Jantar do 25 de Abril – momentos
20 Sexta-feira Abr 2018
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in20 Sexta-feira Abr 2018
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in09 Domingo Abr 2017
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2013, flase flags, guerra, hipocrisia, Homs, Siria
O PCP condena veementemente o bombardeamento perpetrado pelos EUA contra a República Árabe Síria, um acto de agressão em clara violação do Direito Internacional e da soberania e integridade territorial do Estado sírio.
Trata-se de mais um acto de agressão que se insere na guerra que, desde há seis anos, é movida pelos EUA e seus aliados na Europa e no Médio Oriente – incluindo através da criação e apoio a grupos terroristas – contra a Síria e o seu povo.
Recordando as campanhas de desinformação e manipulação que sustentaram as agressões ao Iraque e à Líbia, o PCP chama a atenção que este acto de agressão é desencadeado a pretexto de um alegado «ataque com armas químicas» em Khan Sheikoun, na Província de Idleb, que as autoridades sírias categoricamente negam e cujas reais circunstâncias e autoria carecem de cabal esclarecimento, tanto mais quando tem sido denunciado o armazenamento e a utilização de armas químicas pelos grupos terroristas na Síria.
08 Terça-feira Out 2013
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A Comissão Coordenadora da CDU – Arouca procedeu à análise dos resultados eleitorais das Autárquicas 2013, realizadas na 29 de Setembro, da campanha eleitoral e das perspectivas para o trabalho futuro, cujo teor, de seguida se apresenta.
RESULTADOS – NACIONAIS E REGIONAIS
1 – Os resultados verificados demonstram uma clara derrota dos partidos do governo e da sua política. Mais de 350.000 votos brancos ou nulos, cerca de 800.000 votos a menos nos partidos da troika (PS, PSD e CDS), 550.000 no caso do PSD e do CDS, e um crescimento da CDU em votos, percentagem e presidências de câmara confirmam este cenário de descrédito na política da troika, de punição dos seus responsáveis e de reforço daqueles que, também no poder autárquico, rejeitam o Memorando da Troika e defendem uma política alternativa, patriótica e de esquerda.
2 – A CDU cresceu em votos – de 539.694 para 552.805 nas Câmaras Municipais e de 587.970 para 599.032 nas Assembleias Municipais -, em percentagem, nos dois dígitos, – de 9,8% para 11,1% nas Câmaras Municipais e 10,6% para 12,0% nas Assembleias Municipais –, e em número de presidências de Câmara – de 28 para 34, perdendo 4 e conquistando 10 -, algumas delas com particular significado como são os casos de Évora, Beja, Loures, Grândola e Silves.
3 – Crescimento este também sentido na nossa região, no caso da Área Metropolitana do Porto com a eleição de vereadores no Porto, em Matosinhos, na Maia, em Valongo e em Gondomar e no distrito de Aveiro com a eleição de 14 deputados municipais (Espinho, Ovar, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Estarreja, Aveiro, Ílhavo, Águeda, Mealhada), mais 4 que em 2009, e 22 eleitos para as Assembleias de Freguesia, mais 6 que em 2009. Em tese, caso se tratassem de eleições legislativas, os 18.125 votos (5,1%) registados no distrito de Aveiro possibilitariam a eleição de um deputado da CDU.
4 – O crescimento da CDU é factor de confiança para a luta mais imediata, o Orçamento de Estado para 2014, e, principalmente, para a luta pela demissão do (de um) governo (que não só não respeita a Constituição, como sistematicamente a afronta) e o subsequente e necessário processo de construção de uma alternativa ao Memorando da Troika ou ao seu substituto, chame-se ele “Segundo Resgate”, “Programa Cautelar” ou outra coisa qualquer.
RESULTADOS – AROUCA
5 – Também em Arouca os resultados verificados confirmam o descontentamento e mal estar da população, diminuição de votantes, de 71,7% para 66,3%, aumento dos votos nulos e brancos, de 477 em 2009 para 730 em 2013 e diminuição de votos nos partidos da troika, de 13.720 votos em 2009 para 11.659 em 2013. Mas em Arouca dois factores locais tiveram forte impacto nos resultados finais – a não ida a votos da UPA e a punição do eleitorado ao CDS, pelo comportamento ausente do deputado municipal Paulo Portas.
6 – Destes factores nacionais e locais resultou para a Câmara Municipal uma clara maioria absoluta do PS – Artur Neves , crescendo em percentagem (de 58,5% para 59,5%), perdendo contudo votos (de 8.985 para 8.248), um crescimento do PSD em percentagem (de 19,7% para 28,4%) e votos (de 3.022 para 3.931), uma quebra assinalável do CDS em votos (de 1482 para 726) e percentagem (de 9,7% para 5,2%), um crescimento da CDU em votos (de 256 para 390) e percentagem (de 1,7 para 2,8).
