Ao segundo dia de votações, a novidade é que não foram 90 as propostas do PCP que o PS e a sua maioria absoluta chumbaram. Foram 93.
Mantendo-se acompanhado por PSD (em 54), IL (34) e Chega (12), mais do que chumbar propostas do PCP, chumbam, a quem vive do seu trabalho, o acesso a direitos, o direito a um salário ou uma pensão dignas, o acesso a transporte e à educação.
🪙 «Podemos comparar os dois períodos de igual duração, imediatamente antes e depois do Euro, isto é, de 1976 a 1998 e de 1999 a 2021. O crescimento anual médio de Portugal foi, no primeiro período, de 3,4% e foi, no segundo, de 0,8%.
A realidade é que o País, desde que aderiu à moeda única, reduziu o seu ritmo de crescimento a cerca de um quarto.
Dir-se-á que os ritmos de crescimento abrandaram geralmente em todo o lado, não apenas no nosso País. O que é um facto, é que antes da adesão ao Euro, Portugal crescia mais do que a União Europeia e o mundo. Depois da adesão, cresce anualmente, em média, bastante menos que a União Europeia. E cresce muito menos que o mundo.»
Jerónimo de Sousa, no debate «20 anos de circulação do Euro: passado, presente e futuro», em Lisboa
Os consumidores, por via dos sucessivos anúncios dos subsídios e apoios que a agricultura recebe, estão convencidos que isto de ser agricultor é um maná. A realidade é bem diferente, há muitos programas e apoios que não chegam ao terreno, outros são tão incipientes que não vale a pena fazer a candidatura e outros ainda não se adequam à realidade do mundo rural.
A população urbana que está convencida que a agricultura portuguesa é subsidio-dependente deve ter em conta que quase todas as agriculturas do Ocidente recebem subsídios para que os produtos agrícolas cheguem ao consumidor a um preço mais barato, é essa a principal função dos apoios. Em média, a distribuição do valor ao longo da cadeia de abastecimento agroalimentar; por cada 100€ pagos pelo consumidor, 50€ vão para a distribuição, 30€ correspondem à transformação e apenas 20€ vão para o agricultor, destes, 80% são custos de produção.
Nesta sexta-feira, 27, será votado o Orçamento de Estado de 2022 que não contempla as soluções necessárias e urgentes para combater o aumento do custo de vida.
👉Em resposta à opção do governo PS de não aumentar os salários e pensões, a CGTP-IN realizará acções de luta por todo o país e uma concentração na Assembleia da República no dia da votação.
O PCP apela à participação dos trabalhadores nas acções de luta para exigir do governo o aumento dos salários e das pensões.✊