No debate com o Primeiro-Ministro, o PCP confrontou António Costa com os trabalhadores e as famílias que continuam a empobrecer, apesar do crescimento da economia. Alguém se está a apropriar dessa riqueza. E não são os trabalhadores que vivem cada vez com mais dificuldades. Quem acumula lucros e enche os bolsos são os grupos económicos!
O Governo PS apregoa o crescimento económico, mas 1 700 mil portugueses não têm médico de família. Os serviços de saúde encerram e quem continua a ganhar com isso são os grupos privados. Só há uma solução: Investir no SNS!
Membro do Comité Central do PCP e professor universitário
Mais de 200 anos após a extinção da Inquisição e quase 50 anos após o derrubamento do fascismo há quem queira impor em Portugal uma espécie de inquisição baseada na russofobia
1. O reitor da Universidade de Coimbra acha que pode despedir o diretor do Centro de Estudos Russos daquela Universidade com a mesma arbitrariedade com que um qualquer patrão de uma empresa de vão-de-escada despede um jovem em período experimental. Não há processo disciplinar, não há factos que o justifiquem. Há o facto de o demitido diretor ser russo e há a delação feita por dois ucranianos de que o diretor recomenda livros de autores russos e tem uma opinião sobre a guerra da Ucrânia que não coincide com a dos delatores.
Em todas as notícias que vieram a público sobre este despedimento, feito à margem de qualquer processo legal, o que é grave numa instituição pública, não há mais factos que o justifiquem a não ser a nacionalidade do autor e a delação acerca das suas opiniões.
É uma evidência que estamos perante uma grosseira violação do artigo 13.º da Constituição da República Portuguesa, segundo o qual ninguém pode ser prejudicado ou privado de qualquer direito em razão da sua língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas.