A educação escolar tem um papel fundamental na criação de hábitos de prática desportiva.
Porquê esta insistência na educação escolar das crianças e dos adolescentes, na procura das causas do atraso do desporto português? Sabemos que estas são múltiplas e enredadas na história, na filosofia dominante, na cultura, na economia e nas formas de vida e de trabalho, enfim, na dinâmica social vivida. Porém, não é possível deixar de considerar que a educação assume, no presente, um papel crucial em todo este processo.
“Era uma vez uma mula que ganhou fastio à palha, só tragava pasto verde. O dono tentava tudo, mas nada, o diabo do bicho preferia a fome à palha. Numa derradeira tentativa colocou uns óculos verdes na mula. Desse dia em diante a mula passou a comer de tudo, tudo era verde.”
in “A mula dos óculos verdes e outras estórias” JORGINHO DE SANTO ANTÃO
Faltavam palavras para o escrito mensal e, fortuna da vida, cruza-se comigo o Jorginho Vera Cruz, em tempos idos o bandido Leandro do filme da RTP que adaptou a obra “os flagelados do vento leste”, de Manuel Lopes, uma dedicatória às gentes da ilha de Santo Antão. Numa noite de rede social com tecnologia antiga, grogue e ponche sobre a mesa, numa casa de campo entre canas de açúcar no vale de Paúl, perguntou o Jorginho: – Conhecem a estória da mula dos óculos verdes?
Lembrar o horror nuclear de 6 e 9 de Agosto de 1945, em Hiroxima e Nagasáqui, é para o Partido Comunista Português um dever de memória e um momento de reafirmação, ano após ano, do firme empenho dos comunistas portugueses na luta por um mundo de paz e amizade entre os povos, liberto da ameaça das armas nucleares, onde os imensos recursos desperdiçados em armamento sejam canalizados para a promoção do progresso social e o combate à fome, à doença, ao subdesenvolvimento e a outros graves problemas que afectam a grande maioria da Humanidade.
«É tão gritante esta realidade que se têm multiplicado as justificações para um acumular de lucros à custa da intensificação da exploração e da especulação desenfreada. A afirmação por um dos principais banqueiros que existe uma «hostilidade cultural ao capital e à sua acumulação» ou a acusação de populistas a quem denuncia estes lucros escandalosos visam iludir o essencial: que nestes lucros desviados para uma minoria de privilegiados estão as dificuldades de todo um povo, que sob estes lucros se escondem os salários diminuídos ou não pagos, os direitos roubados, os aumentos especulativos.»
«A instabilidade das urgências de ginecologia e obstetrícia – e também já de urgências gerais – ou a falta de médicos de família, são apenas a face mais visível destas dificuldades, cuja responsabilidade é de sucessivos governos do PS, PSD e CDS.
As declarações do Governo e de responsáveis do Ministério da Saúde indicam claramente que está em preparação, tal como já aconteceu no passado, uma nova vaga de encerramentos e concentração de serviços com efeitos desastrosos na acessibilidade das populações.
Perante as dificuldades, o Governo continua a recusar as medidas necessárias e urgentes para a recuperação do SNS. Não se trata de distracção ou incapacidade, mas de uma inércia destrutiva que visa objectivamente o enfraquecimento do Serviço Nacional de Saúde e a preparação do terreno para uma maior dependência e transferência de recursos para os grupos privados.»
O PCP expressa profunda preocupação com os últimos desenvolvimentos da situação na região Ásia-Pacífico e condena a provocação montada pelos EUA com a ida de Nancy Pelosi, Presidente da Câmara de Representantes dos EUA, a Taiwan.
Não deixando de estar relacionada com a situação interna dos EUA e as eleições em curso, esta provocação, no quadro de uma visita do Congresso dos EUA a vários países da região e que invoca como um dos objectivos discutir “segurança”, insere-se na estratégia de confrontação crescente do imperialismo contra a República Popular da China, instrumentalizando Taiwan e fomentando o separatismo para pôr em causa o “princípio de uma só China”, que os EUA têm vindo a seguir.
As recentes acções do imperialismo na região são indissociáveis da perigosa estratégia agressiva e belicista promovida pelos EUA, a NATO e a UE, onde se insere a promoção da escalada da guerra na Ucrânia, e cujos desenvolvimentos são uma séria ameaça à Paz e aos interesses dos trabalhadores e povos do mundo. O PCP exige o fim das provocações na região Ásia-Pacífico, das quais o Governo português se deve desmarcar, o respeito pela soberania e não ingerência do imperialismo na República Popular da China.