7 – No caso da Assembleia Municipal, o PS cresceu em votos (de 5.704 para 6.652) e percentagem (de 37,2% para 48,0%), o PSD cresceu em percentagem (de 17,7% para 36,4%) e votos (de 2712 para 5.042), o CDS esvaziou-se em votos (de 5.304 para 965) e em percentagem (de 34,6% para 7,0%), a CDU cresceu em votos (de 270 para 478) e em percentagem (de 1,8 para 3,5).
01 Terça-feira Out 2013
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Em primeiro lugar gostava de sublinhar a derrota dos partidos (e) do governo e o crescimento da CDU a nível nacional, importante já para a grande questão política que se segue, o OE 2014. Dá força a quem defende uma política alternativa ao Memorando da Troika, enfraquece quem a deseja aprofundar.
Relativamente aos resultados da CDU em Arouca, registo como positivo a subida em votos e percentagem, tanto para a Câmara Municipal como para a Assembleia Municipal, e de negativo a não eleição de nenhum candidato.
A votação obtida em Arouca / Burgo para a Assembleia Municipal, 177 votos e 5,87%, e a distância de 83 votos para a eleição de António Óscar Brandão para a Assembleia Municipal deixa-nos alento para prosseguir o processo de consolidação da CDU.
30 Segunda-feira Set 2013
27 Sexta-feira Set 2013
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“Uma nêspera estava na cama, deitada, muito calada, a ver o que acontecia.
Chegou a Velha e disse: olha uma nêspera e zás comeu-a!
É o que acontece às nêsperas que ficam deitadas, caladas, a esperar o que acontece!”
MÁRIO HENRIQUE LEIRIA
Nestes difíceis tempos que vivemos ouvimos aqui e ali desabafos e frustrações sobre a democracia que temos, invocando “eus” sérios e trabalhadores e “eles” desonestos e parasitas, uma divisão social entre “comuns” e “políticos”. As eleições autárquicas de domingo poderiam servir para uma reflexão sobre esta questão. Será que os “comuns” não têm nenhuma responsabilidade pela saúde (ou falta dela) da democracia que temos?
Junto mais umas quantas perguntas. Quem tem elegido os políticos que temos? Quantos portugueses vão votar? Quantos se manifestam publicamente? Quantos opinam e reclamam nos lugares próprios? Quantos participam na vida partidária? Quantos participam na vida associativa? Quantos participam nas Assembleias de Freguesia? E nas Assembleias Municipais? E nas reuniões da Câmara Municipal?
27 Sexta-feira Set 2013
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27 Sexta-feira Set 2013
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Estas eleições autárquicas para a Assembleia de Freguesia de Arouca e Burgo estão profundamente marcadas pelo processo de extinção de freguesias e pelas justas desconfianças acerca da capacidade de resposta às necessidades da população, por parte da “nova unidade administrativa”.
Junta-se a isto a previsível disputa renhida pela presidência da Junta de Freguesia. Esta é a razão conjuntural para votar CDU. Eleger Carlos Pinho, com a sua experiência no movimento associativo, seria uma mais valia para a nova Assembleia de Freguesia.
Mas existem também razões estruturais para eleger candidatos da CDU. As Juntas de Freguesia têm hoje um importante papel no bem-estar das populações e na satisfação das suas necessidades.
A(s) freguesia(s) de Arouca e Burgo sendo a sede de concelho, a mais urbana e (agora ainda) mais populosa, tem a obrigação de estar a par do que de melhor se faz no nosso país. Os valores do ambiente, da cultura e da inovação têm que ser assumidos como valores de futuro.
A lista da CDU é uma lista capaz, que caldeia juventude e experiência, com candidatos oriundos de áreas profissionais diversas, com vontade de mudar e sensíveis a estes valores de futuro.
23 Segunda-feira Set 2013
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1. Quais as razões objetivas que o levam a candidatar-se à Presidência da Câmara Municipal de Arouca?
Pertenço à organização do PCP de Arouca e, enquanto militante deste partido e da sua coligação eleitoral, a CDU, estou disponível para as tarefas que o colectivo entender. O colectivo entendeu atribuir-me esta. É o meu contributo cívico para as autárquicas.
2. Que visão crítica tem sobre a realidade social, económica e política do município?
O município, tal como o país, está em definhamento social, económico e político. Recessão, desemprego, emigração, quebra demográfica, desertificação, desmantelamento das funções sociais do Estado são as evidências de tal fenómeno. – O que fazer? é a interrogação que se coloca. Uns colocam a publicidade, outros a Variante, como o alfa e o ómega da política autárquica. É confundir o essencial com o acessório, em nosso entender. Acessório não porque a Variante não seja necessária e uma justa pretensão, mas porque é uma obra pública nacional, que será feita quando for opção política nacional reatar o investimento público nacional, o que não parece ser opção das troikas (nacional e estrangeira). E acessório porque a autarquia não se pode remeter ao mero papel de agência de publicidade e promoção de eventos, por muito modernaço que tal pareça.
