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CDU Arouca

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Tag Archives: Passos Coelho

A herança – Anabela Fino

27 Sábado Maio 2017

Posted by cduarouca in Política, Portugal

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abismo, Cristas, desgraça, Maria Luís Albuquerque, Montenegro, Passos Coelho

Depois de ter passado mais de ano e meio a anunciar a chegada do diabo, única e inexorável perspectiva reservada às ingratas massas que em fatídico dia de ida às urnas reincidiram no despautério – sim, que a coisa nem sequer é nova – de dar à Assembleia da República uma composição que permitiu alinhamentos conducentes a uma nova situação política, depois desses longos meses, dizia, eis que o PSD, num contorcionismo digno de registo, veio agora reclamar a paternidade não da desgraça que tanto havia apregoado e afinal não veio, mas do sucesso que todos dizem ser a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE).

Foi a nossa herança, foi a nossa herança, disse sem pudor Luís Montenegro, fazendo-se esquecido das vezes sem conta que o líder do seu partido, Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque e demais correligionários garantiram para quem os quis ouvir (ou não querendo a isso foi obrigado, tal a repercussão nos órgãos de comunicação social dominantes) que a reversão de medidas que tomaram era um passo a mais para o caminho do abismo. Aumento de pensões? Desgraça. Aumento de salários? Fatal. Reposição de direitos? Despautério. E por aí adiante. Nem à lupa e com boa vontade se encontrará uma vez que seja o PSD a reconhecer que o empobrecimento geral da população, a verdadeira herança dos quatro anos do governo PSD/CDS, não foi o caminho para o «sucesso» que hoje, revertidas, ainda que muito insuficientemente, as suas políticas, diz ser o do País.

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O Prof. Zandinga – Álvaro Couto

05 Quarta-feira Out 2016

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, Política, Sociedade

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Passos Coelho, Zandinga

Finda Setembro e o diabo não chegando à nossa terra deixou-me deprimidíssimo. Não por estar um mês inteiro à espera, mas porque não ver, finalmente, o tipo do tridente, em carne e osso, com pés de chibo e um par de cornos na cabeça, é muito mais frustrante que assistir a mais um falhanço nas previsões de um bruxo rasca. Estou, pois, em condições para imaginar como se sentirão os crentes católicos (os quais são a grande maioria dos eleitores nacionais) depois de ouvir Passos Coelho anunciar no Parlamento que o Diabo, o mais tardar, «chegaria em Setembro».

Como diria Pascal, Passos Coelho é um belo espírito (pelo menos para os PSD’s que acreditam nisso), só que não é um verdadeiro bruxo, pelos cânones tradicionais da bruxaria. Bruxo que se preze, pelo menos uma vez na vida, em alguma coisa tem que acertar. Nem que seja, nas coisas mais óbvias e previsíveis. Ora, a probabilidade de Passos Coelho acertar com algo inteiramente óbvio e previsível é inferior à saída da soma 1 no lançamento de dois dados.

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Bugs Bunny Show – Álvaro Couto

21 Quarta-feira Set 2016

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, Nacional, Política, Portugal, Sociedade

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Passos Coelho

bbunnyQuando eu era miúdo não havia pai para os desenhos animados do Coelho Pernalonga. Não havia, mas agora já há. O herói da nova série é outro Coelho que, tal como o Pernalonga, dá passos para trás e para a frente. Daí chamar-se, simplesmente, Passos Coelho. A heroína, no papel de mata-hari, dá pelo nome de uma tal Cristina Miranda, é professora em Viana do Castelo, passou a vida inteira a empilhar coisas, levando chuva e pó nas ventas em cima de um tractor, sem férias, nem almoços fora, nem passeios com os pais.  Em suma, um espírito simples e rústico, para quem o trabalho das babbysiter’s são mariquices e qualquer subsídio de desemprego um roubo ao Estado, mas que, malgré os seus 50 anos, continua a acumular um par de t(r)etas que só visto.

– Ehh! Wat’s up, doc?

O que se passa é que eu ainda não caí em mim, depois de assitir à última série deste Bugs Bunny Show, no qual se incidia sobre a tributação de imóveis avaliados para cima de quinhentos mil euros: quem já tenha visto um porco a andar de bicicleta talvez não se surpreenda de ver a mata-hari em cima de um tractor, porventura enciumada pelo rabinho da Mariana Mortágua; surpreende-me, isso sim, que noutros tempos, Passos Coelho cobiçasse, com a sua servidão fiscal, o pouco dinheiro que os pobres tinham, com o argumento de pôr a «economia a andar para a frente», sendo que, agora, defenda que tributar alguém com um prédio de quinhentos mil euros seja pôr a «economia a andar para trás».   

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Sobre os desenvolvimentos no caso BES/Novo Banco e na CGD – Jorge Pires

03 Segunda-feira Ago 2015

Posted by cduarouca in Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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A BANCA, BES, Caixa Geral de Depósitos, CDS, Governo, Novo Banco, Passos Coelho, PSD

Um ano após a aplicação da medida de Resolução ao Banco Espírito Santo e da criação do Novo Banco, como banco de transição, são ainda mais evidentes os contornos e os elevados custos da operação, para o Estado e para os portugueses. Cenário que valoriza ainda mais a importância que teve a criação da Comissão de Inquérito proposta pelo PCP, nomeadamente na constatação de factos que confirmam as responsabilidades políticas de sucessivos governos na situação que foi criada.

Há um ano o PCP afirmava que o anúncio do Governador do Banco de Portugal sobre a intervenção no BES constituía uma peça mais no escandaloso processo dirigido para fazer pagar aos trabalhadores e ao povo português os custos da especulação e da gestão danosa dos principais grupos financeiros, desenvolvidas e alimentadas ao longo de anos com a conivência dos governos e dos supostos reguladores.

Apesar de ser recorrentemente afirmado pelo Governo que o fundo de resolução não implicaria recursos públicos, os factos aí estão: não apenas todos os recursos do Fundo de Resolução são públicos por resultarem do pagamento de impostos por parte das instituições bancárias, como grande parte do capital injectado no Fundo tem origem no Estado, por empréstimo, num total de 4200 milhões de euros. Ou seja, dos 4900 milhões de euros utilizados, apenas cerca de 700 milhões representam um avanço das contribuições dos bancos. Continuar a ler →

Mentiroso compulsivo?

