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CDU Arouca

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Tag Archives: Portugal

Más notícias de 2016 – Alfredo Maia

29 Quinta-feira Dez 2016

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2016, Balanço do ano, Brasil, cobertura mediática, media, meios de informação, Portugal, Siria, Venezuela

A cobertura mediática da situação na Síria é umas principais marcas do comportamento dos media no ano que termina, recomendando uma honesta autocrítica dos próprios jornalistas. Justificável, também, pela atitude relativa ao Brasil, à Venezuela e ao Governo português.

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Celebrações em Alepo pela libertação da cidade

1. As Forças Armadas Sírias e seus aliados libertaram, na semana passada, a cidade de Alepo, com a reconquista dos bairros da zona leste, que estava subjugada por dezenas de grupos terroristas, incluindo jiadistas, as diversas metamorfoses da al-Qaeda e o que restava do «Exército Sírio de Libertação», a que a propaganda ocidental e os seus ecos na imprensa dominante chamam «oposição moderada».

Trata-se de um acontecimento militar e político da maior relevância. Mas muitas notícias sobre esse desfecho mais pareceram elegias fúnebres, numa mal dissimulada ladainha complacente com os terroristas e num incontido despeito em relação ao Governo sírio e aos significados que encerra. Não é por acaso que muitos internautas têm deixado a pergunta: um terrorista é mau na Europa, mas é amigo na Síria?

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Chama-se a isto soberania – José Goulão

17 Sábado Out 2015

Posted by cduarouca in Governo, Nacional, Notícias, Política, Portugal

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Alemanha, austeridade, berlim, Bruxelas, Comissão Europeia, crise, Democracia, diktat, euro, Merkel, Orçamento, Portugal, Soberania, tratado orçamental

Sabemos que o primeiro-ministro português ainda em exercício, fiel ao seu lema Portugal atrás e os portugueses em último lugar, considera a soberania uma “batota”, como declarou no debate televisivo com o seu principal rival nas eleições. “Batota” pensar em primeiro lugar na vida dos portugueses, que deve submeter-se antes aos mecanismos do euro e às exigências dos agiotas; “batota” agir em primeiro lugar na defesa da economia portuguesa e só depois pesar os interesses dos alemães ou de quaisquer outros; “batota”, enfim, ser o Estado português a elaborar e aprovar o seu próprio orçamento e não a Alemanha e outros por ela.

De modo que o orçamento de Estado para 2016 caiu em cheio no período de negociações sobre o próximo governo como recado fundamentalista dos autocratas da União Europeia, exigindo que o país não mude de política. Digamos que, sob a capa de um calendário quiçá “irrevogável”, a Comissão Europeia pediu ao minoritário governo em funções em Portugal que envie para Bruxelas imediatamente – e já está atrasado – um projecto de orçamento com base na continuação das mesmas políticas, sem qualquer alteração. Estipula ainda a Comissão Europeia – em boa verdade constituída por cavalheiros e cavalheiras que ninguém elegeu em parte alguma, a não ser a fazer de conta no Parlamento Europeu – que se porventura vier a existir um outro governo este envie as suas alterações ao projecto orçamental, sujeitas à decisão final da mesma Comissão.

Em defesa das suas exigências, os senhores e senhoras de Bruxelas vão brandindo instrumentos por eles mesmos cozinhados para, imagine-se, combater a crise, como o “two pack”, o “semestre europeu”, o “tratado orçamental”, coisas de que o cidadão comum é vítima desconhecendo sequer que existem, e muito menos as respectivas consequências, porque foram escamoteados da opinião pública com ratificações à sorrelfa e redigidos num europês tecnocrático apenas ao alcance dos austeritários que os produziram e poucos mais. Continuar a ler →

Afastar do governo PSD e CDS é um imperativo da maioria do povo português

13 Terça-feira Out 2015

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arrumar, BE, CDS, COSTA, Democracia, maioria de esquerda, PCP, Portas e Passos, Portugal, PS, PSD

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, Lisboa, Comício «Luta e confiança»  – 09/10/2015

Tombam as máscaras do regime – José Goulão

12 Segunda-feira Out 2015

Posted by cduarouca in Governo, Legislativas 2015, Nacional, PCP, Política, Portugal

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arco da governação, austeridade, BE, CDS, COSTA, Democracia, eleições, maioria de esquerda, PCP, Portugal, PS, PSD

A hipocrisia assaltou definitivamente os ecrãs portugueses. O que tanto se denunciou sobre os desvios impostos ao regime democrático no sentido de neutralizar o funcionamento dos mecanismos de respeito pela vontade e os interesses dos cidadãos, e que, de acordo com a propaganda oficial, não passava de opiniões de marginais do sistema, de antieuropeístas, quiçá de terroristas encapotados, está confirmado. Não era teoria da conspiração, era a demonstração do que se pretendia e pretende atingir com a mascarada de democracia apresentada como a democracia única, possível e desejável, afinal um regime em que a soberania nacional e a maioria das pessoas têm de submeter-se aos interesses minoritários dos predadores da sociedade, dos parasitas dos cidadãos.

Bastaram umas eleições e umas sessões de diálogo – esse diálogo tão enaltecido quando não passa de monólogo em que finge falar-se do que já está decidido – para que a inquietação, os medos, no fundo as pulsões antidemocráticas e trauliteiras subissem ao palco. Elas aí estão, ridículas nos conteúdos, perigosas nas intenções, intimidatórias na prática.

Cito alguns exemplos ao acaso porque a memória e a capacidade de registo não conseguem acompanhar a criatividade dos canais de propaganda do regime os quais, como é sabido, são o suprassumo do pluralismo desde que ele seja monolítico e esteja sintonizado com os agentes de Bruxelas, os seguranças dos credores, os magarefes dos mercados.

