A hipocrisia anda à solta.
Criticando a intervenção russa na Ucrânia, Joe Biden reafirmou o seu apego ao direito internacional, o mesmo que as tropas do seu país espezinham nas zonas ilegalmente ocupadas do Norte da Síria ou nos bombardeamentos na Somália, os últimos há poucos dias. Defende a liberdade dos povos escolherem o seu caminho, enquanto reforça criminosos e ilegais bloqueios contra Estados que não se submetem aos seus ditames. Fala na soberania da Ucrânia, mas tem como subsecretária de Estado a mesma Victoria Nuland que, em 2014, foi apanhada numa escuta (divulgada pela BBC!) a decidir, juntamente com o então embaixador norte-americano em Kiev, a composição do governo que sairia da chamada revolução de Maidan. Solidariza-se com o povo ucraniano, mas não hesita – como não hesitou – em lançá-lo em aventuras belicistas para servir interesses em tudo alheios aos seus.
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