30 Domingo Nov 2014

Posted by cduarouca in Galeria de Insólitos, Governo, Política, Sociedade, Trabalhadores

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acordo não é inevitável e não é lei, mentira, Passos Coelho, Pordata

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Segundo a comunicação social «Passos Coelho diz que é falsidade explicar quebra do desemprego com emigração».

Há algo que não bate certo…

De acordo com a PORDATA (AQUI e AQUI):

  • Em 2007 o número de emigrantes permanentes foi de 7.890 e em 2008 de 20.357.
  • Já em 2011 o número foi de 43.998, em 2012 de 51.958 e em 2013 de 53.786.

Ou os dados do INE e da PORDATA estão errados, ou «alguém» nos anda a mentir…

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O discurso económico infantil de Passos Coelho – Eugénio Rosa

02 Domingo Nov 2014

Posted by cduarouca in Economia, Eugénio Rosa, Portugal

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Passos Coelho

Numa das suas habituais tiradas, Passos Coelho expressou mais um dos seus “pensamentos profundos” sobre economia. E desta vez ultrapassou os limites. Na RPT online de 29.10.2014 pode-se ler sobre o que Passos Coelho afirmou na conferência do 36º aniversário da UGT: “O primeiro-ministro considera que o debate sobre o crescimento e a austeridade a propósito da crise da dívida é “o debate mais infantil” a que assistiu”. E como era previsível nenhum dos presentes contestou esta infantilidade económica de Passos Coelho (estava-se numa conferencia da UGT e não era previsível outra reação). Pelo menos os órgãos de comunicação maciçamente presentes nada disseram sobre isso.

No entanto, se Passos Coelho conhecesse alguma coisa da ciência económica e se se tivesse dado ao trabalho de refletir um pouco sobre alguns dos dados divulgados pelo INE certamente não diria o que disse. Qualquer estudante de economia sabe que o que afirmou Passos Coelho não é verdade. Para provar isso vamos utilizar, entre as muitas matérias que podiam ser analisadas, apenas uma – o investimento – que é essencial.

CRESCIMENTO ECONOMICO E CRIAÇÃO DE EMPREGO DEPENDEM DO INVESTIMENTO E ESTE SIDO INSUFICIENTE PARA COMPENSAR OS GASTOS DO “STOCK” DE CAPITAL

Observem-se os dados do INE constantes do quadro 1 que revelam o investimento bruto e liquido em Portugal no período 1995-2013

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Como mostram os dados do INE, o Investimento total realizado em Portugal a partir de 2010, portanto com a politica de austeridade imposta ao país pela “troika” e pelo governo PSD/CDS, nem tem sido suficiente para cobrir o desgaste (consumo de capital fixo) do “stock” de investimento total existente no país. E ainda se diz que é um “debate infantil”. Continuar a ler →

Os burros – Henrique Custódio

30 Quinta-feira Out 2014

Posted by cduarouca in Governo, Portugal

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CDS, comentadores, jornalistas, Passos Coelho, PSD

Quem teve a paciência de ouvir o discurso de Passos Coelho no encerramento das «jornadas parlamentares» conjuntas do PSD e CDS, realizadas na AR, ficou decerto perplexo entre a realidade que conhece, porque a vive, e a ficção dessa realidade, porque a ouviu do primeiro-ministro. A tautologia (mesmo em voz bem colocada, como a deste chanceler), nunca deixa de ser um imenso tédio, nem consegue eximir-se de consistir na mesma coisa dita de várias maneiras. Com a agravante de que a coisa repetida é muito esgrouviada – o «novo paradigma» com que Passos julga «ficar na História» – e insuportável, por ser dita ad nauseam. 

Aliás, esta técnica tautológica da chancelaria Passos funda-se na frase de Goebbels «uma mentira repetida mil vezes transforma-se em verdade». Mas o ministro da propaganda nazi tinha, sobre Passos, a vantagem de dispor de uma ditadura selvática, que controlava com uma ferocidade extrema tudo e todos, enquanto Passos está limitado por um regime democrático, embora repetidamente a sua governação seja inconstitucional.

Mas, para além do mar de rosas que a sua oração derramou sobre o País, o chanceler juntou às suas famosas galegadas (os portugueses são «piegas», os desempregados «que emigrem», etc.) um fossado sobre os jornalistas e comentadores, a quem acusou de «preguiçosos» e «patéticos», proferindo «inverdades», como a de dizer que a despesa pública não diminuiu, que a dívida saltou em três anos de 90% do PIB para 134% e que foram inúteis tantos sacrifícios.

O acossamento tem destas coisas e, como afirmou Jerónimo de Sousa, Passos «é pobre e mal agradecido», ao virar-se agora contra o sector da comunicação social, que tem carregado ao colo a sua governação desastrosa.

Aliás, se a diatribe mal-agradecida de Passos contra os jornalistas fosse verdadeira, provavelmente o seu Governo já teria sido apeado. Continuar a ler →

Pedro, o «remediado» – Aurélio Santos

12 Domingo Out 2014

Posted by cduarouca in Sociedade

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amnésia, cultura tecnológica, curso de costura, ONG, Passos Coelho

Confrontado com a denúncia feita à PGR de que tinha recebido, quando era deputado em exclusividade de funções, cinco mil euros por mês da Tecnoforma e de não ter feito a declaração fiscal desse dinheiro, Passos Coelho optou por uma crise de amnésia total.

São «casos» como este, de Passos Coelho e da Tecnoforma, que descredibilizam a política e os políticos.

Confrontado com a denúncia feita à PGR de que tinha recebido, quando era deputado em exclusividade de funções, cinco mil euros por mês da Tecnoforma e de não ter feito a declaração fiscal desse dinheiro, Passos Coelho optou por uma crise de amnésia total. Não se lembrava se tinha estado em exclusividade de funções, nem se tinha recebido dinheiro, nem se o tinha declarado, etc.

Passos Coelho continuou a farsa remetendo os esclarecimentos para a PGR e para a AR, sabendo por outro lado que a Procuradoria iria considerar, para efeitos jurídicos, os factos como prescritos e contando, por outro lado com a complacência da sua bancada na Assembleia da República.
Os serviços da AR tiveram um comportamento inqualificável.

Para fazer o jeitinho ao sr. primeiro-ministro, usaram de meia verdade para com ela esconder a verdade.
De nada serviu.

A imprensa publicou os documentos que confirmavam a exclusividade de funções.

