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Tag Archives: Imperialismo

O militarismo japonês – Albano Nunes

01 Quarta-feira Fev 2023

Posted by cduarouca in Internacional

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Imperialismo, militarismo

O mi­li­ta­rismo ja­ponês está de volta, ame­a­çador

No país do Sol Nas­cente estão a formar-se ne­gras nu­vens, car­re­gadas de pe­rigos. O mi­li­ta­rismo ja­ponês está de volta, ame­a­çador. O aban­dono da Cons­ti­tuição pa­ci­fista que re­sultou da der­rota do Japão na II Guerra Mun­dial é já uma re­a­li­dade. Tornou a ser pos­sível haver tropas ja­po­nesas fora do país e a classe do­mi­nante ja­po­nesa está em­pe­nhada numa cor­rida aos ar­ma­mentos sem pre­ce­dentes, em ar­ti­cu­lação cada vez mais es­treita com os EUA e com o mesmo pre­texto da «ameaça chi­nesa», no­me­a­da­mente em torno de Taiwan.

As no­tí­cias sobre o com­por­ta­mento do go­verno ni­pó­nico nesta ma­téria são na ver­dade in­qui­e­tantes. Ao con­ti­nu­a­mente re­for­çado Tra­tado de Se­gu­rança de 1951, com os EUA, às nu­me­rosas bases mi­li­tares norte-ame­ri­canas na ilha de Oki­nawa e nou­tras re­giões, às ma­no­bras mi­li­tares con­juntas com os EUA e a Co­reia do Sul di­ri­gidas contra a RPDC, à par­ti­ci­pação em ali­anças re­gi­o­nais agres­sivas mais re­centes, como o Quad, vem somar-se a de­cisão de du­plicar as des­pesas mi­li­tares, tor­nando o Japão o ter­ceiro país do mundo com maior or­ça­mento na área da «de­fesa».

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Ambições alemãs – Albano Nunes

01 Sábado Out 2022

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Imperialismo

As con­tra­di­ções inter-im­pe­ri­a­listas aca­barão por ma­ni­festar-se

A Ale­manha do chan­celer so­cial-de­mo­crata Olaf Scholz, com a sua sub­missão às exi­gên­cias dos EUA para romper as van­ta­josas re­la­ções co­mer­ciais com a Rússia e en­volver-se pro­fun­da­mente na es­ca­lada de con­fron­tação no Leste da Eu­ropa, en­contra-se a braços com pro­blemas eco­nó­micos e so­ciais muito sé­rios. A crise ener­gé­tica em que o ri­co­chete das san­ções à Rússia mer­gu­lhou a União Eu­ro­peia tem aí o seu epi­centro e a re­cessão já anun­ciada pelo Bun­des­bank e o es­pectro de agudas ten­sões so­ciais num in­verno sem o gás russo está a in­qui­etar a classe do­mi­nante.

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Sobre a provocação dos EUA à República Popular da China

03 Quarta-feira Ago 2022

Posted by cduarouca in Internacional, PCP

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China, Imperialismo

O PCP expressa profunda preocupação com os últimos desenvolvimentos da situação na região Ásia-Pacífico e condena a provocação montada pelos EUA com a ida de Nancy Pelosi, Presidente da Câmara de Representantes dos EUA, a Taiwan.

Não deixando de estar relacionada com a situação interna dos EUA e as eleições em curso, esta provocação, no quadro de uma visita do Congresso dos EUA a vários países da região e que invoca como um dos objectivos discutir “segurança”, insere-se na estratégia de confrontação crescente do imperialismo contra a República Popular da China, instrumentalizando Taiwan e fomentando o separatismo para pôr em causa o “princípio de uma só China”, que os EUA têm vindo a seguir.

As recentes acções do imperialismo na região são indissociáveis da perigosa estratégia agressiva e belicista promovida pelos EUA, a NATO e a UE, onde se insere a promoção da escalada da guerra na Ucrânia, e cujos desenvolvimentos são uma séria ameaça à Paz e aos interesses dos trabalhadores e povos do mundo. O PCP exige o fim das provocações na região Ásia-Pacífico, das quais o Governo português se deve desmarcar, o respeito pela soberania e não ingerência do imperialismo na República Popular da China.

O PCP apela ao desenvolvimento da luta pela paz, contra o militarismo, a escalada de confrontação, as agressões e as ingerências do imperialismo, pelo respeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas e da Acta Final da Conferência de Helsínquia, pela construção de uma nova ordem internacional de paz, soberania e progresso social – em coerência com os valores consagrados na Constituição da República Portuguesa.

👉 Nota completa: https://www.pcp.pt/sobre-provocacao-d..

Segredo, mas pouco – Gustavo Carneiro

26 Terça-feira Jul 2022

Posted by cduarouca in EUA, Internacional

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Imperialismo

Numa re­cente apa­rição na te­le­visão norte-ame­ri­cana, para dis­cutir se a in­vasão do Ca­pi­tólio a 6 de Ja­neiro de 2021 foi ou não uma ten­ta­tiva de golpe de Do­nald Trump, John Bolton apre­sentou-se como al­guém que «ajudou a pla­near golpes de Es­tado – não aqui [nos EUA], mas, sabe, nou­tros lo­cais». Su­por­tado no seu cur­rí­culo, sen­ten­ciou que na­quele caso não se tratou disso, até porque esta é uma ta­refa que dá muito tra­balho e exige cui­dada pre­pa­ração – nada, por­tanto, de que Trump fosse capaz.

