A deputada, Mariana Silva, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta, em que questiona o Governo através do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, sobre o abate de pinheiro-bravo que está a ocorrer no Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, o pulmão do concelho, em consonância com a Câmara Municipal e Juntas de Freguesia.
O Instituto de Conservação Natureza e Florestas (ICNF) é o espelho evidente do desinvestimento, com claros prejuízos para a conservação da Natureza.
A sobreposição frequente das valências florestais às da conservação, é também uma das consequências da fusão do ICNF com a Autoridade Florestal Nacional (AFN), levada a cabo pelo PSD/CDS, em 2012, tal como o Partido Ecologista Os Verdes previamente alertou.
O abate de pinheiro-bravo que está a ocorrer no Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, o pulmão do concelho, em consonância com a Câmara Municipal e Juntas de Freguesia, no seguimento do Plano Gestão deste Perímetro de 2016, não é alheio à falta de meios do ICNF, que arrecada 40% da receita com a venda da madeira. Até 2026, estava previsto o abate de 247 ha de pinheiro-bravo (principalmente árvores entre 50 e os 80 anos), cerca de 10% da área do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar (2584 ha).
Na pergunta dirigida ao MAAC, o PEV questiona sobre o o abate raso de pinheiro-bravo e sobre a tendência para aumentar as vendas de madeira e material lenhoso, levadas a cabo pelo ICNF, em áreas protegidas e em perímetros florestais.
Estas opções de gestão pautam-se pela efetiva gestão destas áreas ou para colmatar a falta de meios do ICNF?
Pergunta completa na página do PEV

: