A Cassete: “Defender as Pescas”
13 Segunda-feira Jun 2011
13 Segunda-feira Jun 2011
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O novo director do Jornal de Notícias enviou uma carta a vários colunistas. Entre os dispensados, estão Honório Novo, Oscar Mascarenhas e Alice Vieira. Numa prosa tão íntima como ridícula, Manuel Tavares enviou o mesmo texto – só alterou o nome dos destinatários – para todos: “E porque esta não é uma despedida, gostaria que continuasse a considerar o JN como a sua casa e que sempre que lhe aprouvesse abrisse a porta e me viesse visitar. Sem ter de se anunciar, que é o modo de receber os amigos”.
Manuel Tavares justifica-se com a necessidade “de um jornalismo e de um jornal mais próximo das nossas gentes sem deixar de olhar todos os horizontes”. Fica a dúvida sobre quem serão as “gentes” do director do JN. Porque, na verdade, com a perda destes colunistas, desaparece uma boa parte da opinião dissonante e que estava mais próxima das nossas gentes e não das gentes de Manuel Tavares.
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in 5 dias.net
13 Segunda-feira Jun 2011
13 Segunda-feira Jun 2011
Posted António Vilarigues, Legislativas 2011, Nacional, Notícias, PCP
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1. Nunca um Presidente da República (PR) no pós 25 de Abril de 1974 tinha ido tão longe. Em mais de 40 eleições foi a primeira vez que um supremo magistrado da nação apelou descaradamente ao voto numa determinada política. Fê-lo através de uma «mensagem ao País», no chamado «dia de reflexão». Fê-lo com base na insistência da escolha sobre «quem vai governar». Fê-lo promovendo os que se identificam com a direita dos interesses e os interesses da direita.
Mas o PR foi ainda mais longe. Afirmou, categórico, que os cidadãos que não fossem votar «não têm depois autoridade para criticar as políticas públicas». E acrescentou: «Só quem vota poderá legitimamente exigir o melhor do próximo Governo». Lê-se e não se acredita! De uma penada só exorbitou os poderes que a Constituição da República Portuguesa lhe confere. Constituição que, sublinhe-se, ele jurou cumprir e fazer cumprir. Continuar a ler
13 Segunda-feira Jun 2011
Posted A Cassete, PCP, PEV, Sociedade, Trabalhadores
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13 Segunda-feira Jun 2011
Posted Economia, EUA, Internacional, Noam Chomsky
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1º de Maio, capitalismo, direitos dos trabalhadores, feriado dos trabalhadores internacionais, trabalhadores
Há uma década, foi cunhada pelos activistas laborais italianos em honra do 1º de Maio uma palavra útil: “precariedade”. Referia-se, de início, à população trabalhadora “à margem”.
Na maior parte do mundo, o dia 1 de Maio é um dia feriado dos trabalhadores internacionais, ligado à amarga luta dos trabalhadores americanos do séc. XIX pela jornada de trabalho de oito horas. O 1º de Maio passado leva-nos a uma sombria reflexão.
Há uma década, foi cunhada pelos activistas laborais italianos em honra do 1º de Maio uma palavra útil: “precariedade”. Referia-se inicialmente à cada vez mais precária existência da gente trabalhadora “à margem” – mulheres, jovens e imigrantes.
Logo de seguida, ela foi alargada e aplicada ao crescente “precariado” no núcleo da força laboral, o “proletariado precário” que sofria os programas de des-sindicalização, flexibilização e desregulação que formam parte do ataque contra a força de trabalho em todo o mundo.
Nessa altura, inclusive na Europa, havia uma preocupação crescente sobre aquilo a que o historiador do trabalho Ronaldo Munck, citando Ulrich Beck, chama a “brasileirização do Ocidente” “… a proliferação do emprego temporário e sem segurança, a descontinuidade e relaxamento das normas nas sociedades ocidentalizadas, que até então tinham sido bastiões do pleno emprego”. Continuar a ler
13 Segunda-feira Jun 2011
13 Segunda-feira Jun 2011
Posted Legislativas 2011, Nacional, Política
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Beja, CDS, pudor, Sílvia Ramos, vergonha
Honra a Sílvia Ramos, presidente da distrital de Beja do CDS-PP, que, animada do indomável espírito que levou os seus e nossos antepassados a dar novos mundos ao Mundo, desassombradamente descobriu (pôs a descoberto) o combustível secreto que move os barulhentos motores dos aparelhos partidários em direcção ao poder.
Como, à vista de uma nau espanhola carregada de ouro das Índias Ocidentais, o capitão de um navio flibusteiro gritando à equipagem do alto do mastro da mezena: “À abordagem!”, Sílvia Ramos subiu às alturas da Rádio Pax apontando aos militantes centristas o vibrante e prometedor caminho do espólio pós-eleitoral: “Este é o momento (…) de correr atrás de lugares!”. Porque os militantes do CDS-PP, os de Beja incluídos, têm direito (para isso trabalharam “dois anos em constante mobilidade pelo distrito e em várias áreas”) àquilo que a sua dirigente chama “devidos lugares”. Continuar a ler