As comemorações oficiais do 10 de Junho tresandaram a bafio. Nas palavras do senhor Presidente Cavaco, em algumas das figuras condecoradas, no discurso de António Barreto e na sua declaração de guerra contra a Constituição de Abril.
1. Com razão ou sem ela, aquela festa pareceu-me desenterrada de tempos distantes. Era, em Castelo Branco, a celebração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, e muito apeteceu homenagear o poeta indo a «Os Lusíadas» recordar as estrofes em que ele denunciou que «leis em favor do rei se estabelecem / as a favor do povo só perecem». Ou umas outras: «Fazei, Senhor, que nunca os admirados/ Alemães, Galos, Ítalos, Ingleses / Possam dizer que são para mandados/ Mais que para mandar, os Portugueses». Continuar a ler →