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A barragem desinformativa anti-russa tomou conta da agenda política e comunicacional dominante. Mais além da parafernália e delírio propagandísticos, e independentemente de considerações críticas de substância que há a fazer sobre a evolução e vicissitudes do capitalismo russo, retenha-se que esta é essencialmente uma campanha oportunista e funcional aos objectivos agressivos dos EUA e das potências imperialistas, num tempo de grande turbulência sistémica em que as feridas do tombo capitalista mundial de 2007/8 estão longe de sarar.
Não é pois perdoável que a Rússia se atreva a resistir ao status-quo e a ser cooptada pelos desígnios da ordem mundial prevalecente que naturalmente tem como centro os EUA. Os EUA, UE e NATO bombardeiam e retalham a Jugoslávia, fazem gato sapato da Carta da ONU e direito internacional; um presidente norte-americano que invadiu o Afeganistão e o Iraque com base em mentiras proclama a cruzada contra Ialta e a ordem internacional fundadora saída de 1945, mas é Moscovo, por natureza, a potência revisionista.