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Sim à Paz! Não à NATO!

30 Terça-feira Maio 2017

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Afeganistão, CPPC, EUA, Imperialismo, Iraque, Jugoslávia, Líbia, NATO, Siria

Na reunião ao mais alto nível que realizou em Bruxelas com a participação do Presidente norte-americano e num quadro de latentes contradições, a NATO anunciou o propósito de afirmar a sua coesão, nomeadamente em torno de um crescente envolvimento em guerras de agressão – como no Afeganistão e no Médio Oriente – e na escalada armamentista e militarista, levadas a cabo pelos EUA, a coberto da denominada “luta contra o terrorismo”.

Saliente-se que, proclamando hipocritamente a “luta contra o terrorismo”, os EUA e seus aliados são responsáveis pela promoção, suporte e instrumentalização de grupos terroristas em operações de desestabilização e guerras de agressão contra Estados soberanos, como acontece na Síria.

Assume um chocante e perigoso significado o recente acordo dos EUA com a Arábia Saudita para o fornecimento de armamento no valor de 110 mil milhões de dólares, um governo que reconhecidamente apoia organizações terroristas e é responsável por uma criminosa guerra contra o Iémen e o seu povo.

Recorde-se que os 28 países membros da NATO, com destaque para os EUA – que só este ano aumentou em 54 mil milhões de dólares o seu orçamento militar e em cerca de 40% os seus gastos com a sua presença militar na Europa – gastam mais em despesas militares que os restantes 165 países no mundo.

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A perigosa situação internacional e a premência da luta pela paz

21 Sexta-feira Abr 2017

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Afeganistão, belicismo, China, Imperialismo, Iraque, Líbia, NATO, Obama, Rússia, República Popular Democrática da Coreia, Siria, Trump, Ucrânia, Venezuela

Nota do Secretariado do Comité Central do PCP

Nos últimos dias verificou-se um perigoso agravamento da situação internacional. A escalada militarista dos EUA, impulsionada pela irresponsabilidade aventureira da administração Trump, acompanhada pelos seus aliados, incluindo da NATO e da União Europeia, e pela cobertura de uma colossal campanha mediática de desinformação, suscitou e continua a suscitar a maior inquietação por parte das forças progressistas e amantes da paz.

Os EUA, procurando a todo o custo afirmar a sua hegemonia no plano mundial e dando mostras da mais insolente arrogância e desprezo pela legalidade internacional e a soberania dos Estados que pretendem submeter, estão empenhados numa deriva imperialista de ameaças, provocações e intervenções militares que colocam o mundo perante a iminência de conflitos regionais devastadores e mesmo de um conflito de proporções mundiais.

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A mentira como arma de guerra – Pedro Guerreiro

17 Segunda-feira Abr 2017

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Imperialismo

Nas guerras imperialistas a verdade é a primeira vítima. As acções de agressão à soberania dos povos por parte dos EUA e seus aliados – para eliminar governos e destruir estados que de algum modo se lhes não submetam – têm sido precedidas por operações de manipulação para, com base em falsos pretextos, criar as condições para que aquelas sejam acriticamente aceites e até vistas como se legítimas fossem.

Recordemos as recentes guerras contra o Iraque e a Líbia e as campanhas de falsidades e desinformação que as acompanharam, através das quais os EUA e seus aliados pretenderam ocultar os reais objectivos e as brutais consequências das suas criminosas acções, procurando dificultar a sua ampla denúncia e condenação e estigmatizar e desacreditar a expressão da solidariedade para com a legítima resistência face à agressão.

A agressão dos EUA e seus aliados à Síria e ao seu povo não é excepção. Desde o primeiro momento a falsidade, nomeadamente assumindo a forma da provocação, acompanhou a acção dos agressores que constantemente procuram criar um qualquer pretexto que favoreça a escalada da intervenção externa contra este país, tendo sido denunciados hediondos crimes perpetrados por grupos terroristas com este propósito – incluindo a utilização de armas químicas –, intencionalmente atribuídos ao governo e Forças Armadas sírias.

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O terrorismo e a guerra – Ângelo Alves

22 Quinta-feira Dez 2016

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Alepo, Imperialismo, Siria

A instabilidade internacional atingiu níveis quase impensáveis há alguns anos. As suas causas radicam, como sempre afirmámos, numa deriva violenta, reaccionária, agressiva e militarista das classes dominantes e dos governos das grandes potências imperialistas. A sucessão vertiginosa de acontecimentos não nos deve, nem pode, turvar a visão global e de fundo. É na crise do capitalismo, na sua natureza de classe e contradições, e na reacção do imperialismo a essa crise, que estão as fundas causas dos recentes acontecimentos.

Os três ataques de segunda feira não aconteceram por acaso. Ocorrem num momento extremamente importante para os desenvolvimentos da guerra imperialista na Síria, em que se confirma as verdades sobre quem está, e sempre esteve, por detrás daquela guerra de agressão; num momento em que a «coligação» dos EUA, NATO, Turquia e petro-ditaduras do Golfo Pérsico não só sofre uma pesada derrota, como começa a registar importantíssimas fissuras.

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Sim à Paz! Não à NATO

10 Domingo Jul 2016

Posted by cduarouca in Internacional, PCP, Política, Portugal, Sociedade

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belicismo, Imperialismo, militarismo

nato_exercicios_militares_polonia_tanques_soldados

Iniciando-se hoje a Cimeira da NATO, em Varsóvia, na Polónia, o PCP alerta para os seus graves objectivos de incremento da acção belicista deste agressivo bloco político-militar conduzido pelos EUA.