Na cegada desfilam politólogos e comentadores independentes que, por acaso, ocupam ou ocuparam altas posições no chamado arco da governação, analistas e papagaios amestrados, comentadores, jornalistas ditos de referência e recadeiros, enfim a corte dos bobos que conseguem especular horas a fio sobre supostas variantes de um mesmo cenário, o único, o permitido, aquele de que vivem e que por sua vez alimentam, num ciclo vicioso e viciado.

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Amar em tempos de guerra – Bruno Carvalho

03 Segunda-feira Nov 2014

Posted by cduarouca in Internacional, Nacional, PCP, Política, Sociedade

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Angola, Álvaro Cunhal, Brecht, Colômbia, espanha, hikmet, internacional, Irlanda, luta de classes, México, País Basco, Portugal, Ucrânia, violência

bruno_carvalho_01«Vós que surgireis do marasmo em que perecemos, lembrai-vos também, quando falardes das nossas fraquezas, lembrai-vos dos tempos sombrios de que pudestes escapar. Íamos, com efeito, mudando mais frequentemente de país do que de sapatos, através das lutas de classes, desesperados, quando havia só injustiça e nenhuma indignação. E, contudo, sabemos que também o ódio contra a baixeza endurece a voz. Ah, os que quisemos preparar terreno para a bondade não pudemos ser bons. Vós, porém, quando chegar o momento em que o homem seja bom para o homem, lembrai-vos de nós com indulgência.»

O ódio que nos impõem

Não sei quanta dor terá suportado Bertolt Brecht para arrancar da sementeira poética este apelo à compreensão das gerações futuras. Entre a engenharia memorialista, a cultura burguesa entretém-se a ocultar mensagens ou objectos para que num tempo que eles querem que não seja muito diferente deste sejam exaltados os valores do capitalismo. Se, entretanto, o céu for tomado de assalto, quando destaparem a miséria em que nos mergulharam durante séculos, toda a quinquilharia desenterrada ajudará a compreender o desabafo do poeta.

Toda a violência foi-nos imposta pelos que desde sempre nos esmagaram. A que usaram para nos oprimir e a que usámos para nos libertar. A desigualdade é a parteira da violência. É tão simples que, em 1965, um padre colombiano dirigiu-se ao povo através dos ecrãs e simplificou a questão: «Devemos perguntar à oligarquia como é que vai ceder o poder. Se o vai ceder de forma pacífica, tomamo-lo de forma pacífica. Mas se ela o fizer de forma violenta então vamos tomá-lo de forma violenta». E se há país onde se aprende rapidamente que os direitos não se mendigam é na Colômbia.

Ao contrário da Europa Ocidental onde a burguesia cedeu avanços sociais para enfraquecer o prestígio do movimento operário alicerçado na vitória da URSS sobre o nazi-fascismo, a América Latina viveu a segunda metade do século XX afogada em sangue. O desaparecimento de dezenas de estudantes mexicanos, provavelmente assassinados pelo narcotráfico, é a importação para aquele país de práticas que na Colômbia há muito são comuns. O tráfico de droga pelas máfias organizadas tem vínculos directos com o Estado. Desde a polícia, passando por autarcas e deputados, as instituições são a arma da burguesia para esmagar os protestos da classe trabalhadora e dos povos. Continuar a ler →

Inversão da espada – César Príncipe

30 Terça-feira Jul 2013

Posted by cduarouca in Nacional, Património, Portugal, Sociedade

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Portugal

espada_invertidaPortugal, em mais de oito séculos, atravessou agudas crises de identidade nacional e de consolidação da independência. Três ciclos marcam o Livro Negro da Nacionalidade. Os dois primeiros têm calendário definido: 1383-1385/1580-1640. O terceiro iniciou-se em 2011. Portugal voltou a ficar intervencionado, manietado, tutelado. Desta vez, o inimigo dispensou o constrangimento da ocupação militar: recorreu à arma monetária. Nos períodos de sujeição aos ditames e vexames de Castela, coube às arraias miúdas e a certos elementos da nobreza e da burguesia levantar do chão o projecto nacional. Em textos subscritos nos últimos dois anos, tenho refocado as figuras do conde Andeiro, do bispo Martinho, do Mestre de Avis, do poboo meudo , episódios do cerco de Lisboa: a revolução de quatrocentos. Nesse regresso ao passado, tracei um paralelismo com a actual transferência dos centros de decisão, a quebra de soberania, o nosso status de protectorado, a nossa condição de garroteados pelo défice, pela dívida, pela penúria. Na continuação do relançamento deste olhar pela história, evocarei hoje um dos sustentáculos de Castela em Portugal no séc. XVII: a Casa dos Marqueses de Vila Real, progénie liderante da Corte de Trás-os-Montes. [1] Durante os preparativos da Restauração, houve quem pretendesse cortar pela raiz a árvore genealógica da Casa Grande, que urdira estreitos e fundos laços familiares e patrimoniais com o abocanhador peninsular e mantinha uma rede de cúmplices que, sediada em Vila Real, contava com personagens de relevo e influência, sobretudo a partir de Coimbra. No entanto, as emergências conspirativas e a pragmática conciliatória pouparam, na arrancada de 1640, este núcleo duro do filipismo.

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Rumo ao fim do euro? – Jacques Sapir

02 Quinta-feira Maio 2013

Posted by cduarouca in Euro, Europa, Política, Portugal, Sociedade, UE

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espanha, grécia, Irlanda, Portugal, zona euro

Da Grécia à Itália, passando pela Irlanda, por Portugal e pela Espanha, a zona do euro a partir de agora está em brasa. Os Estados não param de contrair empréstimos a juros cada vez mais altos e os contratos de seguros sobre as dívidas, quer sejam públicas ou privadas, vêem o montante dos seus prémios a evaporar-se. O euro está a morrer. Tudo isto estava previsto há vários meses [1] , ou mesmo há vários anos [2] . Mas nem Cassandra se alegraria por ver realizarem-se as suas previsões. Compreendemos que a morte do euro, dada a casmurrice imbecil dos nossos dirigentes e dada a sua incapacidade de prever uma saída organizada – o que, aliás, ainda seria possível actualmente -, nos condena muito provavelmente a um salto no desconhecido.