O PCP apela ao desenvolvimento da luta pela paz, contra o militarismo, a escalada de confrontação, as agressões e as ingerências do imperialismo, pelo respeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas e da Acta Final da Conferência de Helsínquia, pela construção de uma nova ordem internacional de paz, soberania e progresso social – em coerência com os valores consagrados na Constituição da República Portuguesa.
«Pelo menos 14 894 colonatos foram erguidos em Jerusalém Oriental e 7136 na Cisjordânia, incluindo em localidades no interior do território ocupado», revela um relatório da União Europeia intitulado 2021: Relatório sobre colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental.
E depois? Depois, nada.
«Comparado ao ano anterior, o período de 2021 registou uma taxa ainda maior de avanços coloniais na Cisjordânia e Jerusalém Oriental (22 030), ao reforçar a tendência de aumento na expansão dos colonatos nos territórios ocupados», refere o relatório.
«Governo continua sem explicar com clareza como vai financiar o Mecanismo Ibérico, e o PCP já expressou em várias ocasiões a preocupação que esse custo venha a ser suportado – de uma forma ou de outra – pelos consumidores.
O PCP considera totalmente inaceitável qualquer novo aumento do custo da electricidade. Porque nada o justifica – o que está a fazer disparar os custos de produção é a especulação que aproveita a redução de oferta por efeito das sanções – e porque o povo português não pode continuar a ser sacrificado para alimentar o lucro das grandes empresas energéticas. A própria Endesa, que ameaça com um aumento de 40% nas tarifas eléctricas, acaba de registar lucros de 734 milhões de euros no primeiro semestre de 2022.»
O Banco de Portugal informou esta quinta-feira que as instituições bancárias que operam em Portugal «reduziram» mais de 3000 trabalhadores e fecharam acima de 350 agências nos últimos dois anos.
Créditos/ radioregional.pt
Segundo o Banco de Portugal (BdP), em 2021 havia um total de 58 859 trabalhadores nos bancos que operam em Portugal (considerando a actividade interna e externa), menos 3027 do que em 2020 e o número mais baixo desde o início da série, em 1990.
Em Portugal trabalhavam 43 726 pessoas em 2021, menos 2163 do que os 45 889 de 2020 e também o número mais baixo desde o início da série. O valor mais alto foi atingido em 1995, com 61 885 trabalhadores. À actividade externa dos bancos estavam afectos 15 133 trabalhadores no ano passado, contra 15 997 no ano anterior. É o valor mais baixo desde 2005.
⛰️ Hoje é Dia Mundial do Vigilante da Natureza. O Grupo Parlamentar do PCP entregou uma proposta para a contratação e valorização da carreira destes profissionais que desempenham uma tarefa tão importante.
É urgente e indispensável tomar medidas concretas para a contratação e a valorização da carreira de Vigilantes da Natureza, inseridas no quadro mais geral de reforço de meios para a preservação e conservação da natureza e da biodiversidade.
“Rejeitamos o financiamento pelo Estado central de habitação nas zonas mais caras das grandes cidades. O direito de habitação é um direito humano plasmado na nossa Constituição, mas não é um direito humano viver nas Avenidas Novas. Ninguém tem os seus direitos humanos violados por não poder alugar um T2 no Chiado. Num país onde o interior está cada vez mais desertificado, é até imoral usar dinheiro de todos para financiar a possibilidade de alguns viverem nas zonas mais caras das grandes cidades”. Estas são palavras do deputado Carlos Pinto, da Iniciativa Liberal (IL), na Assembleia da República.
No dia 25 de fevereiro, o dia seguinte ao início da invasão russa da Ucrânia, o Papa Francisco telefonou ao líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, e deslocou-se à embaixada russa na Santa Sé. Numa entrevista, citada pela agência Ecclesia, dada ao jornal argentino La Nación, Francisco explicou-se desta maneira: “Fui sozinho, não quis que ninguém me acompanhasse. Foi uma responsabilidade pessoal, minha, uma decisão que tomei numa noite em branco, pensando na Ucrânia. É claro, para quem o quer ver, que estava a sinalizar o governo que pode pôr fim à guerra no instante seguinte”.
Um novo ano lectivo está à porta, a defesa da Escola Pública, no sentido da promoção da melhoria do processo de ensino-aprendizagem e o respeito pelos direitos de todos os trabalhadores da Educação é uma exigência pela qual o PCP não desiste e se continuará a bater.
O PCP entregou quatro propostas com soluções para o combate a problemas estruturais da Escola Pública que têm vindo a ser agravados com a ausência de resposta por parte do Governo do PS.
Quanto ao Plano Estratégico de Portugal para a Política Agrícola Comum, é sem surpresa que vemos mais uma oportunidade perdida para o País poder caminhar para a sua soberania alimentar.
