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«Será preciso muito mais que um magnata supremacista em campanha eleitoral, ou um falcão guerreiro tresloucado, obsessivo e desesperado para não perder o seu emprego, para destruir a obra libertadora iniciada pelo libertador Simón Bolivar e retomada no Século XXI pelo comandante Hugo Chávez». Foi nestes termos que a República Bolivariana da Venezuela reagiu em termos oficiais à nova escalada da Administração norte-americana contra a Venezuela e o seu povo por via de uma ordem Executiva de Trump que eleva ao máximo o bloqueio económico, comercial e financeiro contra a Venezuela.
A decisão dos EUA aprofunda todas as medidas de tentativa de asfixia económica daquele país soberano, com consequências directas em questões como alimentação, fornecimento de medicamentos, água ou energia. Define o congelamento (na prática um roubo) de todos os activos e bens venezuelanos nos EUA, nomeadamente da empresa petrolífera estatal PDVSA e da sua filial, a CITGO. Estabelece um vasto conjunto de sanções contra empresas, entidades e indivíduos venezuelanos. Dá sequência a várias sanções, nomeadamente contra empresas de transporte marítimo, que fazem com que, por exemplo, estejam neste momento bloqueadas cerca de 25 mil toneladas de alimentos no Canal do Panamá. E, à semelhança da famigerada Lei Helms Burton, assume o carácter extraterritorial das sanções (ilegal à luz do direito internacional) visando todas as empresas e indivíduos que mantenham relações, comerciais e outras, com a Venezuela.