Etiquetas

«Não pode deixar de causar a maior repulsa que a cartilha liberal venha chorar pelo direito a ter casas vazias quando tanta gente precisa urgentemente de casa.

Defendemos a limitação do valor das rendas e o impedimento de despejos, porque é preciso dar estabilidade ao arrendamento, limitando fortemente a possibilidade de despejo, travando a subida das rendas em todos os contratos de arrendamento e prolongando os contratos de arrendamento em vigor limitando a sua não renovação.

Defendemos as famílias com crédito à habitação, porque é preciso pôr os lucros da banca a suportar as subidas das taxas de juro decretadas pelo BCE; determinar a utilização pela Caixa Geral de Depósitos de um spread de 0,25% no crédito à habitação como instrumento regulador do crédito e criar uma moratória exactamente nos moldes em que existiu durante a epidemia, em que haja apenas o pagamento de juros a uma taxa igual à que é utilizada para o financiamento dos bancos.

Perante estas propostas, que fizeram os partidos que sustentam os interesses da banca e dos fundos imobiliários?

Uns contra, outros tacitamente abstiveram-se, no fundo todos inviabilizaram estas justas propostas. Para tudo o que é essencial, juntos ou à vez, com abstenções aqui e ali, PS, PSD, Chega e IL unem-se para chumbar as medidas necessárias para responder aos problemas com que estamos confrontados.

A verdade é que, caso as propostas que fizemos tivessem sido aprovadas, elas tinham hoje consequências concretas e positivas em milhões de pessoas.»

Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP, no final do Encontro Nacional «Tomar a iniciativa – assegurar o direito à habitação para todos», em Lisboa

👉 Intervenção completa https://www.pcp.pt/habitacao-que-nece.