Etiquetas
antónio lobo xavier, Assembleia da República, Cavaco Silva, ivg, PAF, partidos e movimentos, pires de lima, psd/cds-pp, serviço nacional de saúde
O que parecia estar certo para PSD e CDS-PP na noite de 4 de outubro – a continuação do governo PSD/CDS-PP – a que Cavaco Silva se apressou na sua concretização, à margem do que dispõe a Constituição da República Portuguesa, afinal está cada vez mais incerto.
E foi a intervenção do PCP que tornou clara a derrota sofrida por PSD e CDS-PP e a possibilidade de ser encontrada uma solução governativa diferente não ignorando todas as dificuldades que se colocam. Quando no dia 7 de outubro o PCP afirmou a sua disponibilidade para discutir uma solução programática de governo construída na base de uma política que vá ao encontro dos interesses dos trabalhadores, do povo e do país, ou para derrotar qualquer moção de rejeição que seja apresentada por PSD e CDS-PP para obstaculizar a construção de uma solução de governo diferente; ficou evidente que a coligação PSD/CDS-PP não dispõe de condições para se manter no poder, a menos que o PS decida viabilizar essa hipótese.
Até ao momento, a solução governativa para o país continua em aberto. É visível o desespero e a desorientação dos partidos da direita. As declarações de membros do PSD e do CDS-PP e os fazedores de opinião recorrem aos argumentos mais rocambolescos para evitarem a sua saída do poder.
Estando já de parte as questões legais e constitucionais, porque não há nada na lei nem na Constituição que impeça outras soluções de formação de um governo, são colocadas falsas questões de legitimidade, tudo para procurarem esconder que perderam a maioria absoluta de que dispunham. A coligação PSD/CDS-PP perdeu 700 mil votos.
Os portugueses pretendem uma mudança de política e rejeitam a continuação da política de exploração e empobrecimento prosseguida por PSD e CDS-PP.
O ainda ministro Pires de Lima em declarações à comunicação social questionava a legitimidade de forças políticas constituírem governo quando não obtiveram a votação de 90% dos portugueses. Estranho é que só coloque estas questões agora e não o tenha feito em 2011, quando o CDS-PP integrou o governo, apesar de mais de 88% dos portugueses não terem votado no CDS-PP. Creio que quanto a esta matéria não há mais nada a dizer. Continuar a ler