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CDU Arouca

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Category Archives: Francisco Gonçalves

RADICALIDADE, A PALAVRA E A AÇÃO – Francisco Gonçalves

27 Sexta-feira Jan 2023

Posted by cduarouca in Educação, Francisco Gonçalves

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educação, Opinião

Num recente artigo de opinião, publicado no jornal “Público”, António Sampaio da Nóvoa agradecia o sobressalto que a luta dos professores está a provocar na sociedade portuguesa. Têm sido vários destacados opinion makers a enveredar pela crítica às políticas educativas das últimas duas décadas. Fazem-no, e muito bem, com uma radicalidade na palavra que põe a nu o falhanço das políticas educativas, a erosão do estatuto e do papel do professor, a desvalorização material da profissão e da carreira docente, a crescente incapacidade da Escola Pública em cumprir o seu propósito de puxar os de baixo, de universalizar o direito à educação e ao ensino.

Sendo figuras públicas oriundas ou próximas do PS e do PSD, partidos que têm entre si repartido a gestão do ministério da educação, com dominância clara do PS, mais importância assume a radicalidade da crítica, ou não estivéssemos a falar de (ex)conselheiros, de (ex)contribuintes para programas eleitorais e de governo. A questão, porém, que me assalta, é se essa radicalidade na palavra teria consequência na ação governativa ou legislativa, caso fossem titulares de responsabilidade a esse nível.

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CONTRA O TRIBALISMO, PELA CIDADE – Francisco Gonçalves

21 Quarta-feira Dez 2022

Posted by cduarouca in Francisco Gonçalves

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Opinião


Uma amiga minha que assistiu à estreia, no Teatro Nacional de São João, da peça de teatro “Ensaio sobre a cegueira”, de José Saramago, na versão cénica de Clàudia Cedó,  andou todo o santo fim-de-semana a repetir um trecho do manual de leitura da dita:

“Porque foi que cegamos, Não sei, talvez um dia

se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga

o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso

que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que,

vendo, não veem.

A mulher do médico levantou-se e foi à janela.

Olhou para baixo, para a rua coberta de lixo

Para as pessoas que gritavam e cantavam. Depois

levantou a cabeça para o céu e vi-o todo branco,

Chegou a minha vez, pensou. O medo súbito fê-la

baixar os olhos A cidade ainda lá estava.”

De há uns anos a esta parte, temos assistido – mais ainda agora, com a consolidação das redes sociais como espaço de vida pública -, a uma fragmentação da CIDADE, concomitante com o  crescendo da lógica grupal, tribal. Um tribalismo construído em torno de causas políticas, religiosas, culturais, geracionais. Autênticas seitas, tal é o grau de agressividade, de desprezo e de ódio a tudo que está para além da tribo, proporcional ao fervor e ligação à tribo e aos seus membros.

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PAULO RAIMUNDO – Francisco Gonçalves

19 Sábado Nov 2022

Posted by cduarouca in Francisco Gonçalves

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Opinião

Foi eleito no sábado passado, por quem tinha competência estatutária para o fazer (Comité Central), o novo Secretário-Geral do PCP, Paulo Raimundo, decisão que teve forte aclamação na 4ª Conferência Nacional do PCP.

Deste facto, pelo que se viu, leu e ouviu foi muito o brado causado por tal decisão, talvez porque, do extenso leque de comentadores, politólogos, cientistas políticos e demais experts, nenhum, mas mesmo nenhum, conseguiu adivinhar tal possibilidade.

Na era da politica-espetáculo em que tudo é dissecado, toda a intriga é urdida, toda esgaravatação é feita, como foi possível um dos elementos do Comité Central do PCP que acumula simultaneamente funções nos dois órgãos executivos, o Secretariado e a Comissão Política, ter passado despercebido? Como foi possível o camarada que discursou no Centenário não ter sido considerado? Como é que não passou cá para fora a construção de uma decisão, há muito tempo a ser trabalhada no Comité Central?

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CONCESSÃO DAS CANTINAS ESCOLARES, UM PRIMEIRO (MAU) SINAL DA MUNICIPALIZAÇÃO – Francisco Gonçalves