A História medirá a responsabilidade dos nossos governos que, por ideologia, por conformismo e por vezes por cobardia, deixaram a situação degradar-se até ao irreparável. Registará também a enorme culpa dos que, nas capitais nacionais como Bruxelas ou Frankfurt, procuraram impor à socapa uma Europa federal através da moeda única a povos que não a queriam. Agora não é apenas o euro, essa construção manca e deformada, que agoniza. É também um certo conceito da Europa.
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A questão da soberania nacional na História do Capitalismo português

27 Quarta-feira Fev 2013

Posted by cduarouca in Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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burguesia, capitalismo, Portugal, Soberania

A análise do que tem sido a constituição, desenvolvimento, e aprofundamento do capitalismo em Portugal ao longo da história faz-nos divisar que a questão da soberania nacional (ou falta dela, ou amputação dela) tem um papel de elevada relevância no modo como se estrutura a dominação de classe entre nós.

Por um lado, porque a «burguesia nacional» (autores há que discordam, sequer, do emprego do termo «nacional» para se lhe referir) existiu sempre em Portugal como extensão da dominação externa, constituindo-se em sócia menor dessa relação imperialista e exercendo, em nome dela, um papel de capataz sobre o povo português.

Em face deste princípio, a reivindicação da soberania nacional torna-se uma luta de carácter eminentemente popular, no sentido em que qualquer esforço de libertação das classes dominadas da sociedade portuguesa é por inerência uma ruptura quer com o imperialismo quer com a burguesia nacional de que este é agente.

1 – A burguesia portuguesa e a soberania nacional

O Estado capitalista saído da revolução burguesa que triunfa em 1834 foi durante alguns anos considerado, pela historiografia, objecto de disputa entre a burguesia comercial e a burguesia industrial. Puro engano. A disputa pela rotação da fracção da burguesia no exercício do poder naturalmente existiu, mas gizou-se um consenso entre essas fracções de classes (e entre eles e os latifundistas) com vista à aplicação de um modelo de capitalismo que, suplantando a escassez dos capitais acumulados pela burguesia portuguesa, os ia buscar através do endividamento público. A dívida pública, em sentido marxista, é uma forma de o Estado municiar os capitalistas (dos quais o Estado é pertença) com capitais «sem os riscos inerentes ao investimento industrial ou até à usura privada» (Marx), repassando todos os custos com o pagamento dessa dívida para as classes dominadas da sociedade, constituindo-se por isso e de pleno direito em instrumento de exploração do homem pelo homem. Simultaneamente, e como é notório, o credor do Estado endividado – ou o Estado de que esse credor for «proprietário» enquanto membro de uma classe dominante – assumirá sobre esse Estado um ascendente progressivamente maior, na medida em que cresçam as obrigações do devedor para com ele. A tal ponto pode essa subalternização do devedor ao credor chegar que, dizia o presidente norte-americano John Adams, «há duas formas de dominar um país: a guerra e a dívida».

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Reflexões sobre a crise – Remy Herrera

23 Quarta-feira Jan 2013

Posted by cduarouca in Economia, Europa, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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crise, crise sistémica, grécia, Irlanda, Islândia, Marx, Portugal

Um dos erros mais frequentes nas interpretações habituais da crise actual é que seria uma crise financeira que contaminaria a esfera real da economia. Na verdade, é uma crise do capital, em que um dos fenómenos mais visíveis e mediatizados surgiu na esfera financeira devido à extrema financiarização do capitalismo contemporâneo. Vemo-la como uma crise sistémica, que afecta o próprio coração do sistema capitalista, o centro de poder das altas finanças, que controla a acumulação há mais de três décadas. Não é um fenómeno conjuntural e sim estrutural. A série de repetidas crises monetário-financeiras que golpeou sucessivamente diferentes economias desde há 30 anos faz parte da mesma crise – desde o “golpe de Estado financeiro” dos Estados Unidos em 1979: o México em 1982, crise da dívida nos anos 80, Estados Unidos em 1987, União Europeia, incluindo a Grã-Bretanha, em 1992-1993, México, em 1994, Japão, em 1995, a chamada Ásia “emergente” em 1997-1998, Rússia e Brasil, em 1998-1999, bem como a Costa do Marfim nesse mesmo momento, novamente os Estados Unidos em 2000, com o estouro da bolha da “nova economia”, depois a Argentina e Turquia em 2000-2001… Crise que se agravou recentemente, especialmente desde 2006-2007, a partir do centro hegemónico do sistema, e que se generalizou como uma crise multidimensional; sócio-económica, energética, política, climática, alimentar, inclusive humanitária e, claro, também financeira: na Islândia, na Grécia, na Irlanda, em Portugal … Não é o ” beginning of the end of crisis ” entendido pelos conselheiros do presidente Barack H. Obama. Não é uma crise de crédito normal e corrente, nem tão pouco uma crise de liquidez passageira, mediante a qual o sistema encontraria o modo de se recompor, reforçar-se-ia e recomeçaria “normalmente” – com um novo auge das forças produtivas e no quadro das relações sociais modernizadas. Tudo isto parece mais grave, realmente muito mais grave…

II. Parte Um: a referência a Marx 

A. Começo por dizer que, para analisar esta crise capitalista em particular, assim como as crises capitalistas em geral, a referência a Marx continua a ser, hoje, absolutamente fundamental. 

1. Porque o marxismo, ou os marxismos (incluindo certas mesclas marxizantes), nos fornecem para esta análise, ferramentas, conceitos, métodos, teorias, assim como soluções políticas muito poderosas – e isto apesar das dificuldades e incertezas. É o quadro teórico mais poderoso e mais útil para compreender e analisar a crise e, especialmente, para apreender as transformações actuais do capitalismo e tentar explicar as transições pós-capitalistas que se abrem e iniciam – pelas razões e nas condições que aqui mencionarei.