Nesta Cimeira, a NATO afirma um novo patamar na sua acção de tensão e confronto visando a Federação Russa, com os perigos para a paz na Europa e no mundo que tal acção representa.

Agitando de novo a pretensa «ameaça russa» para ocultar o seu propósito ofensivo, a NATO reforça a sua presença e acção militar no Leste da Europa, particularmente na Polónia e no Báltico. Há 25 anos que a NATO não pára de promover a sua expansão para Leste que, tendo passado pela agressão à Jugoslávia, se aproxima sempre e cada vez mais das fronteiras da Federação Russa.

Na sequência da sua agressão à Líbia, a NATO reforçou igualmente a sua presença e acção no Médio Oriente e Norte de África, utilizando, entre outros, o pretexto do drama dos refugiados, pelo qual é dos primeiros responsáveis.

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DEPOIS DE BEIRUTE, PARIS – Bruno Carvalho

14 Sábado Nov 2015

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Beirute, carrascos, crimes hediondos, Imperialismo, Paris

Só para lembrar que é dos responsáveis pelo banho de sangue em Paris que fogem os refugiados que abandonam a Síria, o Curdistão, o Iraque e a Líbia. Ontem, foi em Paris. Anteontem, foi em Beirute, onde mais de 40 muçulmanos foram assassinados pelo terrorismo do Estado Islâmico. Em Beirute, morreram árabes. Em Paris, morreram europeus. Todos vítimas dos mesmos carrascos. Não se esqueçam disso quando começar a campanha xenófoba nas televisões, rádios e jornais.

A barbárie nas ruas de Paris é perpetrada pelos mesmos que regaram de sangue o Afeganistão, o Iraque, a Líbia e a Síria. Os mesmos que receberam dinheiro e armas dos Estados Unidos, União Europeia, Turquia, Israel e Arábia Saudita para acabar com regimes nem sempre alinhados com o imperialismo e devolvê-los à Idade Média. E as vítimas, como sempre, somos nós, os trabalhadores.

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Lenin e o revisionismo – Miguel Urbano Rodrigues

17 Quarta-feira Set 2014

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comunismo, Imperialismo, Lenine, Marx, marxismo

Os dirigentes da União Europeia – nomeadamente Merkel, Hollande e Cameron – intensificaram nas últimas semanas as suas críticas à Rússia. O pretexto são os acontecimentos da Ucrânia. Um alvo prioritário é Vladimir Putin. Um dos absurdos dessa campanha é a insistência em apresentarem o presidente da Rússia como um ditador que estaria empenhado numa política que visaria a reconstituição parcial da União Soviética.

Um anticomunismo transparente é identificável em crónicas de influentes analistas ocidentais. Não obstante a Rússia ser hoje um país capitalista, slogans bolorentos da guerra fria são retomados.

Putin é acusado de recorrer a métodos e à linguagem de comunistas históricos. Até a realização da parada da vitória em Moscovo, a 9 de Maio, para comemorar a derrota do Reich nazi, foi interpretada como uma ameaça em Washington e algumas capitais da União Europeia.

Uma estranha febre ideológica ganha subitamente atualidade e destacados intelectuais do sistema capitalista divulgam a desproposito entusiásticas apologias do neoliberalismo e exorcizam o marxismo como velharia obsoleta.

É nessa atmosfera que se insere o novo discurso anticomunista que, agitando fantasmas, falsifica a História.
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Capitalismo, violência e decadência sistémica – Jorge Beinstein

27 Sexta-feira Jun 2014

Posted by cduarouca in EUA, Europa, Internacional, Líbia, Política, Sociedade, UE

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capitalismo, Imperialismo, Iraque, Líbia, NATO. belicismo, Siria, Ucrânia, Venezuela, violência

Da Líbia à Venezuela, passando pela Síria, México, Ucrânia, Afeganistão ou Iraque, no que já decorreu da década actual presenciámos o desdobramento planetário permanente da violência directa ou indirecta (terciarizada) dos Estados Unidos e dos seus sócios-vassalos da NATO. Toda a periferia foi convertida no seu mega objectivo militar. A onda agressiva não se acalma, em alguns casos combina-se com pressões e negociações mas a experiência indica que o Império não agride para se posicionar melhor em futuras negociações e sim que negoceia, pressiona, com o fim de conseguir melhores condições para a agressão.

Estas intervenções quando têm “êxito”, como na Líbia ou no Iraque, não concluem com a instauração de regimes coloniais “pacificados”, controlados por estruturas estáveis, como ocorria nas velhas conquistas periféricas do Ocidente, e sim com espaços caóticos dilacerados por guerras internas. Trata-se da emergência induzida de sociedades-em-dissolução, da configuração de desastres sociais como forma concreta de submetimento, o que coloca a dúvida acerca de se nos encontramos diante de uma diabólica planificação racional que pretende “governar o caos”, submergir as populações numa espécie de indefensão absoluta convertendo-as em não-sociedades para assim saquear seus recursos naturais e/ou anular inimigos ou competidores… ou, ao contrário, trata-se de um resultado não necessariamente buscado pelos agressores, expressão do seu fracasso como amos coloniais, da sua alta capacidade destrutiva associada à sua incapacidade para instaurar uma ordem colonial (“incapacidade” decorrente da sua decadência económica, cultural, institucional, militar). Provavelmente encontramo-nos diante da combinação de ambas as situações.

