A anunciada decisão do Governo português de reconhecer o auto-proclamado “Conselho Nacional de Transição da Líbia” como a autoridade governativa legítima desse País é mais uma grave decisão que viola a Constituição da República Portuguesa, a Carta das Nações Unidas e a própria Resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU aprovada pelo governo português – que já de si constitui uma violação da sua Carta fundadora.
Tal postura do Governo português, bem como o momento do seu anúncio, evidencia a total subordinação da política externa portuguesa aos interesses, estratégia e calendário das principais potências imperialistas, com destaque para os Estados Unidos da América, a Grã-Bretanha e a França.
Ao invés de apoiar e promover, como é sua obrigação constitucional, iniciativas visando o fim imediato da criminosa agressão militar da NATO contra o povo líbio, o Governo português opta por aprofundar a linha de aberta ingerência nos assuntos internos daquele país. Continuar a ler