2. Para aquelas e aqueles que – num determinado seminário – tiveram o desplante de não se convencerem e também de tratarem os marxismos como coisa pouca, acrescentaria que pouca coisa é melhor do que nada; porque o facto (incrível) é que não existe uma teoria da crise na corrente actualmente dominante em economia, ou seja, a mainstream neoclássica. Ou pior: para esta, a crise não existe como elemento da teoria. É tão verdade que a maioria das grandes enciclopédias “ortodoxas” não têm nem capítulo nem nenhuma entrada para “crise”. Na teoria (para a economia padrão: formalização matemática) ou no empirismo (para esta mesma economia padrão: a econometria), o tema da crise pouco interessa: têm-lhes dedicado muito poucos trabalhos académicos da corrente neoclássica – incluídasas suas fronteiras (internas) “neo- keynesianas”.

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Aprender com a América latina – Bonifacio Cañibano

16 Quarta-feira Jan 2013

Posted by cduarouca in Economia, PCP, Política, Sociedade

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consenso de Washington, crise, Equador, espanha, FMI, Portugal, Rafael Correa

Presidente RAFAEL CORREA  do Equador a descrever em Sevilha a Crise Espanhola (e a Crise Portuguesa) falando do Equador

rafael_correa2Rafael Correa chegou ontem à tarde à Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha, onde era aguardado por uma multidão de pessoas. Veio explicar como tinha o Equador saído da crise da sua dívida ou, como ele próprio chamou, da «longa noite neoliberal» na qual afundaram o país na década de noventa: a ação conjunta de banqueiros insaciáveis, políticos corruptos e governos cegamente obedientes às medidas desreguladoras do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. Parecia estar a descrever o que se está a passar em Espanha e no Sul da Europa, porque o processo era quase uma fotocópia do seguido aqui, de tal modo que, para não provocar conflitos diplomáticos, avisou no início da conferência que «não vinha dar conselhos ao governo espanhol sobre a forma de sair da crise, mas sim descrever o que tinha acontecido no país dele».
 
A sala onde decorreu a conferência estava a abarrotar de estudantes e havia mais três salas onde se seguia a sua intervenção por videoconferência. Mesmo assim, não era suficiente. Fora, no campus, um numeroso grupo de estudantes que tinham ficado sem lugar gritava durante metade da conferência: «Que saia Correa!»
 .
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NA LÁGRIMA DE PORTUGAL – Álvaro Couto

14 Quarta-feira Mar 2012

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto

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Portugal

Meu Portugal, minha pátria, para onde te levaram?

Sarcástica Europa para onde atiraste o teu mais ocidental bocado,

e o afastaste do mar e o adentraste na terra de bárbaros?

Para onde levaste o meu país?

Por que lhe proíbes assim praias e mar,

por que o aprisionas em cobiças alheias, porventura a mais alemã,

por que lhe impedes a fama das tempestades do Atlântico?

(As que só ele soube enfrentar e a única que lhe é merecida).

Meu Portugal, minha pátria, onde te enfiaram?

Onde meteram os teus versos que falam em partir e voltar?

Por que te negaram a rota do teu destino?

Meu país, como é que te deixaste levar assim?

A gente tem um pedaço de destino que não podemos partilhar.

Destino, agora onde me queres levar?

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8º Mandamento – António Vilarigues

03 Quinta-feira Nov 2011

Posted by cduarouca in António Vilarigues, PCP

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1º ministro, bancos, blog, blogs, capital, capital fictício, castendo, crise do sistema capitalista, dólares, economistas, EDP, EUA, Igreja Católica, Marx, PIB, Portugal, Presidente da República, Reformas, rendimentos, riqueza, Salários, união europeia

8º Mandamento – Não levantar falsos testemunhos

Presidente da República, 1º Ministro, demais governantes, economistas do sistema, antigos e actuais representantes das organizações do grande patronato, banqueiros e seus representantes andam TODOS a violar desbragadamente o 8º Mandamento da Igreja Católica.

Mentem despudoradamente quando afirmam que «o povo vive acima das suas possibilidades» e que esta é a causa principal da crise. Fingem não saber (alguns não sabem mesmo!) que esta é uma crise do sistema capitalista clássica de sobreprodução e de falta de mercados. Marx explica, mas não o estudam…

Alguns dados a nível internacional:

Em 12 meses, o crescimento da fortuna dos mais ricos foi duas vezes superior ao aumento da riqueza mundial como um todo. Os milionários no mundo (que representam menos de 1% da população mundial) controlam 38,5% da riqueza mundial. Seiscentos biliões (milhões de milhões) de dólares em «derivados financeiros» (capital fictício), tal é o valor em causa na banca americana!!! E 81,13% dos 750 biliões de dólares que constituem a dívida dos EUA provêm dos «derivados financeiros». Nos últimos três anos o valor do resgate aos bancos da União Europeia (U.E.) pagos pelos contribuintes ascendeu a mais de quatro biliões de euros.

E em Portugal?

A maioria da população que vive de rendimentos do trabalho (de um salário ou de uma reforma) viu cair, números redondos, nos últimos trinta anos a sua participação neste rendimento de 60 para menos de 40%. Isto apesar do aumento da riqueza criada. Só nos últimos quinze anos o PIB cresceu, em termos reais, cerca de 30%. Mas a distribuição não se alterou. Veja-se o caso paradigmático dos executivos financeiros. Estão em nono lugar num conjunto de 13 países, com uma média de 845 mil euros anuais. Mais de 124 vezes o rendimento de quem ganha o salário mínimo!!!

