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BCE, Berlusconi, CE, China, crise económica, dívida pública, economistas, EUA, Europa, falsas evidências, India, Manifesto dos Economistas Estarrecidos, Mercados Financeiros, Merkel, modelo social europeu, PE, Rússia, sarkosy, sub prime
Passados mais de 2 anos do momento simbólico de deflagração da crise económica actual, a realidade dos países e economias afectadas ao redor do mundo é bastante discrepante. Em meados de Setembro de 2008, a situação das instituições financeiras norte-americanas revelava-se insustentável. A partir da quebra do banco Lehman Brothers, verifica-se uma espécie de efeito-dominó sobre um conjunto de instituições bancárias e de crédito naquele país. É a chamada crise do “sub-prime”, fortemente afectada pelo mercado hipotecário do sector imobiliário e da construção civil.
Os bancos estavam completamente sem lastro em suas operações de empréstimo, os preços dos imóveis viviam um fenómeno de alta de preços irreal e insustentável no longo prazo – a chamada bolha artificial do mercado de imóveis.
No entanto, em função das características do mercado financeiro altamente globalizado, os efeitos da crise nos Estados Unidos logo se fizeram sentir em outras regiões do planeta, como a Europa, a América Latina, a Ásia e África. Tendo iniciado apenas na esfera financeira, logo as consequências da crise vieram também para o chamado sector real, com efeitos sobre a produção de bens e serviços, o nível de emprego, o ritmo de consumo, a dinâmica do comércio internacional (exportações e importações) e sobre a capacidade fiscal dos Estados. Em resumo, a recessão surgiu não apenas como uma ameaça, mas também como uma realidade a ser enfrentada de forma urgente. Continuar a ler