3. Do Programa Eleitoral que propõe aos arouquenses, quais as ações que destaca?
O essencial é, independentemente da construção da Variante e dos sucessos desportivos do F.C. Arouca (que são bons para a terra, evidentemente), ter um caminho, uma orientação para o futuro, que constitua um plano de desenvolvimento, integral e de médio prazo, que parta do que Arouca tem, o seu património (natural, histórico, cultural), o preserve e rentabilize. Só com um rendimento digno podemos impedir os de cá de migrar ou emigrar e atrair os que para cá queiram vir. Por isso destacamos no nosso programa um conjunto de objectivos: ordenar a floresta, revitalizar as aldeias, dinamizar a economia e a produção locais, manter serviços públicos de proximidade, despoluir e cuidar dos rios, instituir regras de boa ocupação urbana, tirar partido e desenvolver o associativismo, elaborar uma carta de potencialidades agrícolas, fomentar e preservar a raça arouquesa, revitalizar a diversidade da gastronomia do concelho. Acções a desenvolver pela própria autarquia ou com o envolvimento do movimento associativo, das Juntas de Freguesia e de outras entidades.
19 Quinta-feira Set 2013
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16 Segunda-feira Set 2013
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Câmara Municipal
Francisco Manuel da Cunha Gonçalves, 42 anos, Professor
Carlos Alberto Correia de Pinho, 59 anos, Aposentado
Benvinda da Conceição de Pinho Gomes,53 anos, Técnica da Portugal Telecom
António Alberto Alves Ataíde, 36 anos, Gestor
Isidro da Costa Brito e Castro, 52 anos, Funcionário Administrativo
Maria Manuela Amaro Guedes, 56 anos, Professora
Armando dos Santos Pinho, 60 anos, Comerciante
Ricardo José Roseler Ventura Guedes, 20 anos, Estudante
Regina Duarte Pinho Rodrigues, 34 anos, Funcionária Administrativa
Pedro Manuel Valente Brandão, 40 anos, Escriturário
15 Quinta-feira Ago 2013
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Foram hoje entregues, no tribunal de Arouca, as listas da candidatura autárquica da CDU – Coligação Democrática Unitária ao acto eleitoral marcado para 29 de Setembro de 2013. Sobre o projecto e as listas que levamos a sufrágio tornamos público o seguinte:
1 – As eleições autárquicas 2013 realizam-se num momento muito importante da vida do nosso país. O governo, com o patrocínio da presidência da república, procura um novo fôlego para continuar a política desastrada e de desastre até aqui seguida, sob a batuta da troika que ocupa economicamente o nosso país. O PS teima em não desligar deste programa, fingindo ser possível contrariá-lo, mantendo-o ao mesmo tempo.
2 – Sendo as eleições, de 29 de Setembro, um momento de reflexão e de escolha e opção política para os órgãos autárquicos do nosso concelho, as forças políticas não se podem apresentar como anti-troikistas cá, em Arouca, e pró-troikistas lá, em Lisboa. Aliás, quando o poder autárquico não resiste a essa política (por exemplo na concentração escolar e na extinção de freguesias) está, no fundo, como o governo, a aplicar o programa da troika.
3 – O projecto que a CDU vai apresentar aos arouquenses está assente na ideia de que a nossa terra necessita de um plano de desenvolvimento para o médio prazo, um horizonte de trabalho, que parta das potencialidades que temos, e que objective: ordenar a floresta, revitalizar as aldeias serranas, dinamizar a economia e a produção locais, manter serviços públicos de proximidade, despoluir e cuidar dos rios, instituir regras de boa ocupação urbana, tirar partido e desenvolver o associativismo, elaborar uma carta de potencialidades agrícolas, fomentar e preservar a raça arouquense, revitalizar a diversidade da gastronomia do concelho e apostar, de facto, no potencial dos nossos rios.
4 – São sete os órgãos autárquicos aos quais apresentamos lista: Assembleia Municipal de Arouca, Câmara Municipal de Arouca, Assembleia de Freguesia de Alvarenga, Assembleia de Freguesia de Arouca / Burgo, Assembleia de Freguesia de Fermedo, Assembleia de Freguesia de Rossas, Assembleia de Freguesia de Santa Eulália. Comparativamente com 2009, apresentamos uma nova lista, Assembleia de Freguesia de Alvarenga e não concorremos à Assembleia de Freguesia de Espiunca, agora “unida” a Canelas.
5 – Como primeiros nomes para a Câmara Municipal de Arouca apresentamos: Francisco Gonçalves, 42 anos, professor; Carlos Pinho, 59 anos, aposentado, independente; Benvinda Pinho, 53 anos, técnica da Portugal Telecom; António Ataíde, 36 anos, gestor; Isidro Castro, 52 anos, funcionário administrativo, independente.