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Urge revogar o mal dito Pacto de Estabilidade e Crescimento – Ilda Figueiredo

24 Segunda-feira Out 2011

Posted by cduarouca in Europa, Líbia, Parlamento Europeu, PCP, Política

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Arábia Saudita, África, Bahrain, desigualdades sociais, exclesão social, Irlanda; Grécia, Líbia, manifestações, medidas de austeridade, PEC, petróleo, Portugal, privatizações, RESPECT, Ue

A crise quando nasce não é para todos – António Vilariges

18 Terça-feira Out 2011

Posted by cduarouca in António Vilarigues, PCP, Saúde, Sociedade, Trabalhadores

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bancos, blog, blogs, capital, castendo, comunicação social, défices, dívida dos privados, dívida pública, dívidas, empresas, famílias, governo psd/cds, lucros, médicos, oms, Portugal, privado, Saúde, Salários, serviço nacional de saúde, SNS, trabalho, união europeia

Das dívidas públicas e privadas

Segundo o último relatório do McKinsey Global Institute, a soma das dívidas privadas à escala mundial eleva-se a 117 biliões (milhões de milhões) de dólares. Ou seja, cerca do triplo do conjunto das dívidas públicas cujo volume atinge 41 biliões de dólares.

Se se considerar apenas os 90 principais bancos europeus, é preciso saber que nos próximos dois anos eles deverão refinanciar dívidas no montante astronómico de 5,4 biliões de euros. Isto representa 45% da riqueza produzida anualmente na União Europeia.

Em volume, os títulos da dívida pública italiana representam 1,5 biliões de euros. O que é mais do dobro da dívida pública da Grécia, da Irlanda e de Portugal tomada em conjunto. A dívida pública da Espanha atinge 700 mil milhões de euros. A Inglaterra é (per capita) «o país mais endividado do planeta».

No final de 2010, a dívida bruta consolidada do Estado português era de 160.470,1 milhões de euros, ou seja, 93% do PIB. No mesmo período, a dívida externa bruta do sector bancário era de 174 342 milhões de euros, ou seja, 101,4%. E o endividamento do sector privado não financeiro cifrou-se em 224% (!!!) do PIB em 2010. Com 129% relativos às «sociedades não financeiras» e 95% aos «particulares».

Estes dados mostram à evidência que a dívida de Portugal é, sobretudo, de empresas e de particulares.

Dos salários e dos lucros

Em termos médios anuais, na Alemanha, os lucros líquidos cresceram 81 vezes mais que os salários reais. Em Portugal cresceram 4 vezes mais. Na Zona Euro 7 vezes mais.

Paralelamente, os custos unitários do trabalho reais, em termos médios anuais, tiveram uma redução de 0,5% na Alemanha e 0,1%, quer em Portugal, quer na Zona Euro.

Entre 2001 e 2010, os lucros do capital alemão aumentaram 41,7%, enquanto os custos unitários do trabalho reais tiveram uma redução 4,6%. O mesmo se passou na Zona Euro, onde os lucros aumentaram 35,8%, enquanto os custos unitários do trabalho reais tiveram uma redução de 1,1%. Também em Portugal, onde os lucros cresceram na última década 25,6%, por conta de uma redução dos custos unitários do trabalho reais de 1,3%.

Donde se prova de uma forma insofismável que, ao contrário do que o Governo PSD/CDS pretende fazer crer, as alterações à legislação laboral não têm nenhuma relação com a dívida (ou com a redução do défice).

Da Saúde

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou, no início da década de 2000, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Portugal como o 12.º melhor do mundo. Esta decisão foi sustentada na sua eficiência e qualidade.

Em 2002 Portugal despendia com o SNS 758 Euros/habitante. Enquanto isso países como a Holanda gastavam 1.065 Euros/habitante, a Alemanha 1.569 Euros, a Suécia 1.653 Euros. Enquanto o nosso País ocupava o 12.º lugar a nível mundial, a Holanda ficava em 17.º, a Alemanha em 25.º, a Suécia em 23.º e os EUA em 37.º.

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UM MUNDO. UMA REVOLUÇÃO

09 Sexta-feira Set 2011

Posted by cduarouca in Europa, Governo, Grécia

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Bélgica, espanha, França, fraternidade, grécia, humanidade, Irlanda, Islândia, O MUNDO, Portugal, solidariedade

“Os gregos seriam sábios se saíssem da Eurozona” – “Isto é verdade também para Portugal e Irlanda” – por Joachim Starbatty [*] entrevistado por Yasmin El-Sharif

06 Quarta-feira Jul 2011

Posted by cduarouca in Economia, Euro, Europa, Internacional

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dívida pública, espanha, grécia, Irlanda, Portugal, Supremo Alemão4

O supremo tribunal da Alemanha principiou terça-feira as audiências de uma contestação legal ao pacote de ajuda de 110 mil milhões de euros proporcionado à Grécia açoitada pela dívida. O professor de ciências económicas Joachim Starbatty é um dos que estão por trás deste processo – e espera provar em tribunal que está correcto.

SPIEGEL ONLINE: Sr. Starbatty, o parlamento grego aprovou na semana passada um pacote de €78 mil milhões de medidas de austeridade em troca de mais milhares de milhões de ajuda da União Europeia.

Starbatty: Ao aprovar o pacote, o parlamento decidiu contra a vontade do povo. Mas só porque foi chantageado pelos parceiros da Grécia na zona euro.

SPIEGEL ONLINE: Não será legítimo para governos na zona de divisa comum da Europa quererem ver uma contribuição grega par a resolução do problema antes de libertar milhares de milhões em ajuda? Continuar a ler →

Novo Governo, velho Programa. Um potencial golpe anti-constitucional em marcha – Diário info (Os Editores)

04 Segunda-feira Jul 2011

Posted by cduarouca in Economia, Euro, Nacional, PCP, Política, Sociedade

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CE, crise, espanha, FMI, França, Governo, grécia, Itália BCE, Portugal, programa do Governo, PSD/CDS, Reino Unido, Troika, zona euro

O novo governo PSD-CDS apresentou na Assembleia da República o seu programa de governo, para início da nova legislatura, em atmosfera de pressurosa concretização do “memorando de entendimento” que a troika FMI-BCE-CE impôs – à margem da Assembleia da Republica – e que PS (então no governo), PSD e CDS servilmente subscreveram.

