“Partido necessário, indispensável e insubstituível”
Tiveram lugar por todo o País, ao longo da semana passada, com particular destaque para o dia 6 de Março, as comemorações do Centenário do Partido Comunista Português, com a significativa participação de muitos milhares de comunistas e outros democratas.
Fazendo das comemorações uma combativa jornada de luta, o PCP promoveu o contacto com a população e, em particular, com os trabalhadores nas empresas e locais de trabalho, assinalou o Centenário com a implantação de milhares de bandeiras, pintura de murais, colocação de faixas, com a homenagem aos heróis caídos na luta, a venda especial do Avante!, as 100 acções e o acto central em Lisboa.
Às 15 horas do passado sábado, quando por todo o País se deu início a esta iniciativa cantando «A Internacional», os comunistas e outros democratas, afirmavam, deste modo, a sua imensa alegria e orgulho pelos 100 anos de luta do Partido Comunista Português ao serviço do povo e da pátria, pela democracia e o socialismo, reafirmando a determinação de sempre deste Partido, pronto para travar os combates do presente e do futuro e responder às exigências que a vida lhe coloca para continuar a servir os trabalhadores, o povo e o País.
Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, Lisboa, Sessão Cultural Evocativa
Permitam-me que vos dirija umas escassas palavras que serão essencialmente de agradecimento a todos os que proporcionaram esta magnifica iniciativa e para desde já, expressar a nossa imensa alegria de vermos reunidos neste acto eminentemente cultural evocativo de Álvaro Cunhal, personalidades oriundas de diversos quadrantes ideológicos e com uma actividade marcante nas mais diversas áreas da nossa vida colectiva.
Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, Lisboa, Sessão Pública de Abertura das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal
Iniciamos aqui, o ano das comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, figura maior do Portugal contemporâneo, referência incontornável da luta do nosso povo pela liberdade, a democracia, a emancipação social e humana dos trabalhadores e dos povos, assumido protagonista da história e do desbravar dos caminhos da construção de uma “terra sem amos”.
Comemorações que serão um momento de reconhecida homenagem ao homem de coerência, de firmes convicções humanistas, inteireza de carácter, ao comunista – militante abnegado, dirigente político experimentado e estadista –, ao intelectual, criador multifacetado e ao artista produtor e teorizador do belo na arte e na vida dos homens e do seu povo.
Com um pensamento e visão do país e do mundo que se projectam no futuro, Álvaro Cunhal, deixou-nos há pouco tempo. Ecoam muito vivas na nossa memória e perto das nossas vidas a força das suas palavras, da sua intervenção e acção no tempo presente, vivendo os problemas, as tarefas, os combates centrais que hoje travamos em defesa dos trabalhadores, do nosso povo e do país, e que eram os seus combates e do seu Partido de sempre – o PCP – que ajudou a construir, com um contributo inestimável, com a identidade que nos orgulhamos de possuir, preservar e afirmar.
Por isso, Álvaro Cunhal, não é apenas fonte de inspiração, de ensinamento, de exemplo que nos mobiliza e referencial teórico para os combates que hão-de vir, é mais do que isso, é um combatente que nos acompanha com a sua opinião e análise muito concretas de resposta a problemas reais do nosso país e do nosso povo e no rasgar de novos horizontes para Portugal, hoje tão necessários para libertar o país do rumo para o declínio e de uma vergonhosa sujeição e dependência a que a política de direita, de recuperação capitalista e latifundista, conduziu e continua a conduzir o país.