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crescer, luta de massas, luta dos povos, luta e confiança, Presidência da República, romper, solidariedade anti-imperialista, valores de Abril
O Comité Central do PCP, reunido a 6 de Outubro de 2015, analisou os resultados das eleições legislativas e o quadro político, económico e social com que os trabalhadores e o povo estão confrontados, bem como o desenvolvimento da luta de massas. Estabeleceu as linhas essenciais da acção e iniciativa política do Partido, bem como para o seu reforço orgânico, para responder às exigências que se colocam para o futuro. Debateu e decidiu a apresentação de uma candidatura às eleições presidenciais de Janeiro de 2016.
I – Romper com o declínio nacional
Amarrado a uma política e a opções subordinadas aos interesses do capital monopolista e da integração capitalista europeia Portugal foi arrastado, ao longo das últimas décadas de governos do PS, PSD e CDS, para o declínio económico, o retrocesso social e a dependência, acompanhados no plano político pelo empobrecimento do regime democrático de que o confronto com a Constituição da República é o elemento mais visível.
É a expressão desta situação que a realidade da vida nacional patenteia com toda a crueza, por mais intensa que seja a propaganda difundida quanto a inventados sucessos e falsos sinais de recuperação. A imensa e poderosa máquina de manipulação e condicionamento ideológicos ao serviço do grande capital pode iludir muitos portugueses mas não conseguirá apagar uma realidade marcada por níveis dramáticos de desemprego e de pobreza, de gritantes e crescentes desigualdades sociais, de negação a milhões de portugueses de condições de vida dignas e de realização dos seus projectos pessoais e profissionais no País que é seu.
A situação para a qual o País foi conduzido por décadas de política de direita é em si mesma a confirmação de que a insistência nessa política de exploração, empobrecimento e injustiças, só poderá levar ao ainda maior agravamento dos problemas nacionais.
Não é com a insistência nas políticas que conduziram Portugal para o abismo económico e social que se inverterá o caminho para o desastre. A solução dos problemas do País exige a ruptura com a política de direita, a construção de uma política alternativa, patriótica e de esquerda. Uma política assente no crescimento económico e no emprego, na valorização dos trabalhadores e dos seus rendimentos, na recuperação para o País dos seus recursos e sectores estratégicos, na defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado e na afirmação do direito de Portugal a um desenvolvimento soberano.
É este objectivo – ruptura com a política de direita e construção de uma alternativa política, patriótica e de esquerda – que, ainda com maior actualidade se colocará à intervenção de todos os democratas e patriotas para afirmar o primado dos interesses nacionais e colocar em primeiro lugar os direitos e rendimentos dos trabalhadores e do povo. Continuar a ler