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Enquanto Barack Obama continua a sua ridiculamente super-elogiada volta à Europa, o brilho dos média não consegue disfarçar a renovada ambição imperial dos agressores ocidentais da Líbia.
Quando a Grã-Bretanha perdeu o controlo sobre o Egipto em 1956, o primeiro-ministro Anthony Eden disse que queria o presidente nacionalista Gamal Abdel Nasser “destruído…assassinado. … e estou-me nas tintas se houver anarquia e caos no Egipto.” Esses árabes insolentes deviam ser lançados “no esgoto de onde nunca deviam ter saído”, foi também a recomendação de Churchill em 1951.
A linguagem do colonialismo pode ter-se modificado, mas o seu espírito e a sua hipocrisia são os mesmos. Está a desenrolar-se uma nova fase imperial em resposta directa ao levantamento árabe que tanto chocou Washington e a Europa, provocando um pânico idêntico ao de Eden. A perda do tirano egípcio Hosni Mubarak foi séria, ainda que não irrecuperável: está em curso uma contra-revolução apoiada pelos EUA, à medida que o regime militar do Cairo vai sendo seduzido com luvas e o poder muda das ruas para os grupos políticos que nem estiveram no início da revolução. O objectivo ocidental, como sempre, é acabar com a democracia autêntica e tomar o controlo.
Roubar e bombardear