Padrões imorais – Gustavo Carneiro

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Mi­guel Mor­gado foi as­sessor po­lí­tico do pri­meiro-mi­nistro Pedro Passos Co­elho entre 2011 e 2015 e, daí até 2019, de­pu­tado do PSD. Hoje é in­ves­ti­gador na Uni­ver­si­dade Ca­tó­lica e acaba de editar o livro Guerra, Im­pério e De­mo­cracia – a As­censão da Ge­o­po­lí­tica Eu­ro­peia. Em en­tre­vista re­cente à An­tena 1, a pro­pó­sito da sua obra, dis­correu sobre os pa­drões mo­rais que ale­ga­da­mente regem a ge­o­po­lí­tica das po­tên­cias eu­ro­peias (ou de raiz eu­ro­peia, como os Es­tados Unidos), im­posta ao mundo há mais de dois sé­culos.

Aos mi­cro­fones da rádio (como se­gu­ra­mente nas pá­ginas do livro), Mor­gado ga­rante que «fazer po­lí­tica in­ter­na­ci­onal em nome dos di­reitos hu­manos, em nome de prá­ticas de­mo­crá­ticas, é uma ino­vação eu­ro­peia». E, ob­ser­vando o ine­xo­rável fim do pre­do­mínio oci­dental, an­te­cipa que «todas as formas es­pi­ri­tuais, cul­tu­rais e po­lí­ticas que a Eu­ropa ex­portou e impôs ao mundo vão agora co­meçar a en­trar em re­gressão»: o mundo que aí vem, ga­rante, será «muito menos re­cep­tivo à de­mo­cracia e aos di­reitos hu­manos».

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A luta de massas e as acções provocatórias que nos esperam – Vasco Cardoso

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A ma­ni­fes­tação na­ci­onal do dia 18, que ocupou o centro de Lisboa com uma im­pres­si­o­nante mo­bi­li­zação, é um facto in­con­tor­nável e mar­cante na vida na­ci­onal, seja pelo que com­porta de re­cusa à po­lí­tica de di­reita, seja pelo que trans­porta de exi­gência de mu­dança no sen­tido do au­mento dos sa­lá­rios e pen­sões, da de­fesa dos ser­viços pú­blicos, de uma mais justa dis­tri­buição da ri­queza, do cum­pri­mento da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica. Uma afir­mação po­de­rosa dos in­te­resses de classe dos tra­ba­lha­dores, da im­por­tância e papel da or­ga­ni­zação e do Mo­vi­mento Sin­dical Uni­tário, e um aviso sério ao Go­verno, às forças re­ac­ci­o­ná­rias e ao grande ca­pital, quanto à de­ter­mi­nação exis­tente nos tra­ba­lha­dores para con­ti­nuar a luta por uma vida me­lhor.

Tal mo­bi­li­zação, pelo im­pacto que sus­cita, é ter­reno fértil não apenas para o apa­re­ci­mento de opor­tu­nismos di­versos que, em geral, pa­ra­sitam este tipo de ac­ções, mas também para a di­na­mi­zação de actos pro­vo­ca­tó­rios. Foi o que acon­teceu com a pre­sença, de­pois de terem anun­ciado ma­ni­fes­ta­ções como Por­tugal nunca vira e a cri­ação de uma cen­tral sin­dical para se opôr à CGTP-IN, de uma de­le­gação do Chega (CH) que a ma­ni­fes­tação sa­bi­a­mente ig­norou, já não se po­dendo dizer o mesmo das di­fe­rentes rá­dios e te­le­vi­sões.

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Continuemos a lutar pelos direitos da Mulher – Lara Pinho

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No passado dia 8 de março celebrou-se mais um Dia Internacional da Mulher que conta já com 113 anos de comemoração (desde 1910). No entanto, só em 1975, as nações unidas, declararam este dia como o Dia Internacional da Mulher. Passados todos estes anos seria de esperar que já não fosse necessário comemorar o dia, ou que esta comemoração fosse apenas simbólica, recordando as conquistas que se fizeram ao longo na história.