6 – Os primeiros nomes propostos para Assembleia Municipal de Arouca são: António Óscar Brandão, 51 anos, professor, independente; Fernando Tadeu Andrade, 52 anos, professor; Maria Teresa Almeida, 34 anos, professora, independente; Manuel Jesus Duarte, 42 anos, assistente operacional, independente; Carlos Alves, 34 anos, fotógrafo; Célia Andrade, 21 anos, operadora de caixa, independente proposta pelo PEV; António Moreira, 55 anos, professor, independente; António Sousa, 43 anos, operador de caixa, independente; Cristiane Rodrigues, 36 anos, vigilante, independente; Avelino Silva, 55 anos, pensionista, independente.
20 Sábado Jul 2013
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Nos últimos anos, para além das greves e das manifestações e concentrações sindicais, populares ou as ditas inorgânicas, as eleições “intercalares” (as europeias, as autárquicas, ou mesmo as presidenciais) têm sido também manifestações populares de protesto contra os governos, seja por via do voto nas forças opositoras ao poder do momento, seja por via do voto branco, nulo ou da abstenção.
Tudo leva a crer que agora, após as lutas sindicais e populares de resistência ao desmantelamento das funções sociais do Estado, o troikista processo a que chamam Reforma do Estado, e da balbúrdia institucional que as demissões dos Ministros de Estado provocaram, 29 de Setembro é a data da próxima grande luta, mais ainda se juntar às autárquicas as legislativas.
O previsível crescimento das forças políticas da alternativa e da alternância, a CDU e o PS, e o afundamento do PSD têm levado o Partido Social Democrata a adoptar uma política de controle de danos. Aliás, é curiosa a comparação entre os dois principais partidos da alternância. Por exemplo com a data das eleições autárquicas, o PSD propondo a data mais afastada possível de 15 de Outubro, data limite para entrega do Orçamento de Estado para 2014 na Assembleia da República e o PS a data mais encostada possível a esse momento, 13 de Outubro. Como quem decide é o governo, e tal como se previa, a escolha foi “lúcida e imparcial”, 29 de Setembro.
Mais curioso é o jogo de dissimulação dos candidatos autárquicos do PSD, afastando-se o mais possível da política do governo, afastamento este que depois a prática política não comprova, como se constata nos casos Berta Cabral e Castro Almeida, há uns meses tão críticos do governo e agora, afinal, seus membros. Talvez pretendam mudar o governo por dentro.
05 Sexta-feira Jul 2013
30 Quinta-feira Maio 2013
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O Museu Municipal de Arouca vai acolher, de 21 e 28 de Junho, uma exposição sobre a vida, o pensamento e a obra de Álvaro Cunhal, líder histórico do PCP e figura maior do século XX (e início do XXI) português. Esta exposição integra as comemorações do centenário do seu nascimento, organizadas pelo Partido Comunista Português, e faz parte do programa distrital.
São quinze painéis ao longo dos quais texto e imagem, citações e excertos da sua extensa obra, fazem uma síntese da vida de luta, do pensamento político e do papel que teve na vida intelectual e artística do país. É um exemplo, uma inspiração, para todos aqueles que hoje, comunistas e não comunistas, se batem por um futuro melhor, pela ruptura com a política da troika, por uma política alternativa.
30 Terça-feira Abr 2013
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2013, Assembleia Municipal, autárquicas, candidatos, Câmara Municipal
A Comissão Coordenadora Concelhia de Arouca da CDU, no seguimento da Conferência de Imprensa e do Jantar Comemorativo da Revolução de Abril do passado sábado, dia 27 de Abril, torna público o seguinte:
1 – A Conferência de Imprensa, realizada às 18h00, na Casa do Povo de Arouca, serviu para apresentação, à Comunicação Social, da candidatura autárquica 2013 e iniciou-se com a apresentação do mandatário, Manuel Brandão, membro da Comissão Concelhia de Arouca do PCP e candidato da CDU à Câmara Municipal de Arouca em 2005, e dos cabeças de lista à Assembleia Municipal de Arouca, António Óscar Brandão e à Câmara Municipal de Arouca, Francisco Gonçalves.
2 – Manuel Brandão caracterizou o projecto autárquico da CDU, identificando as suas marcas identitárias : projecto colectivo, de participação popular, centrado numa perspectiva integrada de desenvolvimento que congrega economia, serviços públicos de proximidade, ambiente e ordenamento do território, acesso ao desporto e à fruição cultural. De seguida apresentou os dois cabeças de lista aos dois principais órgãos autárquicos.
3 – António Óscar Brandão, natural e residente em Rossas, tem 51 anos, é professor na Escola Secundária de Arouca e concorre como independente. É fundador da associação Urtiarda, colectividade com um trabalho exemplar na área do ambiente, mais propriamente no repovoamento (que tem sido alargado a outros rios do concelho) e preservação do rio Urtigosa.