Uns dias mais tarde, no debate na AR Passos Coelho já tinha recuperado a memória: já se lembrava que não tinha trabalhado para a Tecnoforma mas sim para uma (falsa) ONG (ligada à Tecnoforma) e só tinha recebido despesas de representação.

A amnésia era agora parcial: não se lembrava quanto tinha recebido. Continuar a ler →

“O caso Tecnoforma é um problema político que precisa de todos os esclarecimentos”

30 Terça-feira Set 2014

Posted by cduarouca in PCP, Política, Portugal

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Jerónimo de Sousa, Passos Coelho, tecnoforma

O Secretário-Geral do PCP confrontou hoje o Primeiro Ministro com os diversos elementos que continuam por explicar sobre a situação do caso Tecnoforma. Jerónimo de Sousa afirmou que este caso não é um problema fiscal, é um problema político que precisa de ser esclarecido até às últimas consequências.

Os 150 mil – Henrique Custódio

28 Domingo Set 2014

Posted by cduarouca in Portugal, Sociedade

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Passos Coelho, tecnoforma, trampolineiros

A revista Sábado surgiu com a notícia de que decorriam investigações no Ministério Público sobre uma denúncia de Passos Coelho ter recebido ilegalmente cerca de 150 mil euros entre 1997 e 1999. Foi o regresso do «caso Tecnoforma», uma empresa onde Passos fez parceria e negócios com Relvas e de onde se diz que recebeu 4500 euros/mês nos anos supracitados (totalizando 150 mil euros), embora houvesse requerido à Assembleia da República – onde era deputado, à altura – o benefício do «estatuto de exclusividade», para receber na íntegra deste órgão de soberania e ficando legalmente proibido de receber por actividades exteriores.

Valha a verdade que o assunto não é virgem e arrasta-se há tanto tempo que já se fala em «prescrição», a palavra mágica das trampolinices e trampolineiros que prosperam pelo País.

Mas dada a confirmação oficial de que há um inquérito em curso (sem mais detalhes), o chanceler Passos viu-se compelido a declarar que «não foi contactado no âmbito de qualquer investigação» e que «se isso vier a acontecer, colaborará, naturalmente». «Em todo o caso» (como ele gosta de dizer e descontando-lhe o macarronismo pomposo), colaborará na investigação caso seja contactado, «mantendo a convicção de que sempre cumpriu as suas obrigações legais» e, como remate, remete para a AR como «o local próprio» para dirimir a questão.

E há-de ser dirimida a contento, com a maioria absoluta de que por lá dispõe ainda. Não pode é esperar muito, porque vêm aí eleições e a maioria será «entornada», parafraseando Barroso… Continuar a ler →

É caro e ineficiente manter serviços públicos no interior” – Francisco Gonçalves

14 Segunda-feira Jul 2014

Posted by cduarouca in Arouca, CDU Arouca, Francisco Gonçalves, Governo

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Castelo de Paiva. Arouca, encerramentos, Passos Coelho, serviços públicos

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Nos dias 4 e 5 de Julho o primeiro-ministro português realizou um périplo aqui pelas nossas bandas, mais concretamente por Castelo de Paiva, Cinfães e Arouca. Tem sido estratégia dos actuais representantes do povo procurarem conforto popular nos seus bastiões, nos “cavaquistões”. Apesar de teoricamente se tratarem de zonas de conforto do PSD e do CDS é crescente e notório o aparato policial utilizado na protecção dos lusos chanceleres.

Tive oportunidade de participar na recepção que a União de Sindicatos de Aveiro promoveu a Passos Coelho em Castelo de Paiva, recepção esta arrumada por muita comunicação social apenas como uma vaia de manifestantes afectos à CGTP-IN, fazendo crer à opinião pública que é possível, nos 5 a 10 segundos que demoram os potentes carros do protocolo de estado a chegar e apear o primeiro-ministro, manifestar o sentir de cada um sobre a governação, sem ser através de um fugaz aplauso ou apupo.

Claro está que são muito mais que 5 ou 10 segundos o tempo que dura uma manifestação deste tipo, e que durante esse tempo há palavras de ordem, declarações e interacções entre os que lá estão. Em Castelo de Paiva foi vergonhoso ver a força policial a tentar manter os que protestavam o mais longe possível e os que aparentemente lá estavam para aplaudir o mais próximo possível (sendo certo que nem estes aplaudiram Passos Coelho nos 5 a 10 segundos que durou a sua chegada).

Para o dia seguinte, em Arouca, estava na forja uma recepção “não organizada”, segundo a terminologia das forças policiais, que acabou por não acontecer, decerto pelos esforços do edil Artur Neves em convencer os seus organizadores dos danos que, segundo ele, causariam estas coisas no mui novel trabalho de “recato do gabinete”, caminho único para um futuro radioso.

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«Tantas histórias, quantas perguntas» – Manuel Rodrigues

06 Quinta-feira Mar 2014

Posted by cduarouca in Governo, PCP, Sociedade, Trabalhadores

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Passos Coelho

Todos os dias, as matracas do Governo nos massacram com doses letais de propaganda enganosa: que a crise impõe sacrifícios, que a austeridade é inevitável, que andámos a viver acima das nossas possibilidades… Enfim, uma ruidosa lengalenga em que se especializou o ministro da propaganda e os novos «aprendizes de feiticeiro». Nos últimos dias, o malabarismo foi de tal ordem, que o capital decidiu distribuir papéis, e, numa espécie de ópera bufa, pôr o Governo a falar a duas vozes: a Paulo Portas coube o papel de bom mensageiro e, entre gafes e lapsos, lá foi repetindo: que estamos a recuperar, que passámos na 11.ª avaliação da troika, que o País está a ressurgir das cinzas, que haverá uma saída limpa. A Passos Coelho, no seu ar mais empertigado, foi dado o papel de núncio da desgraça: que não podemos embandeirar em arco, que são precisos mais sacrifícios, que a austeridade ainda não acabou e que, se queremos saída limpa, é preciso mais um corte sujo nos salários.
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CRISE COM MÃO ANARQUISTA – Álvaro Couto

07 Domingo Jul 2013

Posted by cduarouca in Álvaro Couto, Governo

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Borda d'Água, crise, Gaspar, Passos Coelho, PSD, supermercado, SWAP, Troika

Transcrevo agora os capítulos decisivos da actual crise governamental, não sendo nada do que dizem pr’aí. Isso, nem aproximado é. Para registo da História, aqui segue a particular natureza dos factos:

Por uma bela tarde do último mês de Junho, à hora de intervalo da azáfama governativa e do Falcon da tropa, entrou num supermercado, em Lisboa, de volta ao dulcíssimo remanso familiar, à modorra aprazível das compras lá para casa, o senhor Gaspar, ministro das Finanças, a quem o amor da pátria não movido de prémio vil – embora o seu homólogo alemão se referisse a uma fabulosa carreira como futuro condutor da sua cadeira de rodas – mais uma vez arrastara até Bruxelas, no propósito difícil e aspérrimo de convencionar com os credores deste reino um modo complacente de pagamentos reduzidos das dívidas nacionais, airoso para nós à face da Troika, conveniente para eles à face dos seus interesses.