Créditos/ Rádio Voz da Planície
De acordo com informação avançada pelo Instituto Nacional de Estatística, o ano de 2022 será o pior dos últimos 100 anos em produção de trigo. Isto quer dizer que a situação já de si catastrófica de Portugal em matéria de dependência externa irá piorar ainda mais. Revela-se assim o completo fracasso da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais lançada pelo Governo em 2018. Quanto ao Plano Estratégico de Portugal para a Política Agrícola Comum, que será apresentado dia 27 de julho pela ministra da Agricultura, é sem surpresa que vemos mais uma oportunidade perdida para Portugal poder caminhar para a sua soberania alimentar.
O Governo optou por intervir apenas no plano fiscal sobre os combustíveis, ignorando as propostas do PCP para o controlo dos preços. O resultado foi o que se esperava: subsidiar lucros e aumento da especulação. Perdem as populações, a economia real e o Estado.
Nos lucros das grande petrolíferas estão os sacrifícios de um país inteiro e PS, PSD, Chega, IL e PAN dão cobertura a esta situação.
Numa recente aparição na televisão norte-americana, para discutir se a invasão do Capitólio a 6 de Janeiro de 2021 foi ou não uma tentativa de golpe de Donald Trump, John Bolton apresentou-se como alguém que «ajudou a planear golpes de Estado – não aqui [nos EUA], mas, sabe, noutros locais». Suportado no seu currículo, sentenciou que naquele caso não se tratou disso, até porque esta é uma tarefa que dá muito trabalho e exige cuidada preparação – nada, portanto, de que Trump fosse capaz.
Mais um verão, e mais do mesmo, com o país a arder, de norte a sul, causando os impactos e os prejuízos de sempre. Para muitos uma vida de trabalho perdida nas cinzas, com a destruição de habitações, estruturas agropecuárias, máquinas, alfaias e culturas agrícolas, e demais bens, para muitos outros ficam as mazelas físicas e/ou psicológicas de quem foi afetado ou de quem incansavelmente esteve no combate aos incêndios. Impactos profundos que também se fazem sentir na biodiversidade e nos ecossistemas já muito fragilizados.
Em anos de condições climatéricas menos propícias a fogos o governo regozija-se, puxando para si os louros de supostas medidas, enquanto em anos de altas temperaturas, como está a ser 2022, o Governo, descarta as suas responsabilidades e imputa-as veementemente aos cidadãos, em particular os pequenos e médios proprietários.
Este texto é sobre um piloto que morreu. Acidente, azar, sim, também. Mas há algo de muito errado neste país e nas opções de fundo que lhe têm sido impostas. E isso é que é o contexto que importa perceber.
Uma aeronave de combate a incêndios durante o ataque ao incêndio que lavrava em Palmela, a 13 de Julho de 2022 CréditosAntónio Cotrim / LUSA
Na música onde Zeca Afonso homenageia Catarina Eufémia pode-se escutar que «quem viu morrer Catarina não perdoa a quem matou». Como é evidente, não se refere o poeta apenas àqueles camaradas de Catarina que no dia 19 de Maio de 1954 estavam ao seu lado, em luta, e literalmente a viram cair varadas pelas balas da ditadura fascista de Salazar. É a nós todos que se nos dirige. Todos nós temos a obrigação de ter visto morrer Catarina. E de não perdoar a quem a matou: o fascismo português.
Mas este texto não é sobre Catarina Eufémia. É sobre um piloto português que morreu a combater os incêndios que se abatem sobre o nosso país. Cuja morte foi transmitida e retransmitida até à náusea por uma comunicação social nauseabunda. Que serviu de distracção nas tascas, nos cafés e nos sofás de milhares de casas.
👶🧸 Por uma rede pública de creches que assegure o acesso gratuito a todas as crianças O alargamento do acesso a creches gratuitas a partir de Setembro, anunciado pelo Governo, é resultado da proposta, persistência e iniciativa do PCP que garantiu, já desde 2020, que dezenas de milhar de crianças tenham acesso. A gratuitidade das creches foi um objectivo inscrito no Programa eleitoral do PCP de 2019 e objecto de iniciativas legislativas e teve os primeiros passos no Orçamento do Estado para 2020, por sua intervenção.
Da parte do PS e do Governo, esta necessidade das crianças e das famílias encontrou sempre adiamentos, protelamentos e pretextos para limitar o número de crianças abrangidas, seja faseando por escalões de rendimento, seja agora por idade. Sendo importante o alargamento previsto, é claramente insuficiente e não ilude os obstáculos que o PS e o Governo têm colocado à concretização plena deste objectivo. A par da defesa da gratuitidade da creche para todas as crianças, o PCP tem defendido a criação de uma rede pública de creches. Uma solução indispensável para que o direito ao acesso à creche seja assegurado e que o PS e o Governo têm rejeitado, e à qual o mais recente anúncio não dá resposta.