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Ventos de guerra… – Ângelo Alves

10 Sexta-feira Maio 2013

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belicismo, guerra, Imperialismo, Israel, Siria

Os ataques da aviação israelita do final da passada semana e de domingo contra a Síria são um acto de guerra e mais um elemento explosivo na situação do Médio Oriente. Merecem a mais viva condenação por aqueles que defendem o direito internacional, a soberania e a integridade territorial das nações e lutam pela paz. Perpetrados nos arredores de Damasco contra vários alvos militares, e com relatos que apontam para a possibilidade de uso de armas de urânio empobrecido, estes ataques não são as únicas acções provocatórias, ilegais e criminosas do regime sionista. Além de um similar ataque realizado em Janeiro deste ano, nas ultimas semanas têm-se repetido ataques contra a Palestina, violações do espaço aéreo Libanês e Sírio, incursões e provocações militares no Sul do Líbano e ameaças contra o Irão. Poderíamos então dizer que estes ataques são mais um elemento de uma campanha permanente de provocação de Israel contra os seus vizinhos. São. Mas são mais que isso. O quadro em que se realizaram e a sua envolvente militar e política, colocam-nos num outro patamar da estratégia imperialista de agressão e possível «balcanização» da Síria. 

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Armas e terror – Jorge Cadima

21 Domingo Abr 2013

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belicismo, EUA, Imperialismo, ONU, Siria

Enquanto na ONU votam um Tratado alegadamente para controlar o comércio de armas, as principais potências imperialistas asseguram uma «catarata de armas» para os rebeldes sírios, através duma «ponte aérea secreta» que «começou em pequena escala no início de 2012» e deu um salto «em Novembro, após as eleições presidenciais» dos EUA. O ex-Director da CIA, General Petraeus, «foi decisivo para assegurar o arranque das ligações aéreas» que levam as armas para a Síria. Grande parte vêm da Croácia (que adere à UE a 1 de Julho) e são canalizadas pelas monarquias ditatoriais da Arábia Saudita e Qatar, pela Jordânia e Turquia. O relato acima é de fonte insuspeita (NewYork Times, NYT 24.3.13). Em Março Hollande e Cameron apelaram publicamente ao levantamento do embargo de armas da UE para a Síria (BBC,14.3.13). Mas «sabe-se que conselheiros militares britânicos estão [já] em acção nos países fronteiriços da Síria, ao lado de franceses e americanos, dando formação aos dirigentes rebeldes […].Crê-se que os americanos também estão a dar formação sobre o controlo de locais com armas químicas» (Telegraph, 8.3.13). O comércio de armas está “controlado”.

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Tem de haver sempre uma Coreia, ou uma Polónia, ou um Afeganistão, ou um Chipre, ou um Iraque… – Sérgio Ribeiro

31 Domingo Mar 2013

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armas nucleares, China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Imperialismo, militarismo, URSS

  • reflexões de um russo anónimo na Internet, recebidas por via de um mail amigo:

Qual o objectivo dos mais de 200 000 militares Sul Coreanos e Americanos acompanhados de poderosíssimos meios bélicos nas cercanias da Coreia do Norte? Essas manobras vão durar cerca de dois meses.

Afinal quem está a ameaçar quem?

O objectivo das provocações é esse mesmo, fazer com que os Norte Coreanos façam o primeiro disparo, para haver o pretexto de reduzirem o país a cinzas em poucas horas.

O que fazem lá os B2 com capacidade nuclear, 2 porta aviões a deslocação de parte da esquadra do Indico para os mares da China, a mobilização dos meios aéreos estacionados no Japão (cerca de 350 aeronaves)?

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Cronograma das detonações nucleares entre 1945-1998 (por País)

30 Sábado Mar 2013

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armas nucleares, detonações, guerra, Imperialismo

A ilusão do metacontrole imperial do caos – Jorge Beinstein

13 Quarta-feira Mar 2013

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guerra, Imperialismo, keynesianismo militar, militarismo

A mutação do sistema de intervenção militar dos Estados Unidos

“As Ilusões desesperadas geram vida em tuas veias” 

St. Vulestry

“As pessoas acreditam que as soluções decorrem da sua capacidade de estudar sensatamente a realidade perceptível. Na realidade, o mundo já não funciona assim. Agora somos um império e, quando actuamos, criamos nossa própria realidade. E enquanto tu estás a estudar essa realidade, actuaremos de novo, criando outras realidades que também podes estudar. Somos os actores da história, e a vós, todos vós, só lhes resta estudar o que fazemos”. 

Karl Rove, assessor de George W. Bush, Verão de 2002

Guerra e economia 

Conceitos tais como “keynesianismo militar” ou “economia da guerra permanente” constituem bons pontos de partida para entender o longo ciclo de prosperidade imperial dos Estados Unidos: seu arranque há pouco mais de sete décadas, seu auge e a entrada recente na sua etapa de esgotamento abrindo o processo militarista-decadente actualmente em curso.