A julgar por aquilo que os noveleiros do regime afirmaram e os prognósticos do Borda d’Água deixavam adivinhar quanto às melhorias do tempo para os próximos meses, dir-se-ia que o ministro da Finanças sofrera a mais violenta provação para um patriota da sua estirpe, de tamanha competência e desmesurado sacrifício, quando, os clientes daquele supermercado lisboeta, descobrindo o sr. Gaspar também na fila da caixa, desataram a protestar, chegando ao ponto de lhe cuspir no píncaro da cara . . .

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O assalto à razão em Portugal

04 Sábado Maio 2013

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3 de Maio, CDS, cortes, despedimentos, Passos Coelho, PSD

A comunicação ao país do Primeiro-ministro, no dia 3 de Maio, empurrou ainda mais Portugal para a beira do abismo. O conteúdo da mensagem confirma a incompetência e a irracionalidade anti-patriótica do bando que exerce a estratégia do Poder.
Agora o governo pretende despedir numa primeira fase mais 50.000 trabalhadores da Função Pública, quer mediante «rescisões amigáveis», quer através do mecanismo das «requalificações», novo rótulo da engrenagem da «mobilidade especial».

Ainda no sector público, a idade da reforma sem penalização sobe para os 66 anos, aumenta o horário de trabalho de 35 para 40 horas, é agravado o desconto para o subsistema de saúde dos funcionários, o imposto intitulado «taxa de solidariedade» é reposto sobre as reformas, e as Forças Armadas, a GNR e a PSP são também duramente golpeadas.

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“O país tem futuro, este governo é que não tem!”

08 Sexta-feira Mar 2013

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400.000 postos de trabalho, agravamento da situação, CDS, Desemprego, Eurostat, Passos Coelho, PIB, Portas, PSD, Vitor Gaspar

No debate quinzenal realizado hoje na Assembleia da República, o Secretário-Geral do PCP afirmou que a realidade social e económica do país exigem a derrota das políticas e deste governo, pois os portugueses já não aguentam.

O Blitzkrieg – Henrique Custódio

21 Quinta-feira Fev 2013

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darwin, Passos Coelho, selecção natural

O primeiro-ministro Passos afirmou que já está feita «a selecção natural das empresas que podem melhor sobreviver».

A «selecção natural», diga-se, é um velho embuste da burguesia usado desde os primórdios do século XX. Houve mesmo quem lhe chamasse «darwinismo social» (pobre Darwin…).

Entendamo-nos: é só o Estado que cria o ambiente económico para as empresas laborarem. Só que, no Estado, são os governos a tudo decidir e realizar. Na Europa, os governos, munidos do poder, fazem escolhas e uma selecção não natural, mas política. E nessa selecção revelam os interesses que servem – que são, escancaradamente, o dos grandes grupos económicos, por trás dos quais está a burguesia dominante.

Neste contexto, quando as crises cíclicas apertam (como a actual, montada no «subprime»), os governos da burguesia reactivam a «selecção natural» para iludir o pagode, querendo convencê-lo de que, quando há crise, é a tal «selecção» que vai definir os «vencedores» e os «perdedores», aplaudindo, naturalmente, os «vencedores», como fez Passos Coelho, ignorando os «perdedores».

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Desemprego e destruição de emprego aceleram, economia afunda-se e entra em espiral recessiva – Eugénio Rosa

17 Domingo Fev 2013

Posted by cduarouca in Eugénio Rosa, Euro, Europa, Nacional, Política, Portugal, Sindicalismo, Sociedade, Trabalhadores

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CDS, Desemprego, INE, Passos Coelho, PIB, PSD, Troika, Vitor Gaspar

– Passos Coelho diz que tudo isso está em linha com as previsões do governo e que é apenas a seleção natural

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No último trimestre de 2012 verificou-se uma aceleração rápida quer do desemprego quer da destruição de emprego, o que é um indicador claro da espiral recessiva em que o país já está mergulhado devido à politica recessiva violenta imposta pelo governo e “troika”. Se dividirmos o período de governo PSD/CDS e “troika” em dois subperíodos (1ºTrm.2011/3ºTrim.2012, e 4º Trim.2012), concluímos que se verificou no 4º Trimestre de 2012 uma aceleração brutal quer do desemprego quer da destruição de emprego. No período que vai do 1º Trim.2011 ao 3ºTrim. 2012, a taxa de desemprego oficial aumentou, em média, 0,6 pontos percentuais por trimestre (desemprego real subiu 1 ponto percentual por trimestre), e a destruição de emprego atingiu, em média, 388 empregos por dia; mas no 4º Trimestre de 2012 a taxa de desemprego oficial aumentou 1,1 pontos percentuais apenas num único trimestre (a real subiu 1,6 pontos percentuais), e a destruição de emprego atingiu, em média, 1353 empregos por dia, ou seja, 3,5 mais do que o verificado no subperíodo anterior. E não se pense que são apenas estes dois indicadores – desemprego e destruição de emprego – que revelam uma aceleração do agravamento da crise económica e social do país. O INE tem divulgado já em 2013 um conjunto de informação sobre os vários setores mais importantes da economia e sociedade portuguesa – industria, serviços, investimento, rendimentos, etc. – que confirmam o agravamento da crise económica e social. Mesmo as exportações, em que assentava a recuperação fictícia do governo e da “troika”, aumentaram apenas 1% no 4º Trimestre de 2012, tendo-se verificado num só ano – 2012- uma redução do índice do custo do trabalho em 14,9%, tendo os custos salariais diminuído 16,1% segundo o INE, o que revela uma redução brutal nos rendimentos dos trabalhadores.