22 Sábado Out 2022

Posted by cduarouca in Arouca, Educação, Francisco Gonçalves, Poder Local

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Escola Pública

Encontrei por estes dias um velho amigo, amigo este que, nos idos anos noventa do século
passado, cursava Educação Física numa Escola Superior de Educação, não sei se sobre a égide
do paradigma das Ciências do Desporto e Educação Física ou da Ciência da Motricidade
Humana. O que sei, várias vezes por ele lembrado, é que integrava uma turma constituída por
dezoito formidáveis mancebos e cinco impetuosas amazonas, muito dados a mesa farta e
prato cheio, tal era a voracidade daqueles vinte e três mamíferos, a maioria atletas (futebol,
voleibol, andebol, natação, ginástica) e que acumulavam mais de vinte horas de prática
desportiva semanal, entre aulas e treinos.
Corria o ano de 1993 e a instituição resolveu concessionar a uma empresa privada a cantina
escolar, despachando as cozinheiras para outras tarefas e locais do estabelecimento, entre as
quais a memorável D.ª Maria, incansável a atestar, e repetidas vezes, a marmita daqueles
alarves.
Nesse tenebroso mês de setembro, ocorreu aquilo que agora chamam downsizing, traduzido à
época por outras palavras feias e impronunciáveis numa coluna de jornal. A nova gerência
apresentava umas ementas giríssimas, tabuleiros lindíssimos, empratamento fotográfico, mas
pouco, muito pouco comer e nenhuma possibilidade de repetição.
Momento marcante: os que cursavam Línguas – mais dados ao manuseamento da palavra –
diziam mesmo: tanto adjetivo e tão pouco substantivo. O adjetivo, como sabemos e nos
lembra o Paulo Sucena, “engordura a prosa”, particularmente se for parca a substância e
prolixa a decoração.
Foi pelo ronronar de estômagos pouco aconchegados que aqueles alunos aprenderam que
concessionar cantinas escolares dá nisto: quem dirige rentabiliza recursos, quem gere o
negócio – como o nome indica – trata do negócio, os mancebos e as amazonas que
necessitavam de forte sustento tiveram que moderar apetites e gastar mais no bar da escola.
Em suma, os primeiros pouparam, os segundos ganharam, os terceiros perderam.
Este ano letivo, à boleia da transferência de competências, as cantinas escolares da Escola
Básica de Arouca, da Escola Secundária de Arouca e da Escola Básica e Secundária de Escariz
deixaram de ser garantidas por pessoal não docente dos dois agrupamentos do concelho.
Deste modo, conseguiu a Câmara Municipal de Arouca deslocar uns quantos funcionários,
poupando assim uns cobres em eventuais contratações.
Ao que consta, a qualidade e higiene do novo serviço deixa muito a desejar, a quantidade e
qualidade da comida também, e os protestos dos alunos e dos pais e encarregados de
educação sucedem-se. Em suma, o serviço público das cantinas escolares disponibilizado aos
alunos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário de Arouca piorou.
Temo tratar-se de um primeiro sinal do maravilhoso mundo da municipalização – concessões,
privatizações e demais desresponsabilizações. Nem o nome socialista parece já garantir o que
quer que seja, nem é distintivo de outros nomes, quando a hora é a de gerir serviços. A palavra
de ordem é externalizar.

“Roda VIva”, 21 de Outubro de 2022

SOBRE O VALOR DA CONVERSA – Francisco Gonçalves

07 Domingo Ago 2022

Posted by cduarouca in Francisco Gonçalves

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Opinião

“Era uma vez  uma mula que ganhou fastio à palha, só tragava  pasto verde. O dono tentava tudo, mas nada, o diabo do bicho preferia a fome à palha. Numa derradeira tentativa colocou uns óculos verdes na mula. Desse dia em diante a mula passou a comer de tudo, tudo era verde.”

in “A mula dos óculos verdes e outras estórias” JORGINHO DE SANTO ANTÃO 

Faltavam palavras para o escrito mensal e, fortuna da vida, cruza-se comigo o Jorginho Vera Cruz, em tempos idos o bandido Leandro do filme da RTP que adaptou a obra “os flagelados do vento leste”, de Manuel Lopes, uma dedicatória às gentes da ilha de Santo Antão. Numa noite de rede social com tecnologia antiga, grogue e ponche sobre a mesa, numa casa de campo  entre canas de açúcar no vale de Paúl, perguntou o Jorginho: – Conhecem a estória da mula dos óculos verdes?

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O QUE DIABO SÃO PRÁTICAS CULTURAIS? – Francisco Gonçalves

11 Sábado Jun 2022

Posted by cduarouca in Cultura, Francisco Gonçalves

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“São propósitos maiores do projecto “Holograma da Casa na Área Metropolitana do Porto” abrir a programação da Casa da Música, nos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto, a públicos sem práticas culturais, criando momentos emotivos que os vinculem à música mais erudita, através do acesso a uma programação muito variada e especialmente concebida para o feito.”

In Holograma da Casa na Área Metropolitana do Porto

Num destes dias encontrei, cuspindo chispas, um amigo que trabalha em Arouca há 25 anos, daqueles que na antiguidade clássica chamariam “treinador de gladiadores”,  apesar de ser, assim, um indivíduo a botar pró intelectual. Chamou-me a um canto e, sacudindo um texto de divulgação da Casa da Música, perguntou, capciosamente: o que diabo são práticas culturais? A elite tripeira, filha dos “brasileiros de torna-viagem” ainda vive n’ “A Cidade e as Serras”? Isto não é a versão erudita daquela conversa de café dos do litoral, sempre que jogam com o F. C. Arouca, desdenham com “o diabo dos serranos”?

 

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MARCHARÃO OS BETOS DA TIA EUROPA PARA A ESTEPE? – Francisco Gonçalves

14 Sábado Maio 2022

Posted by cduarouca in Francisco Gonçalves

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Pouco a pouco vamos sendo arrastados para a guerra, numa escalada contínua e multifacetada (militar, económica, comunicacional) que não sabemos onde vai parar. É difícil perceber como tal caminho e recursos canalizados desaguarão na paz.

Não vou discutir quando esta guerra começou, se foi em 2014 ou em 2022. Para não ser acusado de “putinista” ou de ofuscado pelo “Sol da Rússia” vou grafar as palavras: condenação, inequívoca, veemente, invasão, Rússia. Vou, até, imagine-se, classificar o  poder russo de não democrático, nacionalista, xenófobo e a tender para o fascista, assente no messianismo da “Mãe-Rússia”. Faço-o porque estas considerações são verdadeiras e porque não quero ficar retido neste nó górdio em que nos enredaram, sem alcançar o problema de fundo, o Nacionalismo, nem mais nem menos que a  antecâmara da Xenofobia e do Fascismo. 