4 – Francisco Gonçalves, 42 anos, é professor na Escola EB 2/3 de Arouca desde 1997. É dirigente sindical do Sindicato dos Professores do Norte e da Comissão Executiva da União de Sindicatos de Aveiro. Militante do PCP, membro do Executivo da Direcção da Organização Regional de Aveiro do PCP e responsável pela Comissão Concelhia de Arouca.
26 Sexta-feira Abr 2013
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É bem provável que em 39 anos passados desde 1974 nunca se tenha verificado um tão chocante fosso entre as comemorações populares e as comemorações “oficiais” do 25 de Abril como o que ficou este ano à vista, nomeadamente na intervenção de Cavaco Silva na Assembleia da República.
Enquanto o povo nas ruas, em combativos desfiles de muitas dezenas de milhares de homens, mulheres e jovens, exigia a demissão do governo e uma nova política, na Assembleia da República os discursos da maioria e de Cavaco Silva constituíram a obstinada, cega e reaccionária reafirmação do rumo de desastre económico e social que vêm impondo ao país.
Tal oposição flagrante entre o povo e os actuais executantes das imposições da troika estrangeira indicia a outra perigosa vertente da obra destruidora que levam a cabo: o desastre económico e social, a não ser detido, conduzirá também ao desastre do regime democrático.
25 Quinta-feira Abr 2013
Posted PEV, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores
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O que levou aquele povo português, há 39 anos, a fazer e a viver o 25 de Abril foi a certeza de que não era possível aguentar mais. Decerto haveria, na altura, quem assegurasse que ‘aguentam, ai aguentam, aguentam!’, mas os capitães de Abril que abriram alas para a revolução, à qual se juntou um povo ávido de liberdade e de democracia, ditaram a resposta inequívoca: ‘não aguentamos mais!’
Era um país salazarento, que fabricava miséria, pobreza, medo e analfabetismo para se poder sustentar. Aos jovens impunha a guerra colonial, e a tantos a morte prematura. A democratas ativos tantas vezes impunha a clandestinidade ou a prisão, brindada de métodos de tortura, de martírio para gerar denúncia ou um caminho criminoso para a morte. Era o regime do lápis azul em riste, da censura, para calar, para fazer a informação e a história à medida dos sabores e dos desejos da ditadura fascista!
16 Terça-feira Abr 2013
Posted Arouca, Autárquicas 2013, PCP, Política
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2013, 25 de Abril, apresentação, Assembleia Municipal, candidatos, Câmara Municipal, jantar
A CDU – Coligação Democrática Unitária vai realizar no próximo dia 27 de Abril (sábado), a partir das 20 horas, na Casa do Povo de Arouca, o Jantar Comemorativo da Revolução de 25 de Abril de 1974.
03 Quarta-feira Abr 2013
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O senhor Melo não precisa que o metam num autocarro.
Todos os domingos leva o seu próprio carro e foi a mulher que coseu a gigante bandeira azul e amarela, que centenas de arouquenses desfraldam, semana a semana, nesses estádios por aí a fora.
O sr. Melo, a sua mulher, mais aquelas centenas de adeptos, provam que a multidão pode ser um acto voluntário.
Provam que o entusiasmo pode ser um acto espontâneo.
Provam que o Futebol não se resume a uma bola, a duas equipas adversárias e a quatro linhas de jogo – estende-se até à porção do território de cada terra e aos propósitos das suas gentes.
Em Arouca, a diferença entre a política e a sociologia, chama-se F.C. Arouca. Um pequeno clube que é o que é – indústria do músculo patrocinado pelo empresário Carlos Pinho, fábrica de chutos liderada pelo mister Oliveira, catedral de golos do Joeano e C& – e mais aquilo que nada mais consegue unir.
O F.C. Arouca foi inventado para substituir a Política. Acabou por inventar uma geografia para além da nossa pequena dimensão.
27 Quarta-feira Mar 2013
Posted Agricultura, Arouca, Governo, Notícias, PCP
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2013, CDS, médios agricultores, mercados de proximidade, OE, pequenos, PS, PSD, Soberania Alimentar
Na cruzada contra os pequenos e médios agricultores, a agricultura nacional e a soberania alimentar do País, o governo PSD/CDS, lançou uma nova ofensiva, em sede de Orçamento do Estado, desta vez na área da fiscalidade.
Tal ofensiva, a concretizar-se, é uma autêntica sentença de morte para milhares de agricultores, porque inviabiliza a produção, mesmo em sectores fundamentais para o abastecimento público, arruinará ainda mais as economias locais e conduzirá Portugal a uma ainda maior dependência alimentar.