É importante realçar e não esquecer todas as conquistas até aqui conseguidas, como o direito ao voto, à educação e ao trabalho. Para quem nasceu após 1974, como eu, é difícil entender como é que foi possível as mulheres estarem impedidas de exercer o direito ao voto, de ir à escola ou de trabalhar, estando dependentes financeiramente dos homens. As nossas avós ficavam em casa a tomar conta dos filhos e a trabalhar no campo, sem salário, e poucas são as que foram à escola, muitas nem sequer sabiam assinar o nome. Felizmente, já não é assim, embora persistam as desigualdades nos salários e dificuldades no acesso a cargos de chefia. Um estudo do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa realizado no ano de 2019 revelou que os salários das mulheres são 17,2% mais baixos do que os dos homens. Revela ainda o estudo de que o salário mínimo nacional é sobretudo auferido por mulheres. No entanto, a escolaridade das mulheres empregadas é superior à dos homens empregados, estando as mulheres sobre representadas nas profissões menos valorizadas e remuneradas. Por outro lado, nos cargos de gestão de topo, observa-se o inverso. Dados da União Europeia apontam ainda para uma disparidade entre homens e mulheres inativas devido a responsabilidades de cuidados a familiares, existindo na Europa, 6% de homens e 24,4% de mulheres nesta condição. 

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O ENERGÚMENO – Francisco Gonçalves

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Num fragmento do filme “O Quadrado”, de Ruben Östlund, assiste-se a uma conversa entre um adulto e uma criança. A criança queixa-se de uma injustiça da responsabilidade indireta do adulto e trata-o como alguém da sua igualha, com uma boçalidade de taberna. O adulto, incrédulo, muito senhor da sua sueca “identidade social-democrata, formalmente cortês e serena”, não consegue lidar com a grosseria do petiz. O quadro que nos é apresentado é o da incompreensão, idiossincrasias contrastantes, linguagens de universos paralelos. 

Estaremos perante um quadro social exclusivamente sueco ou será global? Circunscreve-se ao relacionamento hodierno entre adultos e crianças? Serão assim os adultos de amanhã? Não acontecerá o mesmo entre professores e alunos, servidores públicos e utentes? Entretanto, esbarro noutro fragmento da realidade, este contado e bem mais próximo de nós. 

Numa escola da Área Metropolitana do Porto, um professor, cordato e cortês como poucos, numa aula do 9º ano, pediu, repetidas vezes, a um aluno para se sentar, tirar o boné, abrir o caderno e fazer a atividade proposta. Sucederam-se as negas, proferidas com maus modos, contrastando com a abordagem civilizada do docente. A dada altura remata o aluno:  – não me chateie, quero é ir lá para fora. Se assim quer, retorquiu educadamente o professor, faz o favor de sair. O aluno levantou-se, gingão, escarrou para o chão e abandonou a sala.

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Milhares em Washington pela paz e contra «as guerras intermináveis» dos EUA

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Mais de 200 organizações apoiaram a manifestação deste sábado, em Washington, contra a «máquina de guerra» dos EUA e da NATO, quando passam 20 anos sobre a invasão norte-americana do Iraque.

Manifestação deste sábado em Washington Créditos/ @answercoalition

Milhares de pessoas manifestaram-se ontem na capital federal dos Estados Unidos, exigindo que as enormes verbas que o país destina à guerra sejam direccionadas para «as necessidades das pessoas» – mais emprego, melhor educação e saúde, entre outros sectores.

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SESSÃO PÚBLICA: DO PELOTÃO DA FRENTE À CAUDA DA EUROPA

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Alguns dos que teceram loas ao “Portugal no pelotão da frente” da UE e do Euro aparecem agora a denunciar a queda do País para a “cauda da Europa”.

Quando se agudiza o debate ideológico em torno destas “ultrapassagens”, o PCP discutiu com profundidade as questões da insuficiência de crescimento e desenvolvimento do país, ouvindo e dialogando com personalidades diversas.

Acima de tudo, o debate serviu para apontar as linhas de ruptura necessárias, tendo em vista a construção de soluções para um Portugal com futuro.

Vê aqui algumas das ideias que vieram a debate. ℹ️

Conhece as intervenções proferidas na Sessão Pública «Do pelotão da frente à cauda da Europa: Mitos e realidades – Soluções para um Portugal com futuro» ➡️ https://www.pcp.pt/do-pelotao-da-fren..

SESSÃO PÚBLICA : DO PELOTÃO DA FRENTE À CAUDA DA EUROPA

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Alguns dos que teceram loas ao “Portugal no pelotão da frente” da UE e do Euro aparecem agora a denunciar a queda do País para a “cauda da Europa”.

Quando se agudiza o debate ideológico em torno destas “ultrapassagens”, o PCP discutiu com profundidade as questões da insuficiência de crescimento e desenvolvimento do país, ouvindo e dialogando com personalidades diversas.

Acima de tudo, o debate serviu para apontar as linhas de ruptura necessárias, tendo em vista a construção de soluções para um Portugal com futuro.

Vê aqui algumas das ideias que vieram a debate.

