«Hoje, perante o caos a que assistimos nas urgências obstétricas e as dificuldades em assegurar o atendimento médico urgente em várias especialidades devido à falta de profissionais e os atrasos com que se confrontam milhares de portugueses para obter uma consulta, bem se pode dizer que afinal o PCP tinha razão para votar contra o Orçamento e esta foi uma das principais razões!
Durante longos meses levámos estas questões com propostas concretas à discussão com o Governo. Mas o PS não quis defender o Serviço Nacional de Saúde do brutal ataque a que está sujeito pelos grupos económicos dos negociantes da doença.
Afinal o PCP tinha razão também quando agora, em Maio, retomando propostas que o PS recusou, mais vez insistia e insistiam os deputados do PCP na Assembleia da República questionando: “porque continua o Governo a recusar o reforço do SNS?
Os problemas no acesso à saúde agravaram-se e a situação do SNS é pior que há seis meses. Faltam médicos e enfermeiros de família. Aumentam as queixas de atrasos e falta de resposta em consultas, tratamentos e cirurgias. A saída de profissionais do SNS agravou-se. (…)
Porque continua o Governo a recusar a autonomia de contratação pelas unidades de saúde e o reforço dos profissionais do SNS?” E agora? Que soluções perante o acentuar da gravidade da situação?
Continuam os remendos dos planos de contingência em vez das soluções de fundo. É preciso salvar o SNS e nós não vamos desistir desse combate que precisa também da acção e luta das populações, para garantir o direito universal à saúde!»
Jerónimo de Sousa, na X Assembleia da Organização Regional de Beja
👉 Intervenção completa em: https://www.pcp.pt/se-duvidas-havia-s