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Do Portugal de Abril já pouco resta: o que os trabalhadores e o povo conquistaram nos dois anos do processo revolucionário tem vindo a ser sistematicamente liquidado por 35 anos de política de direita executada por sucessivos governos PS, PSD, CDS.
À democracia avançada de Abril – económica, social, política, cultural, amplamente participada e tendo a independência nacional como referência básica fundamental – sucedeu-se esta ditadura do grande capital que hoje domina Portugal e em que os grandes grupos económicos e financeiros – os que foram sustentáculo do fascismo mais os que entretanto nasceram – se afirmam como donos disto tudo – e, na situação actual, delegam a defesa dos seus interesses na troika ocupante e na troika colaboracionista, as quais, em serviço combinado, prosseguem diligentemente a tarefa de afundar Portugal.
Os níveis de exploração, com as desigualdades sociais que lhe são inerentes, acentuam-se de tal modo que só encontram paralelo nos tempos do fascismo – e o respeito pelas liberdades, direitos e garantias dos trabalhadores e dos cidadãos está cada vez mais distante de Abril e cada vez mais próximo do antigamente.