ℹ️ Conhece as intervenções proferidas na Sessão Pública «Do pelotão da frente à cauda da Europa: Mitos e realidades – Soluções para um Portugal com futuro» ➡️ https://www.pcp.pt/do-pelotao-da-fren…

Subserviência e manipulação – Albano Nunes

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O Go­verno des­res­peita a Cons­ti­tuição e alinha o País com os fal­cões do Pen­tá­gono

A luta em de­fesa da so­be­rania e in­de­pen­dência na­ci­onal tornou-se ta­refa in­con­tor­nável. A po­lí­tica de di­reita pra­ti­cada pelo Go­verno do PS e o brutal agra­va­mento das con­di­ções de vida das massas tra­ba­lha­doras é in­se­pa­rável de uma po­lí­tica ex­terna que não só não de­fende o in­te­resse na­ci­onal da gula do grande ca­pital na­ci­onal e es­tran­geiro como está ser­vil­mente ali­nhada com a es­tra­tégia be­li­cista dos EUA, NATO e União Eu­ro­peia.

O la­men­tável po­si­ci­o­na­mento em re­lação à guerra na Ucrânia e aos pro­blemas da se­gu­rança na Eu­ropa, não é caso único. Exem­plos como o do in­de­cente re­co­nhe­ci­mento do fan­toche Guaidó na (der­ro­tada) cons­pi­ração contra a Ve­ne­zuela bo­li­va­riana não deve ser es­que­cido. Mas a au­tên­tica de­riva de ir­res­pon­sa­bi­li­dade e sub­ser­vi­ência em re­lação à si­tu­ação no Leste da Eu­ropa ul­tra­passa todas as marcas. Mais mi­li­tares por­tu­gueses para re­forçar o cerco da NATO à Rússia, mais armas para o te­atro de ope­ra­ções, ac­ti­vís­sima pro­moção do fas­ci­zante poder ucra­niano e do seu pre­si­dente, sempre mais e mais en­vol­vi­mento de Por­tugal na es­ca­lada de con­fron­tação, como a mi­nistra da De­fesa foi pro­meter na sua re­cente vi­sita a Kiev. A cha­mada de pri­meira pá­gina do Pú­blico de 20.02.23 sobre a en­tre­vista de An­tónio Costa – «A paz só é pos­sível com a vi­tória da Ucrânia e a der­rota da Rússia» – é par­ti­cu­lar­mente sig­ni­fi­ca­tiva da po­sição de um go­verno que, em lugar de pugnar pela so­lução po­lí­tica de um con­flito que já dura há nove anos, tri­pudia o es­pí­rito e a letra da Cons­ti­tuição e alinha Por­tugal com os fal­cões do Pen­tá­gono.

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Paulo Raimundo: Manifestação Nacional de Mulheres

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Paulo Raimundo, esteve ontem presente na Manifestação Nacional de Mulheres em Lisboa, que juntou muitos milhares de mulheres em luta pela igualdade plena, no trabalho e na vida. O Secretário-Geral do PCP destacou a confiança e determinação das presentes no protesto e realçou a reivindicação da igualdade salarial como estruturante para uma verdadeira emancipação da sociedade.

👉 Declaração de Paulo Raimundo https://www.pcp.pt/mulheres-tem-1000-…

OS VERDES SAÚDAM ACORDO DA ONU E REIVINDICAM COMPROMISSO PARA TRAVAR A MINERAÇÃO EM MAR PROFUNDO

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Finalmente, passadas cerca de duas décadas do início de tentativas de negociações, os países membro das Nações Unidas chegaram agora a um acordo para preservação da biodiversidade marinha.

Sobremaneira ameaçada pelo fenómeno das alterações climáticas e por um conjunto de atividades humanas depredadoras, tais como a mineração, a poluição provocada por navios, a sobrepesca industrial, a ausência de medidas eficazes a montante, quer ao nível da separação e tratamento de resíduos, quer no tratamento de águas residuais, entre outras, a biodiversidade marinha tem vindo a ser destruída a um ritmo bastante preocupante.

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A precariedade dos investigadores em Portugal: da excelência à dependência – Miguel Viegas

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A precariedade sempre foi uma ferramenta usada pelo capital para transformar os trabalhadores em variáveis de ajustamento. A singularidade do sistema científico português está na dimensão do fenómeno.

/ Orange Observer

A investigação em Portugal tem vindo a evoluir significativamente nas últimas décadas. Uma dimensão deste desenvolvimento pode ser aferida no número de doutorados que passou, de acordo com dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), de 19 mil em 2010, para 34 mil em 2019, um aumento de quase 80% em menos de uma década. Tendo começado relativamente tarde face a outros países europeus, Portugal, como bom aluno, logo tratou de aplicar o último grito das políticas neoliberais ao Ensino Superior e à ciência. Os resultados estão à vista.