Em 1942 Michal Kalecki expunha o esquema básico do que posteriormente ficou conhecido como “keynesianismo militar”. Apoiando-se na experiência da economia militarizada da Alemanha nazi, o autor assinalava as resistências das burguesias da Europa e dos Estados Unidos à aplicação de políticas estatais de pleno emprego baseadas em incentivos directos ao sector civil e sua predisposição a favorecê-las quando se orientavam para as actividades militares [2] . Mais adiante Kalecki, já em plena Guerra Fria, descrevia as características decisivas do que qualificava como triângulo hegemónico do capitalismo norte-americano que combinava a prosperidade interna com o militarismo descrito como convergência entre gastos militares, manipulação mediáticas da população e altos níveis de emprego [3] .

Esta linha de reflexão, à qual aderiram, dentre outros, Harry Magdoff, Paul Baran e Paul Sweezy, colocava tanto o êxito a curto-médio prazo da estratégia de “Manteiga + Canhões” (“Guns and Butter Economy”) que fortalecia em simultâneo a coesão social interna dos Estados Unidos e sua presença militar global, como os seus limites e inevitável esgotamento a longo prazo.
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Apagando países do mapa: Quem faz com que falhem os “Estados falhados”? – Michel Chossudovsky

18 Segunda-feira Fev 2013

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ataques, EUA, Imperialismo, Irão, Israel, Líbano, Líbia, neocolonianismo, Siria, Somália, Sudão

Propagou-se em todo o mundo um perigoso rumor que poderia ter implicações catastróficas. Segundo a lenda, o presidente do Irão ameaçou destruir Israel, ou, para repetir a citação incorrecta: ‘Israel deve ser apagado do mapa’. Contrariamente à opinião generalizada, esta declaração nunca foi feita…” (Arash Norouzi, Wiped off The Map: The Rumor of the Century, Janeiro de 2007)

“Os EUA atacaram, directa ou indirectamente, uns 44 países de todo o mundo desde Agosto de 1945, alguns dos quais muitas vezes. O objectivo confesso dessas intervenções militares foi levar a cabo uma ‘mudança de regime’. Foram invariavelmente evocados disfarces de “direitos humanos” e “democracia” para justificar o que foram actos unilaterais e ilegais”. Professor Eric Waddell, The United States’ Global Military Crusade (1945- ), Global Research, Fevereiro de 2007.

“Este é um memorando [do Pentágono] que descreve como vamos eliminar sete países em cinco anos, começando pelo Iraque e seguindo-se Síria, Líbano, Líbia, Somália, Sudão e, para terminar, Irão”. Eu disse “¿É confidencial?” Disseram-me, “Sim senhor”. Disse: “Bom, então não mo mostre” (General Wesley Clark, Democracy Now, 2 de Março de 2007).

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França neocolonial – Albano Nunes

17 Domingo Fev 2013

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Conselho de segurança, EUA, FMI, França, Hollande, Imperialismo, Mali, neocolonianismo, ONU, opressão

Quando pela primeira o PCP usou a palavra «recolonização» na caracterização da política do imperialismo, a alguns pareceu excessiva a formulação. Depois da poderosa vaga do movimento de libertação nacional que praticamente varreu do mundo o colonialismo, «neocolonialismo» foi o termo utilizado para significar que a formação de estados formalmente independentes não representava afinal a real conquista da soberania. Isto porque as ex-potências coloniais com a ajuda do FMI e do Banco Mundial rapidamente criaram mecanismos de «ajuda» e «cooperação» que ataram de pés e mãos os novos países independentes e sabotaram corajosas tentativas de desenvolvimento independente e progressista. E o desaparecimento do socialismo como sistema mundial deixou campo livre a uma contra-ofensiva que representa um gigantesco salto atrás no processo de libertação dos povos oprimidos e configura um autêntico regresso aos negros tempos do colonialismo.

Vem isto a propósito da intervenção militar da França no Mali, a que é necessário voltar, não apenas para avaliar as suas graves implicações sociais, políticas e militares no país e na região, mas para medir o seu mais profundo significado em relação à estratégia da classe dominante francesa.

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Mentiras, cortinas de fumo e a vergonhosa difamação de Julian Assange – John Pilger

14 Quinta-feira Fev 2013

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crimes de guerra, Equador, EUA, Imperialismo, Julian Assange, Sidney, wikileaks

Em Dezembro último, aguentei-me com apoiantes da WikiLeaks e de Julian Assange no frio glacial no exterior da Embaixada equatoriana em Londres. Foram acesas velas; as caras eram jovens e velhas e de todo o mundo. Estavam ali para demonstrar a sua solidariedade humana para com alguém com admiráveis nervos de aço. Não tinham qualquer dúvida acerca da importância do que Assange revelara e alcançara, nem dos graves perigos que agora enfrenta. Inteiramente ausentes estavam mentiras, maldade, inveja, oportunismo e nem ânimo patético de uns poucos que reclamam o direito de manter limites no debate público.

Estas manifestações públicas de calor humano para com Assange são comuns e raramente noticiadas. Vários milhares de pessoas abarrotaram a Municipalidade de Sidney, com centenas de outros na rua por não caberem mais ali. Em Nova York, recentemente, Assange recebeu o prémio Yoko Ono Lennon Prize for Courage. Na plateia estava Daniel Ellsberg, o qual arriscou tudo para revelar a verdade acerca do barbarismo da guerra do Vietname.

Assim como a filantropa Jemima Khan, o jornalista investigador Phillip Knightley, o aclamado realizador de filmes Ken Loach e outros arrecadavam dinheiro para a defesa de Julian Assange. “Os EUA estão determinados a esmagar alguém que revelou os seus segredos sujos”, escreveu-me Loach. “A extradição via Suécia é mais do que provável… será difícil escolher a quem apoiar?”