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O País aguenta uma banca privada? – Vasco Cardoso

24 Quinta-feira Jan 2013

Posted by cduarouca in Economia, Governo, PCP, Política, Portugal, UE

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banca privada, Banif, BCP, BPI, BPN, BPP, Estado Social, Passos Coelho, PPP, PR, PS

Num momento em que se discute, ou melhor, se afirma de forma massacrante que o País não comporta o Estado social, que para não aumentar mais os impostos é urgente cortar na despesa; que há escolas, creches, hospitais, juntas de freguesia, estradas, tribunais, teatros e museus a mais; que há que reduzir funcionários públicos e acabar com os que, na preguiça, vivem à conta de subsídios, há que perguntar se o País aguenta manter uma banca privada. É que a brincadeira tem saído cara!

A recente decisão de entregar mais de 1100 milhões de euros de recursos públicos ao BANIF (pouco antes tinham sido o BCP e o BPI em cerca de 5 mil milhões), foi apenas mais uma, de muitas outras que revelam ao serviço de quem está o Estado, e por maioria de razão, ao serviço de quem estão os brutais sacrifícios, toda a exploração e empobrecimento impostos ao povo português.

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Às eleições! – Henrique Custódio

18 Sexta-feira Jan 2013

Posted by cduarouca in Governo, Nacional, Sociedade

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Ângelo Correia, CDS, Passos Coelho, PPD, PSD

Numa coisa há hoje unanimidade em Portugal: toda a gente malha, à uma, no Governo Passos Coelho e na sua santíssima Tríade – Passos, Gaspar e Relvas.

Imagine-se que até já veio a terreiro Ângelo Correia, o longínquo governante PPD da «insurreição dos pregos» e, nos últimos anos, uma espécie de «tutor» da carreira de Passos Coelho (a começar no seu 1.º emprego como «gestor», quase aos 40 anos, no «universo empresarial» do desenvolto Ângelo). Pois o Ângelo chegou-se à RTP2 e disse: «Eu fiz as contas e pago sete meses de trabalho, do meu salário, ao Estado. Eu trabalho para o dr. Gaspar, não trabalho para mim e a minha família». E para que ficasse vincado o seu novíssimo repúdio, acusou Passos e Portas de «falta de estudo», considerou «imperativa» uma remodelação do Governo, mas, todavia, «não acredita» que haja gente disposta a integrá-lo. Enfim, o regresso da famosa argúcia do Ângelo.

Mas antes dele já todos malharam, desde consignadas cabeças do PSD e do CDS a todos os partidos da oposição, passando pela generalidade dos comentadores em jornais e televisões – com destaque para os que se espojavam em terreiro a vitoriar o «novo paradigma» nacional prometido por Passos.

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O Orçamento de Estado é inconstitucional e não deveria ter sido promulgado

02 Quarta-feira Jan 2013

Posted by cduarouca in Governo, Nacional, PCP, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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Cavaco Silva, CDS, inconstitucional, OE, Passos Coelho, Portas, PSD

Intervenção de Carlos Gonçalves, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, Lisboa

Em reacção à mensagem de Ano Novo do Presidente da República, o PCP considera que, com a promulgação por Cavaco Silva do Orçamento de Estado 2013 «gravemente inconstitucional», este ano começará com o incumprimento pelo Presidente da República do seu juramento de cumprir e fazer cumprir a Constituição da República.

O futuro e os provérbios – Filipe Diniz

27 Quinta-feira Dez 2012

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Cavaco Silva, Desemprego, Eurostat, Passos Coelho, troikas

Nesta altura do ano a esmagadora maioria dos portugueses não só tem que fazer face a situações em tantos casos aflitivas como ainda tem que aturar as “mensagens de Natal” de Cavaco e do governo.

E se do lado de Cavaco não houve lata para mais do que exprimir o equívoco desejo de “um 2013 tão bom quanto for possível”, da parte de Passos Coelho a mensagem justifica mais algum comentário. Começando pelo extraordinário lapso de a criatura se ter referido sistematicamente ao próximo ano como 2012. No rumo retrógrado em que se encontra empenhado e que as troikas comandam o futuro está sempre atrás, em marcha forçada até ao 24 de Abril.

Depois, pela tosca hipocrisia com que falou em “estruturas e instituições que não permitem aos portugueses realizar o seu potencial”; “em “democratização da economia”; em reformas “de baixo para cima”; em “cada português construir o seu futuro”. Tosca demagogia, mas também espessa incultura, que certamente desconhece António Aleixo: “Vós que lá do alto império/ proclamais um mundo novo/ calai-vos que pode o povo/ querer um mundo novo a sério”. Porque quando o povo português quiser, tomará efectivamente o futuro nas próprias mãos, democratizará a economia, construirá a sociedade que permitirá, a todos e a cada um, realizar verdadeiramente todo o seu potencial.

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AS VIRTUDES DA POBREZA – Francisco Gonçalves

23 Sexta-feira Nov 2012

Posted by cduarouca in Arouca, Francisco Gonçalves, Governo, Sociedade

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BPN, CDS, falta de medicamentos, fome, Isabel Jonet, miséria, Passos Coelho, Portas, PPP, PSD, SLN, Troika

franciscoNo início deste mês estalou uma polémica, a propósito das declarações de Isabel Jonet, acerca das potencialidades do processo de empobrecimento em curso enquanto veículo de retorno às questões essenciais da vida. Esta tese – da purificação do carácter por via da causticação do bem-estar – encontrámo-la, também, no espírito, por vezes na letra, de muitos discursos do ministro Gaspar – apelidado, há dias, de salazarento por um jovem deputado do PS.

Esta apologia das virtudes da pobreza incomoda-me solenemente. Incomoda-me porque remete para a memória dos tempos do António do Chapéu Preto, o apogeu do “luso-fatalismo”, e da frase síntese da (ausência de) ambição do “Estado Novo”, o nosso fascismo real, – Somos pobres mas temos uma grande história.

Incomoda-me, ainda, pelo embuste intelectual de chavões como: “vivemos acima das nossas possibilidades”; “não há dinheiro para o Estado Social”; “temos que refundar o Estado”. Estes  chavões ignoram, propositadamente, algumas questões centrais: quanto perdemos em competitividade com a adesão ao euro?; porque é que só nacionalizámos o BPN (o prejuízo) e não a Sociedade Lusa de Negócios (o lucro)?; porque é que não há dinheiro para as funções sociais do Estado e há para as rendas (PPP de vário formato) e para os juros da dívida à troika?