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SERÁ O QUE OS PORTUGUESES QUISEREM – Francisco Gonçalves

22 Sábado Jan 2022

Posted by cduarouca in Francisco Gonçalves, Legislativas 2022

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Primeiro foi o “vivíamos no paraíso e veio o PCP e chumbou o orçamento”. Depois o “Ómicron de manhã, ao meio-dia e à noite”. A seguir “o Natal, a passagem do ano e a semana de contenção de contactos”. Por último, teremos a campanha eleitoral e o terrível drama, o horror, “o perigo da ingovernabilidade do país” após 30 de janeiro. Pelo meio Cabritas, Rendeiros e quejandos.

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O CONSUMO, A QUESTÃO CENTRAL DA ECOLOGIA – Francisco Gonçalves

13 Sábado Nov 2021

Posted by cduarouca in Francisco Gonçalves

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Uma das razões que cavou o fim da União Soviética foi a de não ter colocado os avanços tecnológicos ao serviço das populações. Apontando como erro o consumismo capitalista e a sua incessante criação de necessidades artificiais de consumo, o mastiga-e-deita-fora, as economias planificadas de outrora não disponibilizaram aos seus povos os bens de consumo doméstico vulgarizados no espaço capitalista. 

A China e o Vietname, na análise que fizeram sobre a ascensão e queda do mundo soviético, consideraram esta opção um erro e, vai daí, esforçaram-se, esforçam-se, em disponibilizar aos seus a mesma gama de produtos tecnológicos dos países capitalistas avançados. A grande questão, porém, é tão só, nomeadamente na China:  será o “socialismo com características chinesas”, no dizer de Xi Jinping, capaz de encontrar a fronteira entre a satisfação das necessidades de consumo das massas e o consumismo? 

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A ONDA VERDE – Francisco Gonçalves

16 Sábado Out 2021

Posted by cduarouca in Ambiente, Francisco Gonçalves

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“- Pai?

– Sim, filha!

– Estamos em Emergência Climática.

– Ahh!

– Não há Planeta B.

– Mhh.

– Pai!

– Sim.

– Não estamos a fazer nada!

– Filha, começa por arrumar o quarto.”

 “Piadas à Pai, Uma Antologia”, autor anónimo

O Capitalismo vive um momento verde. Cinco casos:

I – A jovem Greta cruza os oceanos num catamaran ecológico e chora pelo planeta na ONU;  

II – Jovens ativistas climáticos clamam pelo encerramento da refinaria de Sines;

III – Um helvécio, transbordando ecologia, rola, em Zermatt, num  Ferrari elétrico, tal o afã em não poluir aqueles ares;

IV – A GALP, por fundas motivações ecológicas, encerra a refinaria de Matosinhos;

V – A EDP, também em modo climático, desconta de 5% no gás e eletricidade verdes, instando os consumidores a reduzir a pegada ecológica.      

Emocionante! Cinco perguntinhas:

I – A menina Greta, nos seus périplos, vai sempre de catamaran verde, de bicicleta ou a pé?

II – Fechando a refinaria de Sines deixamos de consumir refinados?

III – Qual é a pegada ecológica que deixa o processo de construção dos carros elétricos?

IV – Qual é o custo ambiental do transporte dos refinados importados?

V – Que impactos tem no ambiente a extração de metais raros, o transporte e a construção de painéis solares (e já agora de telemóveis, tablets e demais equipamentos tecnológicos)?

Nunca me convenceu a natureza democrática do capitalismo. Vem-me à memória o Pinochet e as monarquias do golfo pérsico. Menos ainda as preocupações ecológicas do capitalismo. Neste caso, a frase do Chico Mendes é cristalina: ecologia sem luta de classes é jardinagem. A natureza do capitalismo é a acumulação de capital através do lucro. Se esse lucro vier por “via verde”, assim será. O capitalismo não se orienta por ideais, tão só por interesses. 

“Discurso Directo”, 15 de outubro de 2021

     

Francisco Gonçalves – O PAPEL DO AUTARCA

19 Domingo Set 2021

Posted by cduarouca in Autárquicas 2021, Francisco Gonçalves, Poder Local

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António Costa, chanceler da lusa pátria, na pele de secretário-geral do PS em modo campanha eleitoral, criticou há dias, em Setúbal, uma força política concorrente pelo facto de, dizia, em vez de “trabalharem” (isto é, circunscreverem o exercício das suas funções ao estrito cumprimento da lei) “passam o tempo a reivindicar”.

Não importa aqui a apreciação da justiça ou injustiça da consideração política do governante, mas sim a do papel do autarca. À luz do conceito de António Costa, temos o autarca que trabalha e não reivindica e o autarca que não trabalha e reivindica. O primeiro, por certo, será do PS e o segundo da CDU. Provavelmente, existirá, ainda, o autarca que não trabalha e não reivindica, talvez do PSD ou do CDS, e o autarca que trabalha e reivindica, este mais raro, uma vez que será, eventualmente, do PS e apenas existente em ciclos governativos do PSD.  