Apesar de todos os questionamentos e propostas do PCP durante o debate do OE/2013, confrontando a própria Ministra da Agricultura, o Governo e a maioria PSD/CDS insistiram em alterações da fiscalidade na actividade agrícola, nomeadamente no fim do regime de isenção do IVA, matéria em que nem o PS votou favoravelmente as propostas do PCP.
As medidas que entram em vigor a 1 de Abril, estão a provocar uma enorme indignação nos pequenos e médios agricultores e a reclamação das suas associações da sua imediata suspensão.
21 Quinta-feira Mar 2013
Posted EUA, Internacional, Notícias, Política, Sociedade
inQuem é realmente o candidato que enfrentará Nicolás Maduro nas eleições de 14 de abril de 2013?
1. Nascido em 1972, Henrique Capriles Radonsky vem de uma das mais poderosas famílias venezuelanas, que se encontra à frente de vários conglomerados industrial, imobiliário e midiático, além de possuírem o Cinex (Circuito Nacional de Exibições), a segunda maior cadeia de cinemas do país.
2. Sua família é proprietária do diário Últimas Notícias, de maior difusão nacional, além de cadeias de rádios e um canal de televisão.
3. Nos anos 80, militou no partido de extrema direita Tradição, Família e Propriedade.
Agência Efe
4. Capriles foi eleito deputado em 1999 pelo estado de Zulia, no partido de direita COPEI. Contra todas as previsões e apesar de sua inexperiência política, foi imediatamente nomeado presidente da Câmara dos Deputados, convertendo-se no deputado mais jovem a dirigi-la.
5. Na realidade, conseguiu se impor aos outros aspirantes com maior trajetória política graças ao poder econômico e financeiro de sua família, que financiou as campanhas de muitos deputados.
6. Em 2000, fundou o partido político Primero Justicia, com o conservador Leopoldo López, e se aliou ao International Republican Institute, braço internacional do Partido Republicano norte-americano. O presidente norte-americano à época era George W. Bush, que ofereceu um amplo apoio à nova formação política que fazia oposição a Hugo Chávez, principalmente mediante o NED (National Endowment for Democracy).
7. Segundo o New York Times, “A NED foi criada há 15 anos para levar a cabo publicamente o que a Agência Central de Inteligência (CIA) fez ocultamente durante décadas. Gasta 30 milhões de dólares por ano para apoiar partidos políticos, sindicatos, movimentos dissidentes e meios informativos em dezenas de países”.
8. Segundo Allen Weinstein, pai da legislação que estabelecia a NED, “muito do que estamos fazendo hoje era feito pela CIA de modo encoberto há 25 anos”.
20 Quarta-feira Mar 2013
Posted Francisco Gonçalves, Nacional, Notícias, PCP, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores
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UNIÃO DE SINDICATOS DE AVEIRO
Centenário do nascimento de Álvaro Cunhal
O tema em debate é o movimento sindical unitário, raízes e actualidade. Gostava de aqui deixar algumas notas sobre o enquadramento do movimento sindical docente com o Movimento Sindical Unitário.
Como nos é proposto fazer a relação entre as raízes do movimento sindical unitário e a actualidade, estando nós integrados no projecto que é a CGTP-IN, nascida em 1970, julgo ser obrigatório sublinhar aqui uma das obras fundamentais de Álvaro Cunhal, “Rumo à Vitória”, escrita em 1964.
Se estivéssemos numa homenagem destas que hoje por aí se fazem, circunscrita ao elogio do homenageado sem retirar contributos para o futuro, bastava dizermos que estamos perante um texto que faz o diagnóstico da realidade portuguesa dos anos 60, que traça o caminho para sair dessa miserável situação e que na década seguinte se cumpriu quase ao detalhe. Invulgar capacidade de prognose. Rasgo e visão política que o transformam por si só em figura maior do século XX português.
19 Terça-feira Mar 2013
Posted Ambiente, Arouca, Associativismo, Política, Portugal
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2013, biosfera, despesismo, Lei, obra pimba, passadiços, populismo, rede natura 2000, rio paiva, selvagem
Nos últimos anos o rio Paiva foi vítima de inúmeras descargas poluentes, o que fez com que perdesse o título de rio menos poluído da Europa. Agora chegam à redacção do Biosfera denúncias de construções nas margens pouco compatíveis com a preservação deste sítio da Rede Natura. Será que o Rio Paiva pode voltar a ser um exemplo ecológico?
…
“Por deliberação tomada por unanimidade na reunião do Executivo do passado dia 19, a Câmara Municipal de Arouca adjudicou a construção dos Passadiços do Paiva, pelo valor de €1.854.583,70, à empresa “DST – Domingos Silva Teixeira, S.A.” .