Incomoda-me, também, porque sou sensível ao conceito da frugalidade como conduta para a vida e, até, à necessidade da contemplação que nos propõe José Mattoso no seu último livro. Percebo-o como materialista, Epicuro referia: “o prazer é o início e o fim de uma vida feliz”, mas vivido à luz da “auto-suficiência”,  da sua satisfação pelas “coisas comuns” da vida. Porém, as consequências do processo de empobrecimento em curso (miséria, fome, falta de medicamentos, de assistência médica, de instrução e de cultura…) nada têm a ver com isto. Não se pode confundir viver com sobreviver.

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Eles têm medo – Anabela Fino

18 Quinta-feira Out 2012

Posted by cduarouca in Governo, PCP, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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anti-comunismo, Fancisco Van Zeller, Passos Coelho, Vitor Gaspar

A história não se repete, como se sabe, mas imita muito bem. Num curto espaço de tempo, enquanto o País reagia com estupor e indignação à proposta de Orçamento do Estado para 2013, um professor que não é de Coimbra mas que acredita estar destinado a salvar as finanças nacionais, um cardeal que não é cerejeira mas é da mesma cepa, e um empresário que é muito democrata mas nunca se deu mal com o fascismo, vieram dizer ao «bom povo português» – numa linguagem e evocando «valores» semelhantes quanto baste aos cultivados durante quase meio século pela ditadura fascista – que tem de engolir até à última gota a taça de cicuta prescrita pelas altas instâncias para lhe tratar da saúde.

A mensagem, transmitida com nuances, teve ainda uma outra característica: desenterrou o anti-comunismo primário e voltou a agitá-lo como um papão.

O primeiro a fazê-lo foi o primeiro-ministro, que após uma mal sucedida incursão pelas «conversas em família» de triste memória optou pela tribuna do Parlamento para tentar convencer os portugueses da excelência da sua governação. Foi aí, manifestamente incomodado por o que se diz sem rebuço nas ruas ecoar também nas vetustas paredes da Assembleia, que Passos Coelho acusou o PCP de instigar à violência ao classificar de roubo o que de facto é um roubo.

Já o ministro das Finanças, com o tom melífluo que o caracteriza, deixou clara a sua «compreensão» para com alguns protestos mas não todos, evidentemente. Sair à rua a convite de redes sociais e gritar ordeiramente uns impropérios para aliviar a bílis até ajuda a diminuir a pressão, mas fazê-lo em resposta ao apelo dos sindicatos já é outra conversa. Até Gaspar sabe, lá do seu gabinete, que é a luta organizada dos trabalhadores e do povo que corrói os alicerces do poder do capital.

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E, de repente, a vida mudou a 12 de Maio. . . Álvaro couto

14 Segunda-feira Maio 2012

Posted by cduarouca in Arouca, Álvaro Couto, Sociedade, Trabalhadores

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12 de Maio, Desemprego, desfile, manifestação, marcha, Passos Coelho, Porto, Vitor Gaspar

O País até está parvo. É o caso da Maria e, talvez, de mais milhão e meio de portugueses que, como ela, se encontram desempregados.

A Maria que, até sexta-feira passada, apenas se sentia inútil e maltratada. Que se sentia, apenas, vazia. Que andava, apenas, abatidíssima. Agora, também ela não quer acreditar. Há uns meses, regressara a casa dos pais, em Arouca. Com ela veio o filho e o marido, também ele desempregado. A sobrevivência desta gente vem da pequena horta caseira e dos cerca de 350 euros mensais da reforma de seu pai. O subsídio já se foi e, todas as semanas, ela cambaleia, durante horas, na fila do Centro de Emprego, onde estão, o Manel, marido, e o Zé, cunhado, igualmente desesperados. O funcionário, incomodado, todas as vezes explica-lhes que não, que não há trabalho, o que os faz sempre regressar a casa, profundamente deprimidos.   Assim têm passado os dias neste último ano e meio. Só lhes restava  ficar parvinhos de todo. Foi o que lhes aconteceu, ontem, via TV.

 A família estava como todas as noites, à hora certa preparava-se para o último traumatismo do dia.   Ligou a televisão para ver e ouvir os telejornais. Com Victor Gaspar a abrir, ainda pior! Que ferro, este homem! Maria sempre o achara arrogante e antipático. Nunca o tinha visto como gente. Contudo, ontem, embora ela não escutasse o espanto de uma vida, até concordou com ele, quando o ouviu dizer – «a satisfação de vida de um desempregado não se recupera».

É então que, logo depois, à esquina de outra notícia, surge, sorrindo docemente, Passos Coelho. Toda a família votou nele nas últimas eleições, mais do que por qualquer outro motivo, como castigo ao Sócrates, já que foi ele que lhes abriu as portas do desemprego. Eles esperam ouvir do primeiro-ministro qualquer coisa cintilante e encorajante. Talvez um: «Há que apertar agora o cinto até virem melhores dias!». Talvez mesmo um: «Caramba! Em Portugal poucos se queixam, o povo está connosco! Os portugueses estão a dar uma lição de anatomia social ao mundo!. . .»

Nada disso. Febril, ao acaso, Passos dispara:    

– O desemprego não pode ser considerado como negativo, mas antes como uma oportunidade para mudar de vida!

Para Maria, que vinha de deitar a sopa no prato do filho, isso suscitou-lhe, ali mesmo, na televisão, no CCB da cavaqueira e da intrigalhada entre burgueses, uma profunda indignação.

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Governo & troika dizem-se “surpreendidos” com o aumento do desemprego – Eugénio Rosa

09 Quarta-feira Maio 2012

Posted by cduarouca in Economia, Eugénio Rosa, Europa, Governo, Nacional, Notícias, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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Cavaco Silva, CDS, Desemprego, Passos Coelho, PSD, Troika

– Gigantesca campanha de manipulação da opinião pública

Nos últimos dias, após a divulgação pelo Eurostat dos dados sobre o desemprego que revelaram que em Março de 2012 o desemprego em Portugal tinha subido de novo significativamente, o governo e os seus “amigos” da “troika”, assim como os defensores do pensamento económico neoliberal dominante nos media multiplicaram-se em declarações. Manifestaram a sua surpresa pelo aumento do desemprego, como isso não fosse o resultado inevitável da política de austeridade violenta e de cortes brutais na despesa pública que estão a impor aos país. Um autêntico coro de “lágrimas de crocodilo” com o objectivo desresponsabilizarem-se e de enganar os portugueses. É mais um exemplo de uma campanha gigantesca de manipulação da opinião pública que, infelizmente, muitos jornalistas e os maiores media se prestaram não divulgando opiniões contrárias

O DESEMPREGO TEM AUMENTADO DE UMA FORMA CONTINUA DESDE A VINDA DA TROIKA 

O quadro seguinte, construído com dados oficiais, mostra a variação do desemprego oficial, do desemprego efectivo, e dos desempregados a receber subsídio de desemprego desde que “troika” estrangeira” impôs a Portugal a terapia de choque ultraliberal contida no “Memorando”.