Regressemos ao papel do eleito local – deve um autarca reclamar, reivindicar melhores serviços públicos, melhores condições de vida, para os seus fregueses, para os seus munícipes ou não? Ou, por sua vez, deverá vestir o fato de “pau mandado” do poder central?

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ALTO RENDIMENTO E DESEMPENHO GERAL – Francisco Gonçalves

14 Sábado Ago 2021

Posted by cduarouca in Educação, Francisco Gonçalves

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Na edição online do jornal “Expresso” foi publicado, no 5 de agosto de 2021, o artigo de opinião “Rankings das escolas: onde irá parar a escola pública?”, da autoria do gestor Samuel Faria, preocupado, segundo afirmava, com a tendência de desaparecimento das escolas públicas do Top 50 do Ranking das escolas. 

Ao ler a peça ocorreu-me o seguinte exercício. Vamos fazer de conta que os exames não são redutores, o grau de dificuldade e os seus critérios de correção não variam de ano para ano e que as escolas são apenas escolas com populações escolares mais ou menos homogéneas.

Sendo o indicador do rendimento escolar a nota de exame há quatro variáveis a considerar: a matéria-prima (alunos), os recursos materiais (equipamentos escolares), os treinadores de exames (professores), a técnica de treino (prática pedagógica).

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Umas notas sobre o estado da democracia liberal – Francisco Gonçalves

06 Sexta-feira Ago 2021

Posted by cduarouca in Francisco Gonçalves, Nacional, Política, Sociedade

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“A Constituição da República Portuguesa aponta para uma democracia plena,

o vivido desenrola-se numa democracia liberal e das fraquinhas.” Anónimo

Estão entregues as listas concorrentes às eleições autárquicas. Apesar do poder local democrático ser, dos vários poderes eleitos em Portugal, o modelo mais democrático – vai além da componente representativa incorporando uma forte componente participativa -, não está livre da corrosão que se faz sentir nos modelos de organização política dos estados do tempo presente.

Curiosamente, a propósito da crise económica em Cuba e mais estranhamente da pujança económica da China, a denominada “civilização ocidental”, cega, vê falha nos modelos de organização política das chamadas democracias populares não detetando nada, apenas virtudes, nas suas viçosas democracias liberais. 

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AUTÁRQUICAS 2021-SOBRE O VALOR DAS IDEIAS Francisco Gonçalves

15 Quinta-feira Jul 2021

Posted by cduarouca in Arouca, Francisco Gonçalves, Poder Local, Política

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Em tempo de eleições autárquicas há uma frase que sempre aparece – o que interessa não é o partido mas a pessoa. Uma frase que merece ser contraposta com a quixotesca defesa da Ideia em detrimento da pessoa. Não porque as pessoas não sejam importantes, claro que são, as ideias não existem sem pessoas, mas porque, em política, é a ideia que agrega, que faz proposta.

Se o custo da água é elevado e o serviço de fornecimento mau, não será pelo nome de quem preside a autarquia que haverá diferença. Diferença haverá se a água (e o seu fornecimento) for tratada como um direito dos arouquenses e não como um negócio ou como um serviço gerido como um negócio. Lá está, são ideias o que, primeiramente, importa.  

Sobre o primado da pessoa sobre a ideia um exemplo a considerar é o dos trânsfugas. Mudar de opinião ao longo da vida não tem problema algum, mas tantas vezes, convenhamos. Onde ficam as convicções?  De um concelho aqui perto vem o percurso, com uns temperos mais, que a seguir se regista.  Sinal de uma certa evolução no poder local democrático, de decadência das Ideias, da Política, mais um sintoma do individualismo.

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TERÁ ISTO ACONTECIDO? – Francisco Gonçalves

15 Terça-feira Jun 2021

Posted by cduarouca in Educação, Francisco Gonçalves, Nacional

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1 de Abril de 2021

Pela fresca, enquanto se dirigia para a 24 de Julho, o assessor de imprensa do todo-poderoso Secretário de Estado da Ciência Educativa envia SMS, aos Chefes de Redação dos principais jornais do país, “Seguem já dados brutos dos exames do ano passado, resultados a 21 de Maio”.  

De seguida, novo SMS, agora para o Dr. Vasconcellos e Mello, presidente da Associação de Colégios da Santíssima Sabedoria, “Jornais recebem dados hoje, publicação a 21 de Maio”. Sucedem-se as mensagens de volta: “ok”, “perfeito”, “certo”.

Durante a manhã reuniões sucessivas, na Secretaria de Estado, nas redações dos jornais, nos colégios que, por esse país fora, assumem a penosa missão de instruir os de cima. Na Secretaria de Estado, com o departamento jurídico, de preparação das alterações à legislação sobre o recrutamento docente. Nas redações dos jornais, destacando jornalistas para o tratamento de dados e produção das peças para 21 de Maio. Nos colégios, gizando a campanha publicitária para as edições dos jornais de 21 de Maio, bem como o processo de seleção dos candidatos para 2021/2022, com inicio no Dia da Criança.

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O TRILHO – Francisco Gonçalves

20 Quinta-feira Maio 2021

Posted by cduarouca in Ambiente, Arouca, Francisco Gonçalves

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Num momento em que Arouca está novamente na moda, com a inauguração da ponte suspensa 516, quero aqui proclamar a defesa do trilho. Nas funções sindicais e políticas, regionais e nacionais, que exerço não passa um dia sem que alguém me pergunte – então e a ponte suspensa? Tornou-se um clássico, substituindo um outro, o dos Passadiços do Paiva, a busca urbana (e suburbana) do paraíso perdido, a mítica “Arouca dos campos e montes”.  