Este projecto visa desenvolver o Turismo Ativo junto aos rápidos do rio, acima do seu leito de cheia, ao longo de vários quilómetros, com passadiços de madeira e várias travessias pedonais entre um lado e o outro do Paiva.”
in jornal Discurso Directo a 8 de Março de 2013
…
Ver também:
18 Segunda-feira Mar 2013
Posted Administração Local, Ambiente, Arouca, Francisco Gonçalves, Notícias, Património, Política
inO Prédio
Percorre as conversas e o espaço público locais a polémica em torno da volumetria do edifício em construção no centro da Vila, ali junto à Academia de Música. Não ponho em causa a arquitectura – a obra não está concluída e não é bom misturar estética e política-, nem a legitimidade do dono da obra – submeteu a quem de direito o seu projecto -, mas sim a (in)coerência urbanística. Estando para a Vila previsto um grande perímetro urbano (exagerado até – Vila até ao Arieiro é Vila a mais), isto é, optou-se por um crescimento urbano horizontal e não vertical. Se o dito edifício “tem um piso a mais, para além do expectável para a zona”, como diz o presidente da câmara, algo de errado se passou. Apurem-se razões e responsabilidades!
Os passadiços
Foi noticiada a adjudicação, por 1.854.583,70 euros, da construção dos passadiços no Paiva. A preservação e a valorização do património natural de Arouca é hoje uma frase feita, “geoparquenamente” cantada aos quatro ventos. Mas neste caso “não bate a bota com a perdigota”. Os espaços humanos valorizam-se criando condições para os humanos, os espaços naturais (sem interacção humana) valorizam-se não levando para lá humanos. Criar as infraestruturas necessárias à prática das atividades desportivas existentes no Paiva é valorizar o espaço e está muito bem. Cravar um passadiço na escarpa e prolongá-lo por vários quilómetros numa zona natural não frequentada por humanos não é valorizar, é destruir. É um disparate e caro!
05 Terça-feira Mar 2013
Posted A Praça, A Rede Escolar, A Variante, Administração Local, Agricultura, Arouca, Associativismo, Comunicados - Arouca, Cultura, Desporto, Economia, Educação, Energia, Indústria, Justiça, Juventude, PCP, Política, Portugal, Resolução política do PCP Arouca - 2013, Saúde, Segurança Social, Sociedade, Trabalhadores, Turismo
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02 Sábado Mar 2013
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(legendas em português)
01 Sexta-feira Mar 2013
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2013, Arouca, Asssembleia da Organização, comissão concelhia, PCP, Resolução Política
Realizou-se no passado dia 23 de Fevereiro, na Casa do Povo de Arouca, a IIIª Assembleia da Organização Concelhia de Arouca do PCP, que contou com a presença de Carlos Gonçalves, da Comissão Política do Comité Central do Partido Comunista Português.
Sob o lema “Um partido mais forte para construir a alternativa, reforçar a intervenção em Arouca”, os trabalhos decorreram ao longo de três horas e meia, durante as quais foi analisada a situação política nacional e europeia, feito o balanço da estrutura comunista local e da actividade concelhia nos últimos três anos e projectado o trabalho para os próximos três.
No plano autárquico, foi feita uma crítica contundente à gestão de Artur Neves considerada de “política de show-off, uma espécie de mosaico de eventos, sem uma perspectiva estratégica de desenvolvimento”. Como contraponto afirmam a necessidade de um modelo de desenvolvimento concelhio global e integral, que contemple ambiente e desenvolvimento, no qual as acções realizadas estejam de acordo com o desígnio estratégico do modelo.
Antes da conclusão dos trabalhos foi aprovada, por unanimidade, a Comissão Concelhia que terá a responsabilidade de gerir a organização comunista arouquense nos próximos três anos e que terá, já no imediato, a tarefa de preparar a candidatura autárquica da CDU, cujo grande desafio é, no dizer de Francisco Gonçalves, responsável da Comissão Concelhia, o de apresentar uma visão alternativa para o concelho.
01 Sexta-feira Mar 2013
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2013, autárquicas, Aveiro, CDU, encontro
Defender as populações e o poder local democrático
Reforçar a CDU
1. O quadro político e as eleições autárquicas de 2013
A preparação das próximas eleições autárquicas tem lugar no quadro de um profundo agravamento da situação social e económica em resultado da política de direita e do Pacto de Agressão que PS, PSD e CDS assinaram em 2011 com a troika estrangeira (FMI, BCE e Comissão Europeia) e que consuma uma ofensiva sem precedentes aos direitos sociais e laborais, ao poder local e às próprias funções sociais do Estado que a Revolução de Abril e a Constituição da República consagraram, pondo assim em causa o desenvolvimento e progresso social, a soberania e independência nacionais.
As graves consequências dessa ofensiva traduzem-se em particular no aumento da exploração, do desemprego, da pobreza e das injustiças sociais, no encerramento de serviços públicos, na destruição do tecido económico, nos cortes de salários e apoios sociais. Mas atingem agora, por outro lado, um novo patamar com uma guerra declarada aos Serviços Públicos e Funções Sociais do Estado e ao Poder Local Democrático, designadamente com o processo em curso de extinção de Freguesias e as novas tentativas para pôr em causa o financiamento das autarquias e inclusive as suas competências, com as propostas de lei já apresentadas na Assembleia da República.