Desde que Portugal assinou com a troika o “Memorando de entendimento”, e desde que a politica contida nesse “Memorando” começou a ser aplicada pelo governo submisso do PSD/CDS, e pelo seu ministro das Finanças que, como Salazar, apenas vê o défice, o desemprego começou a crescer a um ritmo elevado. Em Março de 2012, o desemprego oficial atingiu 842.495 e o desemprego efectivo, que inclui os “inactivos disponíveis” e o “subemprego visível” (desempregados que não procuraram emprego ou que fazem pequenos biscates para sobreviver e que, por isso, não são considerados nos números oficiais de desemprego), atingiu 1.232.195 portugueses (a taxa efectiva de desemprego já era 21,6%). Desde Dezembro-2011, a taxa de desemprego tem aumentado a um ritmo de 0,43 pontos percentuais por mês o que determinará, se tal ritmo se mantiver, que no fim de 2012, o desemprego oficial atinja 19,8%, e o desemprego efectivo 26,8%, o que corresponde a 1.530.000 desempregados, um valor insustentável para o país, mas a consequência inevitável da política de destruição da economia e da sociedade portuguesa em curso.

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Caçada ao Homem em Portugal – Álvaro Couto

19 Quinta-feira Abr 2012

Posted by cduarouca in Agricultura, Arouca, Álvaro Couto, Governo

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BCE, FMI, funcionários Públicos, Juan Carlos, Passos Coelho, presas, safari, troika hunting, Ue

Botswana. Meio-dia. Um simba, no topo da árvore, tronco nu e pé descalço, vigia, na savana, a manada cinzenta.

De súbito, louco de fúria, colossal, abanando as orelhas e soltando urros, irrompe, no vasto panorama africano – o elefante. Ele.

A arraia míuda zoológica, espalhada por entre o capim, meia adormecida sob o sol escaldante, foge, desconcertada, sob a carga monstruosa, surrealista, do elefante.

É então que começam a despontar, dos jeep’s, de caçadeira de dois canos, camisa de linho branco, calção e colete, capacete de cortiça de fita de pantera, com mais carregadores simbas atrás, – os caçadores. Entre eles, o rei de Espanha, D. Juan de Bourbon, e uma amazona baronesa.

Os caçadores aristocratas visam o corpo formidável da fera e crivam-no de balas blindadas, que abrem, no couro da pele, na massa da carne, buracos por onde cabem punhos. Caem, na savana, toneladas de elefante.

A espingarda mais certeira galga para o costado da fera. Um simba, que vinha de carregador, ajoujado de caixas, dispara, ao sol, a máquina fotográfica.

Poucos minutos depois, regista-se um acidente com algumas consequências graves para D. Juan. Este tropeça na amazona, cai em cima dela e fractura uma perna. Por sorte, a amazona não se aleija e consegue mesmo transportá-lo para um hospital local, a fim de ser radiografado. Sendo grave, o monarca segue, de urgência, para o seu país, onde é submetido a uma intervenção cirúrgica.

A fotografia do simba, entretanto, aparece em tudo o que é jornal e televisão. Rebenta então o escandâlo – mundial e doméstico. Alguns dias depois, o rei sai do hospital e, publicamente, pede desculpa aos espanhóis pela sua furtiva caçada africana em tempos de austeridade castelhana. Para lá das portas do palácio da Moncloa, promete à rainha Sofia  que, com ou sem austeridade, acabaram as suas aventuras com as amazonas baronesas.

Este caso propôe à meditação um novo tipo de relações entre a aristocracia, o desporto da caça e estes tempos de austeridade.

As medidas de austeridade na Europa e o que se passou no Botswana, entre as casacas escarlates espanholas, simbas e um elefante, abre, também, caminho a situações poderosamente espectaculares em Portugal.

De travesti em travesti, de país em país, estamos, nestes tempos de austeridade, em plena caça ao homem. Sobretudo aos europeus. Entre estes, a caça ao português é a mais poderosamente exótica. Porque, afinal, em vez do elefante, de pata grossa, tromba e dente gigantes, e um reformado, um desempregado, talvez mesmo um funcionário público português – a caça ao homem em Portugal é muito mais emocionante.

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À deriva – Henrique Custódio

13 Sexta-feira Abr 2012

Posted by cduarouca in Arouca, Economia, Educação, EUA, Europa, Governo, PCP, Política, Portugal, Saúde, Sociedade

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A BANCA, CDS, crise, Passos Coelho, Portas, PSD, sub prime

O Governo de Passos Coelho parece já andar à deriva, tantas são as gaffes, os desmentidos e as decisões contraditórias. Para percebermos a situação, há que recuar.

A actual «crise» capitalista emergiu com a «crise do sub-prime» nos EUA, que desembocou, de imediato, na canalização de rios de dinheiro dos povos para tapar o «buraco» – tão desmedido como insondável – aberto pela especulação mundial sem freio.

Deste desastre capitalista não resultou a mínima consequência para os seus responsáveis – os grandes especuladores financeiros das Bancas e das Bolsas –, chegando-se ao desplante de reconduzir nos seus altos cargos (e remunerações) a generalidade dos banqueiros responsáveis que, exibindo a sua fibra, a primeira coisa que fizeram, após «recondução», foi abotoarem-se com mais uma data de milhões para si próprios.

Milhões, diga-se, directamente extorquidos aos respectivos povos em forma dos tais rios de dinheiros públicos canalizados para que o sistema «não entrasse em colapso».

Para tal, reconduziu-se os que… têm levado o «sistema» a esse colapso.