Ao fim de 110 dias de governo PS de maioria absoluta, começa a ser cada vez mais evidente a falta de vontade política em resolver os problemas do país, que se acumulam de dia para dia.
Os baixos salários que atiram os trabalhadores para ao empobrecimento, a habitação inacessível para a maioria das bolsas, o custo de vida a aumentar, o SNS, a educação e os serviços públicos a degradarem-se por falta investimento e os seus trabalhadores sem a valorização que merecem, não tiveram ainda resposta.
Ao fim de 110 dias de governo PS, será que perdemos todos? Não… há quem tenha lucrado com os problemas do País, e é no benefício dos grandes grupos económicos que se têm focado as opções políticas do PS.
Não há como esconder que há problemas sérios no Serviço Nacional de Saúde, mas eles não acontecem por acaso. São o resultado de muitos anos de desinvestimento, subfinanciamento e sobretudo de degradação da situação dos profissionais de saúde ao mesmo tempo que existiu uma forte aposta dos grupos privados da saúde nos últimos anos na sua capacidade e instalações.
O Governo assistiu passivamente ao aumento do número de utentes sem médico de família, assistiu à carência acentuada de outras especialidades médicas como anestesistas ou obstetras. Assistiu à crescente entrega de serviços de urgência a profissionais contratados à tarefa.
O Governo assistiu a tudo e não tomou as medidas necessárias para começar a inverter esta grave situação. E a conclusão a tirar só pode ser uma: o Governo sabia que o resultado da sua inércia seria desastroso e quis que assim fosse. Sabia que o resultado seria o enfraquecimento do SNS e um campo aberto para o sector privado e quis que assim fosse.
Ao não tomar medidas eficazes o Governo está deliberadamente a permitir a degradação do SNS e a favorecer os grupos privados da saúde. É que estes grupos não só garantem boa parte do seu financiamento com transferências do Serviço Nacional de Saúde, como prosperam tanto mais quanto maiores forem as dificuldades do SNS. E o que o Governo se prepara para fazer é entregar mais uma fatia do SNS ao privado, apresentando essa opção como uma falsa inevitabilidade
. Mas não há nenhuma inevitabilidade neste caminho. É possível reforçar o SNS e assim fortalecer o direito à saúde da população.
Se um destes dias nos vierem dizer que a Terra é plana, a Lua hexagonal e o Sol um carro de fogo que corre no firmamento dirigido por um cientista louco, não há motivo para duvidar, a menos que se queira fazer parte – vá de retro, satanás – da escória descrente das virtudes do sistema capitalista e do regime dito democrático que nos rege.
Na sua dinâmica própria da incessante busca de lucro e permanente acumulação de riquezas pode suceder, contingências da vida, que o branco de ontem seja preto hoje, que terroristas passem a combatentes da liberdade, que a precariedade seja afinal sinal de prosperidade, que o desemprego signifique justiça social, só para dar alguns exemplos, que a questão dá pano para mangas.
A mais recente reviravolta – façam rufar os tambores, sff – é “Abaixo o CO2, viva o nuclear!”.
«Não é possível falar desses direitos sem olhar para a realidade familiar das novas gerações de pais, determinada e largamente prejudicada por relações laborais alicerçadas na exploração de quem trabalha, com expressão concreta na precariedade laboral, na desregulação dos horários de trabalho, no trabalho mal pago, nos baixos salários, nas discriminações salariais, a par dos elevados custos com habitação, transportes, pagamento de creches, de despesas com a educação ou a saúde que consomem uma fatia considerável do rendimento das famílias trabalhadoras.
Hoje sabe-se, e todos os estudos o demonstram, que as crianças estão a sofrer com os horários desregulados impostos aos pais. Passam tempo de mais na escola desde os poucos meses de vida, dormem de menos, brincam de menos, estão tempo a menos com as famílias ou ao ar livre.» Jerónimo de Sousa, Convívio «Crianças e Pais com direitos», Matosinhos
Os Verdes condenam aprovação pelo parlamento europeu da classificação do Nuclear e Gás Natural como energia verde
Quando os interesses económicos se sobrepõe a valores ecologistas, à saúde e segurança das populações, pinta-se de verde o que nunca será sustentabilidade nem futuro.
Esta quarta-feira, no Parlamento Europeu, foi aprovada uma proposta da Comissão Europeia classificando como atividades verdes os projetos de gás fóssil e de energia nuclear.