Apesar de não ser a minha praia – a ponte suspensa e o passadiço – não pretendo aqui colocar em oposição o trilho ao passadiço, um turismo de nicho a um turismo massificado e menos ainda negar a importância económica para o concelho dos equipamentos existentes, mais ainda neste tempo de salutar alívio do martírio económico dos confinamentos. Quero, mais que tudo, sublinhar as potencialidades de um esquecido lado B, para o qual Arouca tem condições únicas. Em boa verdade, importa dizer, o território concelhio é tão vasto que podem cá conviver, o “parque de exposições da ponte suspensa e do passadiço” com o lado B, o trilho.

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A PANDEMIA E A ACTIVIDADE FÍSICA – Francisco Gonçalves

24 Quarta-feira Mar 2021

Posted by cduarouca in Francisco Gonçalves

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“Troco a epidemiologia para cima e a epidemiologia para baixo por uma corridinha”

Diário de um fanático das corridas

Completámos no início deste mês um ano de COVID-19 em Portugal. Persiste a abordagem medieval de combate à doença: em vez de investirmos na higiene e segurança, confinamos; em vez de educarmos os cidadãos para a vida no espaço público, fechamos as pessoas em casa; em vez de colocarmos o interesse público à frente do interesse privado na vacinação da população, submetemo-nos aos ditames das Farmacêuticas.

O anunciado “Plano de Desconfinamento” insiste no erro, prolongar ao máximo o isolamento dos indivíduos em vez de lidar socialmente com a doença. As principais consequências desta opção são económicas e sociais, da quebra de rendimentos das pessoas à ruína das pequenas e médias empresas em sectores inteiros. Mas há também efeitos nefastos ao nível da saúde pública, nomeadamente na prevenção e tratamento de outras doenças. 

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A HERANÇA – Francisco Gonçalves

24 Quarta-feira Fev 2021

Posted by cduarouca in Francisco Gonçalves

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“O próprio inquisidor-geral Dom Francisco de Castro reconhecia em 1630 que se o reino estava menos rico, em compensação estava mais católico”

Inquisição de Évora, António Borges Coelho

Sou um produto do conservadorismo rústico português, nasci e cresci numa aldeia minhota, trabalho, porque gosto e quero, num concelho rural do interior. Não existem materialistas-dialéticos na terra onde cresci, nem na família, tampouco nos amigos de infância e juventude, não abundam, também, cá pelas bandas da Freita. Mas estou bem assim, um rústico entre rústicos… e nada mais.

Contudo, a relação com a ideia, o conservadorismo português, seja lá o que isso for, é ambivalente, gosto do respeito mas abomino o respeitinho. Esta ideia, este modo de ser, vem de longe, a citação que encima estas letras pode ser o ponto de partida. O drama que a frase encerra não se esgota na pobreza material e na eliminação dos sectores mais dinâmicos e culturalmente mais desenvolvidos da sociedade portuguesa da época às mãos dos grandes interesses parasitários, o alto clero rentista. Portugal não perdeu só os seus melhores, na fogueira ou no exílio, impregnou no seu modo de vida o atavismo e a obediência, como se dizia quando eu era miúdo, “é um rapaz bem mandado”.

A dada altura, no curso da história, a coisa pareceu mudar, arejou um pouco, acabou a divisão entre cristãos-velhos e cristãos-novos, mas logo o situacionismo substituiu, convenientemente, o inimigo judeu. No final da década de 60 do sec. XVIII abriu a primeira loja maçónica na ilha da Madeira. Rentes de Carvalho, provocador q.b. (Portugal a flor e a foice) encontrou esta correspondência entre o chefe da polícia e o juiz de investigação de então: “Aquele que V.M. vir de sapatinho bicudo e mui brunido, atilhos nos calções, com gravata por cima da barba, colarinho até meia orelha, cabelo rente no toitiço e tufado sob a moleirinha com suíças até aos cantos da boca, agarre-se logo nele, tranque-mo na cadeia carregado de ferros, até que haja navio para o Limoeiro: é iluminado ou pedreiro-livre”.

E o respeitinho e a obediência lá se foram conservando, os inimigos internos iam-se sucedendo, ao pedreiro-livre, o anarco-sindicalista, bem vergastado pelos poderes da I República e com o António de Santa Comba, o comunista.  

Mas como tudo na vida, há um outro lado. O conservadorismo português, particularmente entre os rústicos, inclui, também, o respeito, a humildade e a boa educação, os quais mesmo no tempo dos bufos não desapareceram.

Sobre os dias de hoje, e a atitude caceteira no espaço público, é assertiva a caracterização do Papa Francisco, na encíclica “Fratelli Tutti”, “a política deixou de ser um debate saudável sobre projetos a longo prazo para o desenvolvimento de todos e do bem comum, limitando-se a receitas efémeras de marketing cujo recurso mais eficaz está na destruição do outro. Neste mesquinho jogo de desqualificações, o debate é manipulado para o manter no estado de controvérsia e contraposição”.