Não, não é difícil.

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Redesenho de África: Os EUA apoiam a Al Qaeda no Mali. A França vem em socorro – Tony Cartalucci

12 Terça-feira Fev 2013

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França, Imperialismo, Mali, USA

Um diluvio de artigos foi rapidamente posto em circulação com o objectivo de defender a intervenção militar francesa no Mali. “The crisis in Mali: Will French Intervention Stop the Islamist advance?”, por exemplo, demonstra que os velhos truques são sempre os melhores e elege a desgastada narrativa da “guerra contra o terrorismo” como fio condutor.

A Time clama que a intervenção intenta deter os “terroristas islâmicos” que querem desestabilizar a África e a Europa. O artigo afirma especificamente que:
“… Existe em França um temor, provavelmente fundado, de que o islamismo radical ameaça a França, porque a maior parte desses islâmicos falam francês e têm parentes em França (algumas fontes de informação de Paris disseram a Time que foram identificados alguns aspirantes a jihadistas que partiram de França e se dirigiram ao norte do Mali para treinar e combater). A Al Qaeda no Magreb islâmico (AQMI), um dos três grupos que integram a aliança islâmica malinense e proporciona à organização a maioria dos seus chefes, disse que a França, enquanto representante das potências ocidentais na região, é o principal objectivo de futuros ataques”.

Em contrapartida a Time decidiu não informar os seus leitores de que o AQMI está estreitamente vinculado ao Grupo Líbio de Combate contra os Islâmicos, em cujo nome a França interveio na invasão da Líbia em 2011, proporcionando-lhe armas, treino, forças especiais e uma colaboração aérea de grande importância no apoio que lhe prestou para derrubar o governo líbio.

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Mais uma guerra imperialista – Ângelo Alves

24 Quinta-feira Jan 2013

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França, Imperialismo, Mali

O Mali está a ser alvo de uma intervenção militar estrangeira imperialista. A França, a sua aviação e legião estrangeira são a face mais visível de uma intervenção que envolve várias outras potências da NATO – como a Alemanha e os EUA. A guerra é apresentada como uma «ajuda» às autoridades do Mali para combater organizações que espalham o terror e impõem a Sharia no Norte do Mali, ou seja mais uma «guerra contra o terrorismo». Nada mais longe da verdade.

É um facto inegável que várias organizações radicais islâmicas, com ligações que vão desde a CIA até às monarquias do Golfo, passando por serviços secretos de países africanos, actuam desde há muito no Norte do Mali, tirando partido dos movimentos independentistas protagonizados por movimentos Tuareg, originalmente laicos e seculares, cuja expressão política e militar mais recente é o MNLA – Movimento de Libertação do Nacional de Azwad (a região Norte do Mali), e que mais recentemente se «converteu» ao islamismo, se aliou às suas organizações e por elas foi esmagado. Mas é também inegável, e já comprovado, que aqueles que são hoje considerados terroristas no Mali, são os mesmos que foram «rebeldes libertadores» e aliados da França na guerra de agressão à Líbia e que são considerados a «oposição democrática» na Síria.

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“Imperialismo legal” e direito internacional – James Petras

03 Segunda-feira Dez 2012

Posted by cduarouca in EUA, Europa, Internacional

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direito internacional, drones, Imperialismo

Fundamentos legais para crimes de guerra, cobrança de dívida e colonização

drone_scan_eaglePor esta altura estamos familiarizados com estados imperiais a utilizarem o seu poder militar para atacar, destruir e ocupar países independentes. Inúmeros estudos importantes têm documentado como países imperiais capturaram e pilharam os recursos de países produtivos ricos e recursos minerais e agrícolas, em associação com corporações multinacionais. Críticos financeiros proporcionaram dados abundantes sobre os meios pelos quais credores imperiais têm extraído rendas, royalties e pagamentos de dívidas de países endividados e dos seus contribuintes, trabalhadores, empregados e sectores produtivos.

O que não tem sido examinado plenamente é a superestrutura legal que informa, justifica e facilita guerras imperiais, pilhagem e cobrança de dívidas.

A centralidade do direito imperial 

Se bem que a força e a violência, especialmente através da intervenção militar aberta e encoberta, tenha sido sempre uma parte essencial da construção de impérios, elas não operam num vácuo legal. Instituições judiciais, sentenças e precedentes legais antecedem, acompanham e seguem o processo de construção de império. A legalidade da actividade imperial é baseada em grande medida no sistema judicial do estado imperial e nos seus próprios peritos legais. Suas teorias e opiniões legais são sempre apresentadas a sobrepor-se (over-ruling) ao direito internacional, bem como às leis dos países alvo das intervenções imperiais.

O direito imperial substitui o direito internacional simplesmente porque o direito imperial é apoiado pela força bruta; ele possui forças armadas de terra, mar e ar para assegurar a supremacia do direito imperial. Em contraste, ao direito internacional falta um mecanismo efectivo de imposição.

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Agressão imperialista à Síria – Terrorismo, de facto

18 Quinta-feira Out 2012

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embuste, EUA, Imperialismo, militarismo, terrorismo, Ue

A escalada da violência na Síria não parece ter fim, alimentada pelas potências da NATO e pelas monarquias do Golfo que apoiam mercenários que não conhecem limites nas sua acção, e por provocações da Turquia visando a internacionalização do conflito.

