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Os mercados, e com eles o défice e a dívida, voltaram em força à agenda política e mediática. Passada a pandemia e com a guerra a deixar de ser novidade (e a perder fulgor como argumento), eis que os mercados voltaram a ficar «nervosos», «inquietos» e «preocupados» com eventuais exageros ou derrapagens nas contas públicas. No debate do Orçamento do Estado, que concluiu na semana passada a sua primeira fase, com a mais que esperada aprovação na generalidade, lá esteve uma vez mais a obsessão com as «contas certas».
Mas afinal que contas são estas?
O que sabemos é que algumas estão erradas. Como as que apontam para inverosímeis taxas de inflação de 4 e 2 por cento nos próximos anos, quando a deste andará pelos oito e na verdade nada faz prever alterações significativas nesta situação, pelo menos a curto prazo. Desta previsão, importará que se diga, depende o valor de actualização de salários, reformas, pensões e outras prestações sociais…
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