Estou curioso quanto aos próximos tempos. Vamos vendo, aqui e ali, a falta de educação e a boçalidade de mão dada com nostalgias de outrora. Veremos o que vai pesar mais, no que resta da sociedade rural deste país, o respeito ou o respeitinho.    

“Discurso Directo”, 19/02/21

DO ESTADO DA EDUCAÇÃO – Francisco Gonçalves

21 Quinta-feira Jan 2021

Posted by cduarouca in Francisco Gonçalves

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“Oh Stôra, não me dê só 4 agora na Páscoa, porque o Colégio pede as notas do segundo período.”

Auto-avaliação da Jéssica, aluna do 9º ano numa escola aqui perto

Uma das vantagens das interrupções lectivas para os professores é a de permitir colocar em dia algumas leituras, mais técnicas ou mais gerais, e actualizar conhecimentos. Na recente interrupção de Natal fez parte dessas leituras o Relatório do Estado da Educação 2019, publicado pelo Conselho Nacional de Educação.

Trata-se do relatório que compila os dados estatísticos mais recentes e apresenta um conjunto de reflexões sobre matérias educativas, no caso em apreço em torno do ensino profissional.

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As Pequenas Coisas – Francisco Gonçalves

25 Terça-feira Fev 2020

Posted by cduarouca in Arouca, CDU Arouca, Francisco Gonçalves, Poder Local, Política

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Há uns anos atrás, num dia de forte invernia, deparei-me, numa rua da vila, com uma imagem curiosa, um vereador da Câmara Municipal de Arouca, sentado no carro, porta escancarada, debruçado sobre um caneiro a transbordar, chuçando furiosamente com o guarda-chuva para desentupir o dito. Passe o caricato da situação, o comportamento daquele autarca demonstrava uma preocupação em resolver um pequeno problema quotidiano.

Esta preocupação com as pequenas coisas, numa autarquia pequena e em declínio demográfico, como é o caso de Arouca, é fundamental.  Em 31 de Dezembro de 2018 o concelho tinha 20.861 residentes (*), bem longe dos 22.359 dos Censos 2011 e ainda mais dos 24.227 dos de 2001.

Uma preocupação que não resulta do estilo da governação e menos ainda do estilo de quem preside à autarquia. Aliás, não é uma postura frugal, como a de Armando Zola, ou um registo popular como o de Artur Neves ou um ar sofisticado como o de Margarida Belém o que determina ou não a existência dessa preocupação. É antes uma componente política da governação, uma opção de fundo.

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“Por uma Europa que respeite a soberania dos países e a melhoria das condições de vida dos povos” – Francisco Gonçalves

20 Quinta-feira Fev 2020

Posted by cduarouca in Arouca, CGTP - IN, Francisco Gonçalves, Política, Portugal, Sindicalismo, Sociedade, Trabalhadores

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Intervenção preparada por Francisco Gonçalves (União dos Sindicatos de Aveiro, Sindicato dos Professores do Norte) para o XIV Congresso da CGTP – Seixal, 14 e 15 de Fevereiro de 2020

Francisco Gonçalves

Camaradas,

“Por uma Europa que respeite a soberania dos países e a melhoria das condições de vida dos povos” é o propósito inscrito no nosso projecto de programa de acção. Tem sido esta, é esta, a orientação da União Europeia? Não, não é nem tem sido. Partindo do mundo do trabalho no distrito de Aveiro umas breves notas sobre a questão.

Mais de 40 anos depois da adesão à CEE e duas décadas de moeda única, é importante olhar para o percurso feito. Mesmo considerando as crises cíclicas, são dois momentos distintos, o antes da moeda única e o período da moeda única. Nos anos 80 e 90 do Sec. XX com fundos comunitários pródigos, o investimento público forte, o consumo em alta, a economia a crescer … e a sepultura a ser cavada, trocava-se produção por consumo e salário por crédito, abria-se a caixa de pandora das privatizações e iniciava-se o processo de adesão ao euro.

Ao virar do milénio emergiu das catacumbas o que estava a ser construído, uma moeda cara, relembremos o câmbio, um euro igual a 200,482 escudos. Ora, num distrito como o de Aveiro, com muita micro, pequena e média empresa, forte produção na agricultura, nas pescas, no têxtil, no calçado, na cortiça, segmentos de baixo valor (com pleno emprego alardeavam, por lá, os patrões), a casa veio abaixo.

Para quem produz mercadorias de baixo valor e vê a moeda aumentada duzentas vezes a unidade, ergue-se um muro na exportação (Portugal terá perdido 30% de competitividade). E o mercado interno com a estagnação económica, a subida do desemprego, a contenção salarial, o rebentar das dívidas na era do euro e a invasão de produtos importados (da União Europeia, principalmente, e com o contributo das grandes cadeias de distribuição), deparou-se com o mesmo muro e o país com o défice externo.

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As sardinhas – Francisco Gonçalves

28 Terça-feira Jan 2020

Posted by cduarouca in Arouca, CDU Arouca, Francisco Gonçalves, Internacional, Nacional, PCP

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No final do ano de 2019, lá para as bandas de Itália, caso nada tenha nascido entretanto, surgiu mais um movimento anti-sistema, as Sardinhas. No dizer dos protagonistas, as sardinhas (que enchem praças como sardinhas na canastra) são uma resposta ao populismo de Salvini, contra o ódio e pela harmonia, o que está bem, não se dizem de esquerda nem direita, como convém.

