A presença do corpo da mulher nos media e na publicidade é exacerbado e descontextualizado, reduzindo o corpo à sua dimensão física e sexual.
Quando o desporto se torna atractivo por causa do tamanho do equipamento da jogadora.
No passado domingo, enquanto via o resumo desportivo do Campeonato Europeu de Andebol de Praia, reparei nas imagens das jogadoras com areia no corpo, com equipamento reduzido, e dei por mim a interrogar-me sobre a praticabilidade e funcionalidade do equipamento feminino. Porque não usar calções e t-shirt de alças, como, por exemplo, a equipa masculina usa?
Eis que no dia seguinte, somos confrontados com a notícia do pedido das jogadoras da seleção norueguesa para jogarem com calções em vez do biquíni e a (inaceitável) recusa alegando normas do regulamento daquela modalidade: «Os regulamentos da competição são claros: as jogadoras são obrigadas a jogar sempre de biquíni e estão proibidas que a parte de baixo do equipamento cubra mais de 10 centímetros da parte superior das pernas para que haja “atratividade” e mais patrocínios».
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