou essa qualidade. Já não é fácil
desalojá-lo, como se morasse aqui
desde sempre. E de cada vez
que se entra no quintal, a sua presença
impõe algumas regras, como se nas suas patas
se impusessem antigos instintos de má memória,
e essa memória nos falasse de uma pobre existência
que teima em manter-se.
Assim, meus caros, está na hora da matança do porco!

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Homem Futuro – Álvaro Couto

19 Quinta-feira Abr 2018

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, Sociedade

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crítica a Byung-Chul Han, Marx, O Homem

(a Byung-Chul Han)

Porquê este teu homem de hoje se agora ele há-de ser o que é?
O homem do futuro renasce onde hoje morre.
Constrói no seu interior a norma nova
para viver, em colectivo, muito dentro de si mesmo,
feito perenidade, verdade talhada,
com a sabedoria humilde de aceitar
o limite enviesado de quanto o acompanhe.
O homem de hoje crê no inamovível
do supérfluo, o que rege e brilha
no jogo aparente do exterior.
Ainda quer impor-nos as suas utopias mortas,
ambições bastardas da sua cruel insensatez.
O homem do futuro é pai do passado
e avô do amanhã que não viu.
Com os seus mortos conversa na rotunda
do recolhimento, no diálogo
do ser com a cidade entre os seus tempos recorrentes.
Por isso (como dizia Marx) não é instante, espaço limitado
no acontecer do acaso ou da felicidade.
É uma árvore tenaz, farol do universo,
cara, elo e reverso de uma longa cadeia
através dos tempos sucessivos.
Ele ilumina o humano reflexo de qualquer gemido
Ou da escravidão, ou da liberdade, ou dos afectos,
pois escuta o coração de todos os que o foram.
O homem do futuro é solidário
porque ama e respeita o de ontem e o de amanhã,
porque não se conforma com um único presente,
porque é uno e múltiplo, porque respira e pensa
com o afã unânime da sua vida no tempo.

Álvaro Couto

16 de Abril de 2018

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Ainda a precisar de ser lembrado…! – Álvaro Couto

10 Terça-feira Abr 2018

Posted by cduarouca in Álvaro Couto, Sociedade

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Martin Luther King, Rosa Parks

“Até que veio o tiro de espingarda lembrar aos distraídos (. . .) que a cor da pele tem muita importância”

– José Saramago, in Receita para matar um homem

Rosa Parks

01.12.1955, Montgomery/Alabama.
Um branco insiste em arrancar Rosa Parks do seu banco no autocarro,
também o olhar carrancudo, o ímpeto e a força do espírito,
émulo na cor da sua pele.
O autocarro vai cheio de brancos e pretos, sentados ou em pé,
que a cor da pele não tem importância no preço do bilhete,
E a pobre costureira negra recusa-se a que lhe fustiguem o espaço,
a que a despojem do bilhete e da viagem.
Por fim, fazem-na prisioneira
cravando-lhe assim novo destino como flecha que estremece,
que a cor da pele não tem importância em matéria de danos.
Então, os brancos cobrem-na de mentiras e ali na madrugada,
só, abandonam-na depois à sua sorte,
ao mesmo que um pastor evangelista, na sua invisível envergadura,
na sua arrebatada ira de gigante,
alcança e sobe para o mesmo autocarro,
que a cor da pele não tem importância no espírito da luta.
Martin Luther King “lutava contra as correntes do costume,
do hábito e do preconceito, mergulhado nelas até ao pescoço.
Até que veio o tiro de espingarda lembrar aos distraídos,
que a cor da pele tem muita importância”.

05.04.2018
Álvaro Couto

.

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