Estranhos dias estes, de equívocos e excitações. A um lado, nacionalismos vários (“populistas”), que se dizem contra as elites financeiras e liberais e pelos genuínos do povo-da-nação. A outro, fugindo, como o diabo da cruz, da identificação de esquerda, os das causas fragmentadas, muitas nobres até. Uns e outros contra uma tal “classe política”. 

Entretanto, quem de facto manda nisto tudo, os da massa, sossegadamente lá vai acumulando enquanto o pagode se entretém com as causas de época. E o capitalismo (a sociedade de mercado, a sociedade de consumo) segue o seu rumo, espremendo os de baixo, como se nada fosse. 

Os teóricos do sistema postulam: a sociedade de consumo está a dar lugar à sociedade de utilizadores. Deve ser nova categoria, sociologia do entretenimento. Consumir serviços em vez de produtos não representa nenhuma alteração de fundo na natureza da sociedade de consumo, as relações sociais continuam sob dominação das relações de mercado. 

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O tempo, esse grande escultor – Francisco Gonçalves

28 Sábado Dez 2019

Posted by cduarouca in Arouca, Francisco Gonçalves, PCP

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Jerónimo de Sousa em Arouca

Este é o título de um livro de ensaios de um dos grandes nomes das letras do século XX, Marguerite Yourcenar. Bebendo da água que corre (na obra) “No dia em que uma estátua é acabada começa, de certo modo, a sua vida.”… 

No passado dia 7 de Dezembro realizou-se aqui no concelho, na Escola Secundária de Arouca, uma das três, quatro iniciativas regionais que o PCP realiza por ano, com a presença do secretário-geral, no distrito de Aveiro, onde ao convívio se junta a intervenção política local, regional e nacional. Por ser em Arouca e a primeira vez que Jerónimo de Sousa cá vem é pertinente aqui deixar umas notas.

Dizia-me uma camarada, daquelas que já o eram nos tempos da Velha Senhora: Oh, Francisco, não imaginas o que senti quando, ao chegar a Arouca, vejo um cartaz a anunciar um Almoço com o Jerónimo de Sousa. Quem diria! 

Mas outras leituras poderíamos fazer, não foi porque a CDU teve cerca de duas centenas e meia de votos, que o secretário-geral do PCP não deixou de vir a Arouca, não foi a pior ou melhor expressão eleitoral da CDU, que Arouca passou ou deixou de contar. Conta sempre. E conta sempre porque há muita intervenção a fazer, porque se podem melhorar as condições de vida de quem cá vive e/ou trabalha.

Mas o inédito da iniciativa não se fica pela presença do Jerónimo. A iniciativa teve cerca de duzentos participantes, uma grande parte de Arouca – militantes, amigos da CDU, independentes e até arouquenses de outras sensibilidades políticas -, correu bem e com a naturalidade de uma qualquer iniciativa cultural ou desportiva, das muitas que se realizam por cá.

E foi assim porque o tempo passou e foi esculpindo arestas, mas não só. Foi assim porque, há década e meia, PCP e CDU têm, em Arouca, uma actividade política regular: distribuições, renovação da propaganda fixa, um blogue (www.cduarouca.com) com actualização regular, a elaboração de cadernos temáticos, a intervenção no período dos munícipes nas Assembleias Municipais, a produção de notas e comunicados sobre a vida no concelho e a participação activa nas campanhas eleitorais.   E esta actividade política regular, que nós chamamos militância e outros participação cívica, não nos tornou, em Arouca, “os melhores” apenas “habituais”.

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Retenção ou não retenção – Francisco Gonçalves

06 Sexta-feira Dez 2019

Posted by cduarouca in Arouca, Educação, Francisco Gonçalves, Política

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Recentemente esteve novamente em debate a valia da retenção versus a da não retenção no ensino básico, desta vez no próprio plenário da Assembleia da República e em aceso despique entre António Costa e Rui Rio, com réplica generalizada nas colunas de opinião de jornais, televisões, rádios, blogues e redes sociais. A um lado juntaram-se os partidários “da sebenta e dos exames” (o rigor da Lusa Atenas), a outro os “dos projectos inovadores ” (a caça aos Fundos Europeus). Como diz um amigo meu: não sou a favor nem contra, antes pelo contrário. O problema não é o passa e chumba mas se os alunos aprenderam ou não.

Sobre a ideia em si, nesta contenda os primeiros não respondem à consequência de um sistema assente na retenção – o que fazer com os alunos que ficam para trás? -, os segundos à consequência de um sistema assente na não retenção – há recursos suficientes para responder à heterogeneidade dos grupos?

Sobre a realidade concreta o tiro é, também, ao lado, tem décadas na lei a “retenção como medida excepcional”, a pressão administrativa para a não retenção e o convívio destas com os exames e os rankings.

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Um mau sinal – Francisco Gonçalves

22 Sexta-feira Nov 2019

Posted by cduarouca in A Rede Escolar, Administração Local, Arouca, Francisco Gonçalves, PCP, Política

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“Não há qualquer equipamento de ensino pré-escolar, nomeadamente os jardins-de-infância de Escariz e de Belece, em risco de fechar por falta de recursos humanos. Os atualmente existentes possibilitam a manutenção destes equipamentos em funcionamento.”