É certo que a União Europeia (e a zona Euro em particular) navega em mar de vagas alterosas – manifesta em profunda crise financeira, económica e social, alimentada e reforçada pela agressiva prossecução de um projecto de integração federalista dirigido pelo capital financeiro.
A crise portuguesa surge como versão nacional dessoutra crise europeia e mundial, mas com a particularidade de ampliada como fase avançada do longo processo contra-revolucionário encabeçado pelo PSD, PS e CDS, em variáveis combinações de conveniência, que visa aniquilar as conquistas do 25 de Abril e restaurar a ditadura da grande burguesia nacional, aliada e apoiada ao capital sem pátria. Continuar a ler →

Portugal pode deixar de falhar? – Octávio Teixeira

02 Sábado Jul 2011

Posted by cduarouca in Economia, Euro, Nacional, PCP

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Cavaco Silva, FMI, Passos Coelho, Paul Samuelson, PIB, Portugal, voluntarismo

Na tomada de posse do Governo o Presidente proclamou que “Portugal não pode falhar” e o PM respondeu “sei que Portugal não falhará”.

Ficam-lhes bem estas manifestações de voluntarismo. Mas receio que a questão realista seja a de saber se Portugal pode deixar de falhar, com a receita prevista.

Socorramo-nos do relatório da Missão do FMI. Até 2013 o défice público baixará para 3% do PIB, com a parcela dos juros a quase duplicar. À custa de enormes sacrifícios sociais: desemprego a ultrapassar os 13%, salários reais a decrescerem 7% e o consumo privado a retrair-se 9,5%. As dívidas pública e externa pularão para os 115% e 123% do PIB. O investimento privado cairá mais 7% e o PIB diminuirá cerca de 3%. Cereja no bolo, apesar da redução dos custos salariais a competitividade (medida pela taxa de câmbio efectiva real) continuará a degradar-se! Continuar a ler →

Rivalidades – Jorge Cadima

23 Quinta-feira Jun 2011

Posted by cduarouca in EUA, Euro, Grécia, Internacional, PCP, Política

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Alemanha, bancarrota, bomba relógio, explosão, FMI, Portugal, Troika, zona euro

A zona euro está à beira da explosão, com a grande finança anglo-saxónica à espreita. A economia grega afunda-se após um ano de pilhagem da .Troika., e a Grécia tem hoje a mais baixa notação das agências de. rating. para qualquer país do mundo (Bloomberg, 19/6). A banca inglesa foge da zona euro (Telegraph, 18/6). Cresce a notável contestação nas ruas do povo grego. No início de Junho o Ministro das Finanças alemão escreveu à .Troika «advertindo para uma possível bancarrota da Grécia e admitindo que o actual plano de resgate fracassou. Como alternativa, apela para uma reestruturação de facto» (Der Spiegel, 8/6) .. Continuar a ler →

Sobre a composição e opções políticas do governo PSD/CDS-PP -17 DE junho

17 Sexta-feira Jun 2011

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colectivo, DIREITO AO SER, honestidade, lealdade, nível, Portugal, povo, privilégio, realidade, RESPECT, rigor

Face ao anúncio da composição do governo apresentada hoje pelo Primeiro-ministro ao Presidente da República e à divulgação pública do “Acordo Político” entre o PSD e o CDS-PP, o PCP considera o seguinte:

1- A gravidade da situação que o país enfrenta e a perspectiva do seu agravamento, reclama não a continuidade da política de desastre nacional concretizada pelo anterior Governo PS, mas a sua substituição por uma outra política, patriótica e de esquerda, que responda aos problemas dos trabalhadores, do povo e do país. Não é essa contudo a intenção do novo governo que, identificando-se com os interesses dos grupos económicos e financeiros, se prepara para levar por diante, embrulhadas em palavras ocas de preocupação social, o programa de submissão e agressão externa que PSD, PS, e CDS assumiram com a UE, o BCE e o FMI. Continuar a ler →

Grécia: Eles estão em vias de despedaçar o sector público – por Jean-Jacques Chavigné

16 Quinta-feira Jun 2011

Posted by cduarouca in Grécia, Internacional, Juventude, Nacional, Notícias, PCP, Saúde, Sociedade, Trabalhadores

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Ajuda, austeridade, BCE, Desemprego, espanha, FMI, grécia, Irlanda; Grécia, Portugal, privatizações, sector público, Ue

“Eles”, são os oligarcas da União Europeia (os comissários europeus, os membros do Conselho de governadores do Banco Central Europeu, os chefes de Estado e de governos dos Estados membros da União), os dirigentes do FMI e o governo do primeiro-ministro socialista grego, George Papandreu.

Para alcançarem seus fins, os “homens de negro” da UE e do FMI não foram mesquinhos. Começaram por recusar o desbloqueamento de uma fatia de 12 mil milhões correspondentes a uma parte dos 110 mil milhões de crédito concedido à Grécia em Maio de 2010 . Em seguida acenaram com a promessa de um novo empréstimo, reembolsável em três anos, de um montante de 30 mil milhões de euros (20 mil milhões pela UE e 10 mil milhões pelo FMI). Em contrapartida, exigiram que a Grécia acelerasse a privatização dos seus serviços públicos e pusesse em acção um novo “plano de austeridade” a acrescentar-se aos quatro anteriores. O governo grego tendo aceite os seus diktats, eles (por enquanto pelo menos) decidiram desbloquear a fatia de 12 mil milhões do empréstimo já acordado em 2010 e conceder à Grécia um novo empréstimo de 30 mil milhões de euros em 2012. Continuar a ler →

Roubini vê Portugal a sair do euro dentro de alguns anos

14 Terça-feira Jun 2011

Posted by cduarouca in Euro, Internacional, Nacional, Notícias, PCP

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deflação, deflacção, euro, Europa, Portugal, restruturação da´dívida

A zona euro encaminha-se para uma ruptura, com a saída dos membros mais fracos, incluindo Portugal, com a actual abordagem à crise, segundo o economista Nouriel .