De acordo com a DGEEC, trabalhavam nas instituições de Ensino Superior um total de 3938 investigadores, entre bolseiros, investigadores de carreira e investigadores a contrato. Destes, e sem contar com os bolseiros, que são de facto trabalhadores científicos a tempo inteiro (as bolsas exigem exclusividade), 2416 tinham um vínculo precário. A taxa de precariedade varia entre 74% e 79% consoante incluímos os bolseiros. Ou seja, a grande maioria dos investigadores portugueses, que trabalham afincadamente para encontrar soluções para os grandes desafios do presente e do futuro, não sabem em rigor qual será o seu futuro imediato, depois de acabar o seu contrato.

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8 de Março: Dia Internacional da Mulher Memória e actualidade – Fernanda Mateus

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O Dia In­ter­na­ci­onal da Mu­lher tornou-se um sím­bolo de luta das mu­lheres

1. Passam 113 anos da 2.ª Con­fe­rência In­ter­na­ci­onal de Mu­lher, que aprovou a cri­ação de um Dia In­ter­na­ci­onal da Mu­lher e cujas ra­zões e al­cance so­cial e po­lí­tico im­porta co­nhecer para manter na me­mória das mu­lheres do tempo pre­sente o valor da luta tra­vada por su­ces­sivas ge­ra­ções, que fi­zeram dele uma data com pro­fundo sig­ni­fi­cado his­tó­rico. Uma co­me­mo­ração que con­tinua a ter plena ac­tu­a­li­dade para afirmar uma luta de todos os dias pelo muito que ainda falta al­cançar em Por­tugal no cum­pri­mento de di­reitos das mu­lheres, na lei e na vida, no efec­tivo com­bate e pre­venção a todas as formas de de­si­gual­dade, dis­cri­mi­nação e vi­o­lên­cias que per­duram no quo­ti­diano da mai­oria das mu­lheres.

O Dia In­ter­na­ci­onal da Mu­lher emerge do mo­vi­mento ope­rário e re­vo­lu­ci­o­nário, tendo como ob­jec­tivos dar força à luta das tra­ba­lha­doras contra a dupla ex­plo­ração e opressão ca­pi­ta­lista a que es­tavam su­jeitas e face à ne­gação dos di­reitos eco­nó­micos, so­ciais e po­lí­ticos im­postos a todas as mu­lheres.

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Comício do 102.º Aniversário do PCP em Lisboa

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No comício de comemoração do 102.º aniversário do PCP, num salão nobre d´A Voz do Operário cheio de gente e confiança, Paulo Raimundo tomou a palavra para destacar a profunda e quotidiana ligação do Partido à vida de quem trabalha e de como isso se reflecte no seu projecto e proposta.

👉 Vê aqui a intervenção completa https://www.pcp.pt/bem-nos-podem-ench…

Manifestação Nacional de Mulheres no Porto

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A Manifestação Nacional de Mulheres promovida pelo MDM decorreu ontem na baixa do Porto, com desfile entre a Batalha e a Trindade, que contou com milhares de mulheres.

Uma delegação do Partido composta por Margarida Botelho, Belmiro Magalhães, Fernanda Mateus e Ilda Figueiredo.

No próximo sábado, 11 de Março a Manifestação Nacional de Mulheres decorrerá em Lisboa continuando a afirmar as Mil Razões para Lutar os direitos os direitos das mulheres não podem esperar.

Encontro Nacional de Juventude: jovens querem uma política alternativa

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Mais de 800 jovens de todo o país estiveram presentes no encontro promovido pelo Conselho Nacional de Juventude. Criado o espaço para uma ampla discussão democrática, as conclusões são claras: os jovens querem uma política alternativa.

/ CNJ

No passado fim-de-semana, para centenas de jovens, todos os caminhos foram dar a Guimarães, mais concretamente o Encontro Nacional de Juventude. Segundo a organização, o Conselho Nacional de Juventude,  a 17ª edição do evento foi uma enorme sucesso, tendo sido o maior desde 1995. 

A ideia do Encontro Nacional de Juventude era meter os jovens a discutir e a decidir quais devem ser as linhas gerais para o desenvolvimento de uma real política juvenil, não fosse o mote do evento «Aqui, os jovens decidem o futuro!». Pelo Multiusos de Guimarães passaram diversas figuras de Estado como o Presidente da Assembleia da República, a Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares e o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, algo que só enaltece a participação juvenil, pois o jovens não se contentaram com discursos governativos panfletários e afirmaram o que realmente querem, contornando o habitual discurso unidireccional dos que dizem querer jovens activos e nunca fazem por os ouvir.

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