SNS: O PS não queria um orçamento, queria um cúmplice para favorecer o negócio privado. Hoje, perante o caos a que assistimos nas urgências obstétricas e as dificuldades em assegurar o atendimento médico urgente em várias especialidades devido à falta de profissionais e os atrasos com que se confrontam milhares de portugueses para obter uma consulta, bem se pode dizer que afinal o PCP tinha razão para votar contra o Orçamento e esta foi uma das principais razões!
Afinal o PCP tinha razão e isso hoje vê-se quando afirmava “na proposta do Orçamento do Estado (do Governo do PS) não se encontra a resposta necessária e decisiva para reforçar (…) o SNS, em particular a aposta na valorização expressiva e inadiável das carreiras e salários dos seus profissionais para garantir a sua fixação e incentivar a dedicação exclusiva. Sem isso não haverá mais consultas, exames, recuperação de cirurgias ou médicos e enfermeiros de família para todos”.
Durante longos meses levámos estas questões com propostas concretas à discussão com o Governo. Mas o PS não quis defender o Serviço Nacional de Saúde do brutal ataque a que está sujeito pelos grupos económicos dos negociantes da doença.