Comunicado da Câmara Municipal de Arouca, 14-10-2019

Ao longo deste mês foram várias as notícias sobre (eventuais) encerramentos de estabelecimentos de educação e ensino devido à falta de pessoal não docente, assistentes operacionais e/ou assistentes técnicos. Nuns sítios por greve dos trabalhadores, noutros por protesto dos pais e encarregados de educação, noutros por avisos dos diretores de agrupamento por falta condições de segurança e de funcionamento dos estabelecimentos de educação, no caso da Educação Pré-escolar, ou dos estabelecimentos de ensino, no caso do Ensino Básico.

Este problema também teve expressão em Arouca, no Agrupamento de Escolas de Escariz, com o Diretor do Agrupamento a enviar um aviso aos encarregados de educação admitindo que os JI de Infância de Belece e Escariz poderiam encerrar por falta de pessoal. Este facto deu origem a um Comunicado da Câmara Municipal de Arouca e uma peça no Jornal de Notícias.

Desconheço o detalhe do processo, as diligências e os compromissos orais ou escritos assumidos entre o agrupamento, a autarquia e a tutela. Merecem-me, contudo, consideração dois aspectos, o problema em si e o sinal que a autarquia deixou.

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A Vaca – Francisco Gonçalves

14 Segunda-feira Out 2019

Posted by cduarouca in Ambiente, Francisco Gonçalves, Sociedade

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“A vaca bebe muita água e faz muito cocó.”
Tobias Alecrim, 5 anos, pré-estudante e pan-activista
A turma da Greta, Ensaios.

Cento e sessenta anos depois da publicação de “A origem das espécies” de Charles Darwin e noventa e dois após Werner Heisenberg ter postulado “O princípio da incerteza” um sobressalto varreu a ciência no passado mês de Setembro, a funda reflexão de Tobias Alecrim sobre a vaca, as emissões de carbono e a pegada ecológica.

Reconheço a minha irritação após notícia de que o Magnífico Reitor da vetusta Universidade de Coimbra tinha decretado a proibição do consumo de carne de vaca aos alunos mais desfavorecidos da sua instituição. Contudo, a leitura da obra, cuja citação abre este texto, deu-me um novo olhar (inovador, moderno e feliz) sobre a matéria, que vê a abstinência da carne como o fim da história, a salvação do planeta e o nirvana dos indivíduos (todos).

Tobias Alecrim disseca: “as pessoas não devem comer carne de vaca” porque “a vaca bebe muita água” e depois “as pessoas não têm água para beber” e porque “a vaca come muita soja (através da ração)”, o que obriga a “queimar floresta e acaba com o tofu”. Numa consubstanciação invulgar num texto desta natureza, é-nos dado saber, em nota de rodapé, pela pena do pai do Tobias, professor universitário com 3 doutoramentos, que 200gr de Tofu Fumado Biológico Joya custam 2,49 euros nos hipermercados Continente.

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Aveiro precisa de uma voz de combate, empenhada na defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo do distrito

04 Sexta-feira Out 2019

Posted by cduarouca in Arouca, Aveiro, Francisco Gonçalves, Legislativas 2019, Miguel Viegas, PCP, PEV

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Avançar é preciso! Andar para trás não., Jerónimo de Sousa, mais força à CDU em Aveiro

Intervenção de Jerónimo de Sousa no Comício em Aveiro – 30 de Setembro

Arruada da CDU na Feira das Colheitas – momentos

03 Quinta-feira Out 2019

Posted by cduarouca in CDU Arouca, Francisco Gonçalves, Legislativas 2019, Miguel Viegas, PCP, PEV

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feira das colheitas 2019

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Apoiantes da CDU – Arouca

02 Quarta-feira Out 2019

Posted by cduarouca in Francisco Gonçalves, Legislativas 2019, Miguel Viegas, PCP, PEV

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a CDU avança com toda a confiança!

APELO AO VOTO

01 Terça-feira Out 2019

Posted by cduarouca in Arouca, Aveiro, CDU Arouca, Francisco Gonçalves, Legislativas 2019, Miguel Viegas, PCP, PEV

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NO DIA 6 DE OUTUBRO VOTE CDU!

A solução política dos últimos quatro anos demonstrou que, afinal, era possível melhorar os rendimentos e condições de vida do nosso povo, melhorias insuficientes, mas melhorias: no salário mínimo e nas pensões; no descongelamento das carreiras e no alívio fiscal no IRS; nos passes sociais e nos manuais escolares gratuitos.

Mas isto só foi possível porque o PS não teve condições para sozinho governar com “mãos livres”. O PCP, logo na noite eleitoral, abriu esta possibilidade de solução, e os deputados do PCP e PEV, ao longo da legislatura, aproveitaram ao máximo o que ela permitia.

E só não foi possível ir mais além porque os compromissos do PS com o Capital e com a União Europeia não permitiram. São disso exemplo as alterações à legislação laboral e a obsessão pelo défice zero.

É esta obsessão pelo défice zero, e agora pela redução da dívida pública sem a renegociar, que desviam fundos tão necessários ao investimento público e ao reforço dos serviços públicos (por exemplo a contratação de pessoal na saúde). Sem investimento público continuaremos à espera da conclusão da Variante e que uma nova vaga de incêndios consuma uma floresta em crescimento desordenado, qual barril de pólvora.

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flagrantes – 2019

Jerónimo de Sousa em Arouca

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