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Os atingidos pela austeridade são os que menos têm – Eugénio Rosa

10 Terça-feira Abr 2012

Posted by cduarouca in Eugénio Rosa, Governo, Nacional, Notícias, PCP, Política, Sociedade, Trabalhadores

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austeridade, CDS, Eurostat, FMI, Passos Coelho, PSD, RSI

– Governo pretende reduzir o subsídio de doença para 55% e os subsídios de maternidade, paternidade e adopção de 14% a 25% 
– Diminuição no RSI chega a atingir 40%

No discurso de encerramento do congresso do PSD, Passos Coelho afirmou que o seu governo preocupava-se com os mais pobres, e essa preocupação encontrava-se concretizada na politica de austeridade do seu governo, procurando assim fazer crer à opinião pública que os mais atingidos com essa politica seriam as classes de rendimentos mais elevados. Infelizmente, o 1º ministro, repetindo uma prática que se está a tornar habitual, não falou verdade mais uma vez. 

Segundo um estudo divulgado pela própria Comissão Europeia, entre um conjunto de seis países mais atingidos pela política de austeridade (Portugal, Irlanda, Grécia, Estónia, Espanha e Inglaterra), Portugal era um dos poucos países onde a austeridade estava a ser aplicada de uma forma desigual, já que os pobres tinham sofrido uma redução de 6% no seu rendimento disponível, enquanto os ricos tinham registado uma diminuição de apenas 3%, ou seja, metade da redução das classes mais pobres da população; portanto, o contrário do afirmado por Passos Coelho. 

De acordo com o Eurostat, a taxa de desemprego oficial atingiu em Portugal, em Fevereiro de 2012, 15%, o que significa que 826.000 portugueses estavam oficialmente no desemprego. As estatísticas divulgadas pela Segurança Social revelavam que, no mesmo mês, apenas 350.693 desempregados (42,5% daquele total) é que recebiam subsídio de desemprego. Por outro lado, segundo o Banco de Portugal o emprego diminuirá no país, durante 2012, 3,6%, o que significa a destruição de 170.000 postos de trabalho. Apesar da gravidade desta situação, o governo PSD/CDS aprovou uma alteração a lei do subsídio de desemprego, que entrou em vigor em 1 de Abril, a qual reduz a duração do período em que o desempregado tem direito ao subsídio de desemprego, sendo a redução de um ano (passa de 900 dias para apenas 540 dias: ver quadro 1) para os desempregados com mais de 50 anos de idade, precisamente aqueles que têm maiores dificuldades em arranjar novo emprego, e o valor do subsidio de desemprego, ao fim de 6 meses, diminui em 10%. E isto apesar do valor médio do subsidio de desemprego ser, actualmente, apenas de 504 €. E Passos Coelho ainda tem o descaramento de afirmar que o seu governo preocupa-se com os portugueses que menos têm, e que estão a passar maiores dificuldades. 

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Governo anuncia a continuação do roubo aos trabalhadores e ao povo

05 Quinta-feira Abr 2012

Posted by cduarouca in Economia, Governo, Nacional, Notícias, PCP, Política, Sociedade, Trabalhadores

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Bernardino Soares, Passos Coelho, subsídio de férias, subsídio de natal

Declaração de Bernardino Soares sobre as declarações do primeiro-ministro, de que o subsidio de natal e de férias só será reposto em 2015.

Governo quis cortar um feriado mas perdeu a batalha – Miguel Tiago

22 Quarta-feira Fev 2012

Posted by cduarouca in Nacional, PCP, Política, Trabalhadores

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14% desemprego, BCE, carnaval, CDS, entrudo, FMI, Passos Coelho, piegas, PS, PSD, Troika, Ue

Sra Presidente
Srs Deputados

O Governo quis fazer o papel de bom aluno da troika e cortar o carnaval aos portugueses mas perdeu essa batalha. O Governo quis tirar mais um feriado aos trabalhadores portugueses, mas o país demonstrou que não é um fantoche na mão do Governo e que não está disposto a acatar as ordens de quem se quer impor perante o povo, mas nunca levanta a voz perante a troika.

O Governo não deu tolerância de ponto, mas foi feriado em Portugal.
Por todo o país, nas autarquias, nos transportes públicos, na CP, no Metro, RTP, na TAP, na ANA, CTT, Imprensa Nacional, na Águas de Portugal, em muitos hipermercados e outras empresas, as portas estiveram fechadas ou o trabalho foi organizado e pago como perante um feriado, como aliás, o é a Terça-Feira de Carnaval em muitos contratos colectivos de trabalho.

O Governo perdeu a batalha e foi ainda o alvo do escárnio típico de uma altura carnavalesca, que trouxe ao entrudo a luta e a revolta de um povo que, tendo um Governo vergado, não quer seguir-lhe os passos. Essa batalha perdeu também a Assembleia da República com a decisão da Srª Presidente (apoiada pelo PSD, CDS e PS) ao se colocar a reboque do Governo e na contramão do país.

O país seguiu os corsos em luta e protesto demonstrando que o Governo deveria estar mais preocupado com os mais de 1 milhão e 200 mil portugueses que não podem trabalhar porque estão no desemprego do que com aqueles que gozam o feriado de carnaval.

Outras batalhas perderá o Governo se persistir neste caminho da arrogância típica de quem se mostra muito forte perante o povo, mas sempre muito servil ante os senhores do dinheiro.

A situação em que o país se encontra, a degradação acentuada da qualidade de vida dos portugueses, a desvalorização dos salários, os roubos nos subsídios, o alastramento da pobreza, o crescimento galopante do desemprego, agravado pelo vasto desemprego entre jovens, o aprofundamento da recessão económica são elementos que ilustram o resultado de anos e anos de políticas de direita, protagonizadas ora pelo PS, ora pelo PSD, com ou sem o prestável amparo do CDS

Porém resulta da reunião de ontem com a troika que, para estes senhores, estes técnicos do FMI, BCE e CE, tal como PS, PSD e CDS, não são as opções de desmantelamento do aparelho produtivo, a corrupção, a privatização de todas os sectores fundamentais da nossa economia, a destruição das pescas, da agricultura e da indústria, a concentração da riqueza, a reconstituição dos monopólios que representam um perigo.

Não, o que representa um perigo é a luta das populações, a luta dos trabalhadores, o levantamento espontâneo mas esclarecido daqueles que empobrecem a trabalhar ou que estão no desemprego.

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Jerónimo de Sousa em Arouca

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