A notícia do assassinato da jornalista palestiniana Shireen Abu Akleh há uma semana, em Jenin, na Cisjordânia, pelas forças israelitas, é um caso de estudo na história dos media. Lamentos e consternações à parte, atente-se como grande parte da comunicação social, para dar conta do abominável crime, recorreu à expressão «foi morta», que é o mesmo mas não é igual a «foi assassinada».
Como muito bem sabem as centrais de (des)informação que todos os dias nos bombardeiam com a verdade oficial, as palavras têm peso e o peso importa na gestão das emoções, que é o campo onde nos querem confinar para evitar que a razão se intrometa e se ponha a avaliar o que nos servem de bandeja.
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