Como noutras ocasiões, a luta dos trabalhadores e das populações será decisiva para travar todos estes planos ruinosos e contribuir para uma verdadeira alternativa política e para a exigência de uma ruptura patriótica e de esquerda. Mas independentemente da evolução futura da situação política, as próximas eleições autárquicas e a sua preparação serão sempre um momento muito importante não só para combater a política de direita e para defender o Poder Local Democrático, como para reafirmar as propostas e os principios da CDU – Coligação Democrática Unitária – que reúne PCP e PEV e ID e muitos cidadãos independentes e para alargar a nível nacional, regional e local a sua implantação e influência política e social.
27 Quarta-feira Fev 2013
Posted CGTP - IN, Europa, Francisco Gonçalves, Governo, Nacional, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores, UE
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2013, Aveiro, CGTO, Global Compact Network Portugal, intervenção
UNITED NATIONS GLOBAL COMPACT
Global Compact Network Portugal
Meetings Aveiro Expo 2013 – 18 de Fevereiro
Permitam-me, antes de mais, cumprimentar todos os participantes (os da mesa e os da plateia) nesta iniciativa.
Gostava de, em nome da CGTP-IN, agradecer à organização o convite feito para estarmos presentes. Por razões de agenda, nem o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, nem o Coordenador da União de Sindicatos de Aveiro, Adelino Nunes, podem cá estar. Cabe-me a mim, enquanto membro da Comissão Executiva da União de Sindicatos de Aveiro, que é a estrutura regional da CGTP no distrito, trazer aqui o ponto de vista da CGTP sobre esta temática da Estratégia Europeia de Responsabilidade Social.
Começava pela parte mais óbvia, que é também a consensual, os princípios e o grande desígnio desta estratégia: criar condições para o crescimento saudável, para um comportamento responsável das empresas e para a criação de empregos duradouros a médio e longo prazo e o estabelecer de princípios em torno das áreas dos direitos humanos, das práticas laborais, da protecção ambiental e do combate à corrupção. Estes são desígnios que todos nós comungamos.
O problema reside, porém, na realidade que hoje vivemos, em Portugal e na Europa, e na resposta política do Estado Português e do, digamos assim, (Super)Estado Europeu. Desde logo levanta-se esta questão: pode a política pública global apontar um caminho (que tem determinadas consequências) e depois pedir aos actores para resolverem o que a política global não resolveu, ou mesmo até criou? Em nosso entender não.
Dito por outras palavras: bate certo a política global ter como consequência a contracção do mercado interno, o esmagar dos salários e dos rendimentos das pessoas, o aumento do desemprego, do custo de vida, da miséria (no fundo criar o caldo ideal para o vale tudo nas empresas, porque são razões de sobrevivência as que imperam, mas também para o aparecimento de oportunistas) e depois pedir às empresas que tenha responsabilidade social?
Uma outra imagem, recorrendo à minha experiência profissional – além de sindicalista sou professor, tenho turmas e alunos. Imaginem que tenho uma turma, constituída por 30 alunos de classe média, durante um conjunto de anos seguidos. Estabeleço e estimulo, no dia a dia, um clima de competição individual feroz (provas standard, rankings, reforço positivo e reconhecimento do melhor desempenho e reforço negativo e castigo para o pior). Com uma prática praticada destas posso, depois, esperar, por causa de uns dizeres, aqui e ali, sobre a cooperação, ver a cooperação a ser prática desses meus alunos? Não, não posso.
Ora é a aqui onde eu queria chegar. O erro está, e tem estado, nas políticas da União Europeia e dos governos portugueses. Se queremos, de facto, promover a responsabilidade social das empresas, mais do que a Estratégia Europeia de Responsabilidade Social (que é importante, é certo), o que realmente importa é ter uma resposta global, uma política económica diferente da que tem sido seguida, em particular a mais recente, a austeridade dos designados programas de assistência da troika FMI / BCE / UE.
Centrando o olhar sobre os direitos laborais, nada há a apontar aos quatro princípios Global Compact referentes às práticas laborais:
– o terceiro, as empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efectivo à negociação colectiva;
– o quarto, a abolição de todas as formas de trabalho forçado e obrigatório;
– o quinto, abolição efectiva do trabalho infantil;
– o sexto, eliminação da descriminação no emprego.
Nunca é demais exigir o cumprimento destes princípios, sinal e garantia dos avanços civilizacionais da humanidade. Aliás, por estes dias, na CGTP, tivemos dois acontecimentos relacionados com incumprimentos na liberdade de associação e no reconhecimento da contratação colectiva e de descriminação no emprego.