O desvio de um avião da companhia aérea síria foi o mais recente episódio. A aeronove havia partido de Moscovo rumo a Damasco, e antes de chegar à capital da Síria foi interceptada por dois caças da força aérea turca.

A Turquia alega que a bordo do voo civil seguia material militar, vendido por uma empresa russa, cujo destino seria o Ministério da Defesa sírio. O primeiro-ministro, Recep Erdogan, apoiado imediatamente pelos EUA e pela NATO, afirmou mesmo, segundo a AFP, que a carga apreendida estava a ser analisada ao pormenor. Mas, posteriormente, desafiado pelos governos de Damasco e Moscovo a apresentar provas e detalhes, pouco mais adiantou, muito embora a gravidade da situação o justificasse.

Síria e Rússia rejeitam as acusações e qualificam o acto de pirataria. Contornos de provocação similar foram observados aquando do nubloso abatimento de um avião turco pela síria, há escassos meses.

Cabeça-de-turco

Dias antes da história do A320 da Syrian Air, já Ancara havia funcionado como cabeça-de-turco da agressão imperialista à Síria. O disparo de um morteiro a partir de território sírio contra a localidade de Akçakale, a 3 de Outubro, deixou cinco mortos, entre os quais quatro crianças, e motivou o reforço do contingente junto à fronteira. Cerca de 250 tanques foram enviados, juntando-se aos soldados, à artilharia pesada e aos mísseis terra-ar ali colocados anteriormente, informou o diário turco Hurriyet.

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Uma crise estrutural exige uma mudança estrutural – István Mészáros

19 Quinta-feira Abr 2012

Posted by cduarouca in EUA, Europa, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores

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capitalismo avançado, crise, dívidas soberanas, Financial Times, Herbert Marcuse, Imperialismo, Jean-Paul Sartre, Marx

Quando se afirma a necessidade de uma mudança estrutural radical é necessário que fique desde logo claro que não se trata de um apelo a uma utopia irrealizável. Bem pelo contrário, a característica essencial das teorias utopistas modernas é precisamente a projecção de que o melhoramento das condições de vida dos trabalhadores pode ser alcançado no quadro estrutural existente nas sociedades criticadas. Foi neste espírito que Robert Owen de New Lanark, que mantinha uma parceria insustentável com o filósofo utilitarista liberal Jeremy Bentham, tentou realizar as suas reformas sociais e pedagógicas. Ele exigia o impossível. Como sabemos, o sonante princípio moral utilitarista do “maior bem para o maior número” não teve, desde que Bentham o advogou, nenhuma tradução real. O problema é que, sem uma correcta compreensão da natureza económica e social da crise do nosso tempo – que hoje já não pode ser negada nem sequer pelos defensores da ordem capitalista, mesmo que estes continuem a rejeitar a necessidade de uma mudança estrutural – as hipóteses de chegar a bom porto ficam seriamente comprometidas. O deperecimento do “Estado Social”, mesmo nos poucos países privilegiados onde chegou realmente a ser implementado, apresenta-se como uma grande lição neste domínio.

Permitam-me começar por citar um artigo recente dos editores de The Financial Times, jornal diário de referência da burguesia internacional.

Ao abordar os perigos das crises financeiras – reconhecidas agora até pelos seu editores como perigosas – terminam o seu editorial com as seguintes palavras: “Os dois lados (Democratas e Republicanos) são responsáveis pelo vazio de liderança e pela ausência de uma decisão responsável. É uma falha grave de governação e mais perigosa do que aquilo que Washington pensa.” [1] A sabedoria editorial não vai mais longe que isto no que toca à questão das “dívidas soberanas” e do crescente défice orçamental. Aquilo que torna o editorial do Financial Times ainda mais vazio que o “vazio de liderança” que critica é o sonante subtítulo do artigo: “Washington deve parar de fazer pose e começar a governar”. Como se os editoriais deste tipo não contribuíssem mais para a pose do que para a governação propriamente dita. Pois o que está realmente em questão é o endividamento catastrófico da toda-poderosa “casa-mãe” do capitalismo global, os Estados Unidos da América, onde a dívida do governo (excluindo as dívidas individuais e privadas) atinge já o valor de 14 milhões de milhões (trillions) de dólares – valor que aparece projectado na fachada de um edifício público de Nova Iorque a atestar a tendência crescente da dívida.

O que pretendo sublinhar é que a crise com que temos de lidar é uma crise profunda e estrutural que necessita da adopção de medidas estruturais e abrangentes, de modo atingirmos uma solução duradoura. É também necessário relembrar que a crise estrutural com que lidamos hoje não teve a sua origem em 2007, com o “rebentar da bolha” do mercado imobiliário americano, mas, pelo menos, quatro décadas antes. Eu já tinha exposto esta situação, nestes termos, em 1967, ainda antes da explosão do Maio de 68 em França [2] , e escrevi, em 1971, no prefácio à terceira edição de Marx’s Theory of Alienation, que os acontecimentos e desenvolvimentos que então se davam: “testemunhavam de forma dramática a intensificação da crise estrutural global do capital”.

