Recentemente foram noticiadas novas investigações judiciais a ex-governantes do governo de José Sócrates: Manuel Pinho, Mário Lino, António Mendonça e Paulo Campos. Quanto aos casos em si, mais não há a dizer que: apurem-se as responsabilidades criminais, onde houver prova condenem-se os prevaricadores e apliquem-se penas exemplares, pois o exercício de funções governativas acarreta responsabilidades acrescidas.
Mas, o que aqui se pretende abordar é a estória que, com estes casos, se está a construir. Cinco teses da urdidura, quatro explicitas e uma das entrelinhas.
I – A origem da Corrupção está no Governo Sócrates e no PS.
II – A Corrupção é um fenómeno de Esquerda.
III – Este fenómeno só existe no Estado e nos Organismos Públicos.
IV – É um fenómeno que tem crescido devido ao peso excessivo de Estado na Economia.
V – Para regenerar a Pátria é preciso um Salvador, um espírito austero e frugal.
Às cinco teses da estória deixo cinco interrogações:
– Os casos “Submarinos”, “BPN”, “Tecnoforma”, “Vistos Gold” e o elegante “Jacinto Leite Capelo Rego” também tiveram origem no Governo Sócrates e no PS?
– É verdade que a teia da corrupção – segundo alguns, matriz identitária da Esquerda – envolve Sócrates, Lula, Chaves, Maduro, aquele senhor de Gori que tem um bigodaço histórico, o barbicha de Petrogrado e o pequeno judeu hirsuto de Trier?
– Como é que este fenómeno chegou ao Futebol onde não há Estado, nem Organismos Públicos, apenas empreendedores vários do negócio da bola, o que não se percebe uma vez que o empreendedor é a pedra angular da eminente sociedade civil?
– Qual é a explicação para os países nórdicos terem um grande peso do Estado na Economia e poucos casos de corrupção?
– Será que, não estando no mundo dos vivos o senhor Presidente do Conselho nem na política activa aquele que nunca se enganava e raramente tinha dúvidas, devemos chamar o virtuoso Rio para salvar a Pátria da teia de corrupção com que a Esquerda aprisiona a Lusitânia?
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