
A Comissão Coordenadora da CDU – Arouca procedeu à análise dos resultados eleitorais das Autárquicas 2013, realizadas na 29 de Setembro, da campanha eleitoral e das perspectivas para o trabalho futuro, cujo teor, de seguida se apresenta.
RESULTADOS – NACIONAIS E REGIONAIS
1 – Os resultados verificados demonstram uma clara derrota dos partidos do governo e da sua política. Mais de 350.000 votos brancos ou nulos, cerca de 800.000 votos a menos nos partidos da troika (PS, PSD e CDS), 550.000 no caso do PSD e do CDS, e um crescimento da CDU em votos, percentagem e presidências de câmara confirmam este cenário de descrédito na política da troika, de punição dos seus responsáveis e de reforço daqueles que, também no poder autárquico, rejeitam o Memorando da Troika e defendem uma política alternativa, patriótica e de esquerda.
2 – A CDU cresceu em votos – de 539.694 para 552.805 nas Câmaras Municipais e de 587.970 para 599.032 nas Assembleias Municipais -, em percentagem, nos dois dígitos, – de 9,8% para 11,1% nas Câmaras Municipais e 10,6% para 12,0% nas Assembleias Municipais –, e em número de presidências de Câmara – de 28 para 34, perdendo 4 e conquistando 10 -, algumas delas com particular significado como são os casos de Évora, Beja, Loures, Grândola e Silves.
3 – Crescimento este também sentido na nossa região, no caso da Área Metropolitana do Porto com a eleição de vereadores no Porto, em Matosinhos, na Maia, em Valongo e em Gondomar e no distrito de Aveiro com a eleição de 14 deputados municipais (Espinho, Ovar, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Estarreja, Aveiro, Ílhavo, Águeda, Mealhada), mais 4 que em 2009, e 22 eleitos para as Assembleias de Freguesia, mais 6 que em 2009. Em tese, caso se tratassem de eleições legislativas, os 18.125 votos (5,1%) registados no distrito de Aveiro possibilitariam a eleição de um deputado da CDU.
4 – O crescimento da CDU é factor de confiança para a luta mais imediata, o Orçamento de Estado para 2014, e, principalmente, para a luta pela demissão do (de um) governo (que não só não respeita a Constituição, como sistematicamente a afronta) e o subsequente e necessário processo de construção de uma alternativa ao Memorando da Troika ou ao seu substituto, chame-se ele “Segundo Resgate”, “Programa Cautelar” ou outra coisa qualquer.
RESULTADOS – AROUCA
5 – Também em Arouca os resultados verificados confirmam o descontentamento e mal estar da população, diminuição de votantes, de 71,7% para 66,3%, aumento dos votos nulos e brancos, de 477 em 2009 para 730 em 2013 e diminuição de votos nos partidos da troika, de 13.720 votos em 2009 para 11.659 em 2013. Mas em Arouca dois factores locais tiveram forte impacto nos resultados finais – a não ida a votos da UPA e a punição do eleitorado ao CDS, pelo comportamento ausente do deputado municipal Paulo Portas.
6 – Destes factores nacionais e locais resultou para a Câmara Municipal uma clara maioria absoluta do PS – Artur Neves , crescendo em percentagem (de 58,5% para 59,5%), perdendo contudo votos (de 8.985 para 8.248), um crescimento do PSD em percentagem (de 19,7% para 28,4%) e votos (de 3.022 para 3.931), uma quebra assinalável do CDS em votos (de 1482 para 726) e percentagem (de 9,7% para 5,2%), um crescimento da CDU em votos (de 256 para 390) e percentagem (de 1,7 para 2,8).
7 – No caso da Assembleia Municipal, o PS cresceu em votos (de 5.704 para 6.652) e percentagem (de 37,2% para 48,0%), o PSD cresceu em percentagem (de 17,7% para 36,4%) e votos (de 2712 para 5.042), o CDS esvaziou-se em votos (de 5.304 para 965) e em percentagem (de 34,6% para 7,0%), a CDU cresceu em votos (de 270 para 478) e em percentagem (de 1,8 para 3,5).
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