Assinalam-se hoje 66 anos sobre o lançamento pelos EUA de bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki, a 6 e 9 de Agosto de 1945, que provocaram centenas de milhar de vítimas.
Com este acto atroz e defraudando a legítima aspiração dos povos a um mundo de paz após a derrota do nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial, os EUA – único país que até hoje usou a arma nuclear –, anunciavam ao mundo a sua ambicionada supremacia militar e o início da sua «guerra fria», isto é, da sua política de confrontação com a União Soviética.
Recordar o holocausto nuclear que destruiu Hiroshima e Nagasaki é não esquecer as centenas de milhar de crianças, mulheres e homens mortos e feridos – incluindo aqueles que actualmente continuam a sofrer directa ou indirectamente as suas consequências – e, em sua memória, intervir para que nunca mais a humanidade venha a sofrer o horror nuclear.
66 anos depois, a ameaça nuclear mantém-se, agora com uma capacidade de destruição de toda a humanidade. Os EUA e os seus aliados da NATO (com a UE como seu «pilar europeu»), detentores da parte mais significativa do actual arsenal nuclear, prosseguem e reafirmam a sua doutrina nuclear, admitindo o uso das armas nucleares nos seus conceitos estratégicos ofensivos, adoptados em 2010 em Lisboa numa cimeira da NATO que teve ampla contestação dos portugueses. Continuar a ler →