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O processo de concentração e centralização do capital – Pedro Carvalho

30 Sexta-feira Mar 2012

Posted by cduarouca in Economia, Sociedade, Trabalhadores

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acumulação capitalista, capistalismo, Imperialismo, Lenine

Apesar da passagem de quase um século mantêm-se com particular acuidade para qualquer caracterização dos traços do desenvolvimento do sistema capitalista na actualidade os traços fundamentais utilizados por Lénine para descrever a fase imperialista do capitalismo. Nomeadamente o grau de concentração da produção e do capital que teve como consequência o monopólio, o predomínio do capital financeiro no comando do processo de acumulação de capital – a existência de uma oligarquia financeira, a exportação de capitais como aspecto determinante para cumprir a vocação universal do capitalismo e «internacionalizar» o circuito do capital, a formação de organizações internacionais monopolistas e a partilha do mundo pelas principais potências imperialistas, com o recrudescer do (novo) colonialismo.

Carregue aqui para ver o artigo (PDF)

Concentração contra a presença do Secretário-Geral da NATO em Portugal

08 Quinta-feira Set 2011

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Anders Fogh Rasmussen, EUA, Imperialismo, NATO, Rui Namorado Rosa

A propósito do décimo aniversário dos atentados de 11 de Setembro de 2001 – PCP

08 Quinta-feira Set 2011

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11 de Setembro, Imperialismo, luta contra o terorismo, militarismo, NATO, ONU, World Trade Center

Assinala-se este ano o décimo aniversário dos atentados de 11 de Setembro contra as torres do World Trade Center, que vitimaram milhares de cidadãos norte-americanos e que o PCP condenou de forma inequívoca, desde a primeira hora.

No momento em que passam dez anos sobre este terrível crime contra o povo dos EUA a realidade demonstra claramente que – tal como o PCP preveniu – os atentados de 11 de Setembro foram aproveitados pelo imperialismo e em especial pelo imperialismo norte-americano para desencadear uma escalada de guerra e agressão visando impor a sua dominação planetária, controlar os principais recursos energéticos mundiais e favorecer os interesses e lucros do grande capital.

A pretexto da “luta contra o terrorismo” e da “segurança dos EUA” foram invadidos e ocupados países soberanos, provocando centenas de milhar de mortos, milhões de refugiados e desastres humanitários e civilizacionais de trágica envergadura. Foram criados campos de concentração e uma rede mundial de prisões secretas, à margem dos sistemas judiciais e legais. Foi justificada e promovida a tortura. Promoveu-se o racismo e a intolerância, favorecendo a ascensão de forças de extrema-direita e xenófobas. A coberto da “luta contra o terrorismo” desenvolveram-se teorias racistas de que é particular exemplo a teoria do “choque de civilizações” com as consequências que hoje estão à vista. Continuar a ler →

Como nasceu e como morreu o “marxismo ocidental” – Domenico Losurdo

19 Sexta-feira Ago 2011

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Althusser, Bobbio, comunismo, Della Volpe, Engels, Ernest Bloc, Estados Unidos, Grotius, Ho Chi Minh, Imperialismo, Manifesto do Partido Comunista, Mao Tsé-tung, marxismo, O Capital, Palmiro Togliatti, Rússia, Thomas More, união soviética

1. O “marxismo ocidental” e a remoção da questão colonial.
2. Althusser e a crítica do “humanismo”
3. Da história à “ciência” ou do materialismo ao idealismo, da história mundial ao eurocentrismo
4. O “marxismo ocidental” lê o “marxismo oriental”: um equívoco coletivo
5. De Foucault a Negri: a progressiva transfiguração do Império
6. “Marxismo ocidental”, “marxismo oriental” 

RESUMO: Por muito tempo o “marxismo ocidental” celebrou a sua superioridade em relação ao marxismo dos países que se remetiam ao socialismo e que estavam todos situados no Oriente. Em decorrência dessa atitude arrogante, o marxismo ocidental nunca se empenhou seriamente em repensar a teoria de Marx à luz de um balanço histórico concreto: qual era o papel do Estado e da nação nesses países e no “campo socialista”? Como promover a democracia e os direitos humanos e como estimular o desenvolvimento das forças produtivas e o bem-estar das massas numa situação caracterizada pelo bloqueio capitalista? Ao invés de pôr-se essas questões difíceis, o marxismo ocidental preferiu abandonar-se à cômoda atitude autoconsolatória de quem cultiva em particular as suas utopias e rejeita, como uma contaminação, o contato com a realidade e a reflexão sobre a realidade. Disso derivou uma progressiva capitulação à ideologia dominante. Por fim, a autocelebração do marxismo ocidental desembocou na sua autodissolução.

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Domenico Losurdo, revolucionário e marxista criador – Miguel Urbano Rodrigues

03 Domingo Jul 2011

Posted by cduarouca in Miguel Urbano Rodrigues, PCP, Política, Sociedade, Trabalhadores

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capitalismo, falsificação, história, Imperialismo, Khruchov, Lenine, Marx, Rússia, Socialismo, Stalin

O filósofo e historiador italiano Doménico Losurdo esteve em Portugal em Junho a convite da revista web odiario.info para apresentar os seus livros Stalin, estória e critica de uma lenda negra e Fuga da História [*] .

Losurdo, que é professor catedrático da Universidade de Urbino, dedicou atenção especial a desmontar a falsificação da Historia montada no Ocidente para satanizar Stálin.

Para o autor de Fuga da História a reimplantação do capitalismo na Rússia após a desagregação da União Soviética foi uma tragédia para a Humanidade. Mas essa conclusão não é para ele incompatível com a convicção de que o fim da URSS foi o desfecho de uma soma de factores inseparáveis da incapacidade da concretização do projecto socialista concebido por Lénine, com base na teoria de Marx. Continuar a ler →

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