 
Roubini vê como provável que o euro vá a caminho de soluções desordeiras para a dívida e com risco de ruptura da própria união monetária, pois as soluções que estão a ser adoptadas falharam na resolução dos problemas fundamentais da divergência no interior da zona euro, segundo explica num artigo de opinião publicado no Financial Timesde hoje.Este economista, co-autor de Economia de Crise (2010) e professor na Universidade de Nova Iorque, reconhece que “hoje, claro, a ideia de deixar o euro é tratada como inconcebível, mesmo em Atenas e Lisboa”, mas adianta que isso “pode não ser tão rebuscado” daqui a cinco anos. Continuar a ler →

Um mundo em guerra financeira – Michael Hudson

10 Sexta-feira Jun 2011

Posted by cduarouca in Grécia, Internacional, Nacional, Notícias

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Alemanha, América, bancos, Banqueiros, BCE, crise, Europa, França, fraude intectual, grécia, guerra financeira, Holanda, Imperialismo, Islândia, Japão, juros elevados, ministérios das finanças, PIGS, política fiscal, Portugal, Tratado de Maastricht, Ue, Wall Street

(NR: ao ler este artigo, todas as vezes em que a palavra “Grécia” for mencionada substitua-a mentalmente pela palavra “Portugal” — quase sempre isso faz sentido)

Quando a Grécia substituiu o dracma pelo euro, em 2000, a maior parte dos eleitores era pela adesão à eurozona. A sua esperança era que a mesma garantisse estabilidade e que isto promoveria a elevação dos salários e dos padrões de vida. Poucos viram que o grande obstáculo era a política fiscal. A Grécia fora excluída da eurozona no ano anterior devido ao incumprimento do critério do Tratado de Maastricht (1992) para a entrada na UE, de limitar os défices fiscais a 3 por cento do PIB e a dívida governamental a 60 por cento.

O euro também tem outros problemas fiscais e monetários graves, desde o princípio. Há pouca consideração sobre as economias mais ricas da UE ajudarem a trazer aquelas menos produtivas ao mesmo nível, tal como fizeram os Estados Unidos com suas áreas deprimidas (como no resgate da indústria automobilística em 2010) ou quando o governo federal declara um estado de emergência devido a inundações, tornados ou outras perturbações. Em comparação com os Estados Unidos e na verdade quase todos os países, a “ajuda” da UE é em grande medida egoísta – uma combinação de promoção de exportações e salvamentos para economias devedores pagarem a bancos dos principais países credores da Europa: Alemanha, França e Holanda. A carta da UE proíbe o Banco Central Europeu (BCE) de financiar défices governamentais e impede (na verdade, “salva”) os membros de terem de pagar pela “irresponsabilidade fiscal” de países que incidem em défices governamentais. Esta política fiscal “dura” foi o preço que os países de rendimento mais baixo tiveram de subscrever quando aderiram à União Europeia. Continuar a ler →

Comunicado do PCP Arouca

19 Terça-feira Abr 2011

Posted by cduarouca in Arouca, Comunicados - Arouca, Internacional, Nacional, PCP

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agravamento da exploração dos trabalhadores, ampliação da injustiça e desigualdades sociais, Arouca, BPN, CDS, Constituição, cortes salariais, declínio económico, dependência externa., Eleições Legislativas, funções sociais do Estado, Fundo Europeu de Estabilização Financeira, Fundo Monetário Internacional, Grécia e Espanha, Irlanda, liberalizar a legislação laboral, pensões, Portugal, prestações sociais, PS, PSD, sector privado

 1 – Actualmente são dois os temas centrais da agenda política do país – as eleições legislativas antecipadas de 5 de Junho e o designado “programa de resgate” de Portugal, da responsabilidade do Fundo Europeu de Estabilização Financeira e do Fundo Monetário Internacional.

2 – Para os partidos do sistema de poder – PS, PSD e CDS – a ocasião é aproveitada para que, na substância, o programa de governo seja o dito “programa de resgate”, servindo as eleições apenas para escolher os seus executantes.

3 – Do que se vai conhecendo, e para além dos cortes salariais, das pensões, das prestações sociais, etc., são dois os desígnios centrais do programa: liberalizar a legislação laboral e transferir para o sector privado funções sociais do Estado.

3.1 – Na legislação laboral a receita é aumentar a “COM-PE-TI-TI-VI-DA-DE” por via do embaratecimento do factor trabalho – promovendo o despedimento livre, a individualização e diversificação dos vínculos, reduzindo a contratação colectiva, os salários e as indemnizações.

3.2 – Nas funções sociais do Estado o conceito é o da “LI-BER-DA-DE DE ES-CO-LHA”, isto é, o Estado asfixia financeiramente a Escola Pública, o Serviço Nacional de Saúde, a Segurança Social, contratualiza serviços com o privado, transfere encargos para os utentes, reduz os serviços públicos a uma dimensão assistencialista e destinada apenas aos mais pobres.

4 – O “programa de resgate” não é uma ajuda económica a um país em dificuldades – Portugal -, é um projecto de liquidação do Estado saído da Constituição de Abril e contém uma indelével marca de classe. Continuar a ler →

A luta continua!

12 Terça-feira Abr 2011

Posted by cduarouca in A Cassete, PCP

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cassete, FMI, Portugal

in “a essência da pólvora“

Esta anedota sabe do que fala?

08 Sexta-feira Abr 2011

Posted by cduarouca in Economia, Nacional, Política

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anedota, Assembleia da República, deputados, Economia, eleições, humor, PEC, Pedro Passos Coelho, Portugal, Primeiro-Ministro, PSD, rir

O putativo candidato a deputado da nação e a primeiro-ministro de Portugal Pedro Passos Coelho foi ao Clube dos Pensadores, em Gaia, afirmar, para quem o quis ouvir, que é decisivo um crescimento económico de pelo menos «3 a 3,5% nos próximos dois, três anos».

Mas o homem sabe do que fala? Ele não pensa, um bocadinho só que seja?

Aqui vai uma informação gratuita: só os juros da chamada dívida soberana vão atingir este ano um valor nunca inferior a 4,5% do PIB. Qualquer coisa como mais de 7,5 mil milhões de euros. Ou seja, 3,5% de crescimento ao ano nem pagam os juros da dívida!!! 

Além de que com os PEC 1, 2 e 3, mais o orçamento de estado para 2011, que ele apoiou, a economia de Portugal vai ter uma recessão de, no mínimo, 1,5%. Percebeu ou precisa de um desenho?

Por estas e por outras é que eu nunca votei, nem votarei PSD…

in “Castendo” a 7 de Abril de 2011

A dissolução do euro revisitada – Wolfgang Münchau

29 Terça-feira Mar 2011

Posted by cduarouca in Economia, Euro, Grécia, Internacional, Nacional

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espanha, euro, grécia, Irlanda, itália, Portugal, Ue, zona euro

Há duas declarações de intenção que governam a política da eurozona. A primeira é a exigência da Alemanha de limitação de passivo. A segunda é o empenho de líderes da UE em fazer o que for preciso para salvar o euro. As duas declarações são, é claro, logicamente contraditórios.

Há dois – e apenas dois – meios para que esta contradição não importe. A primeira, que o tecto de limitação do passivo da Alemanha nunca possa ser testado. A segunda é testá-lo, mas a UE descobrir um meio de externalizá-lo. Isso deixa-nos com quatro opções – apenas quatro – a considerar:

1. A Alemanha aceita uma extensão do seu passivo;

2. A crise de dívida da eurozona é essencialmente auto-correctora através de austeridade e de compromissos existentes;

3. Um incumprimento / reestruturação / reescalonamento com êxito da dívida;

4. Líderes da UE renegarem a “promessa de fazer o que for preciso” – o cenário de ruptura.

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Querem-nos fichar a todos! – António Vilarigues

14 Sexta-feira Jan 2011

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adn, Alemanha, antónio vilarigues, CIA, cnpd, comunicação social, constituição da república portuguesa, espanha, EUA, fbi, Governo, grécia, itália, Portugal, terrorist screening center, união europeia

 A comunicação social divulgou a existência de um Acordo bilateral que terá sido assinado em Junho de 2009 entre o Governo Português e as autoridades dos Estados Unidos da América (EUA).

Objectivo deste acordo é, em nome do combate ao terrorismo, possibilitar às autoridades dos EUA o acesso aos dados pessoais biométricos e biográficos que constam das bases de dados de identificação civil e criminal do Estado Português. O mesmo se aplica à base de dados nacional de perfis de ADN.

Por outras palavras: o FBI quer ter acesso aos dados dos Bilhetes de Identidade de todos os portugueses. E o Governo português está disposto a ceder-lhos. Continuar a ler →

Eurozona: Entre a austeridade e o incumprimento (sumário) – por C. Lapavitsas e outros

04 Sábado Dez 2010

Posted by cduarouca in Internacional, Nacional, PCP, Sociedade

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Alemanha, BCE, espanha, FMI, grécia, Irlanda, Portugal, Sector financeiro, União Monetária Europeia

Enquadramento

A presente crise da dívida pública, na Grécia e noutros países da periferia da zona euro, ameaça a União Monetária Europeia como um todo. Todavia, o projecto da zona euro já penalizou, por sua vez, a Grécia e outros países periféricos durante a última década. A actual crise encontra as suas origens em dois motivos relacionados entre si: o enviesamento subjacente ao modelo de União Monetária adoptado e a crise financeira e económica de 2007-09.

A União Monetária limitou e removeu, respectivamente, o recurso aos instrumentos de política fiscal e monetária, obrigando a que o ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos fosse realizado através do mercado de trabalho. Na prossecução das políticas promovidas pela União Europeia, os países da zona euro sujeitaram-se ao ajustamento pelo menor denominador comum, assente na maior flexibilidade do mercado de trabalho, contenção salarial e promoção do trabalho em part-time. A competição nesta ofensiva contra o trabalho tem sido ganha pela Alemanha que, desde a reunificação, sujeitou os seus trabalhadores a uma forte compressão. A zona euro tornou-se uma área de persistentes excedentes externos alemães, financiados pelos défices externos dos países periféricos. A União Monetária traduziu-se numa política beggar-thyneighbour (empobrecimento do vizinho) da Alemanha em relação aos países da periferia, não sem que o “empobrecimento” tenha afectado primeiro os seus próprios trabalhadores. Continuar a ler →

Mais contributos para o assassinato da democracia – António Vilarigues

15 Segunda-feira Nov 2010

Posted by cduarouca in António Vilarigues, Nacional, PCP, Sociedade

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Colômbia, comunicação social, desinformação, discriminação, Honduras, Portugal, Roménia, vergonha

Timisoara, Roménia, no final de 1989: «Pela primeira vez na história da humanidade, cadáveres acabados de enterrar ou alinhados nas mesas das morgues foram desenterrados à pressa e torturados para, em frente das câmaras, simular o genocídio que devia legitimar o novo regime. O que o mundo inteiro teve debaixo dos olhos em directo nos ecrãs da televisão, como sendo verdade era a não verdade absoluta; e embora a falsificação por vezes fosse evidente, era de qualquer modo autenticada como uma verdade pelo sistema mundial dos meios de comunicação, para que se tornasse claro que a verdade passara a ser apenas um momento do movimento necessário da falsidade». Palavras de Giorgio Agamben, filósofo, que não é propriamente um crítico da ideologia dominante. O chamado «massacre de Timisoara» ficará nos anais da história como o exemplo de mais uma página vergonhosa da actuação da comunicação social dominante. Continuar a ler →

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