Nos últimos tempos temos assistido a vários fenómenos que revelam o quanto o Homem é influenciado pelo medo. O medo de um vírus fez com que milhões de pessoas em todo o mundo alterassem as suas rotinas de forma nunca antes vista. O medo de algo invisível. Um medo intensificado pelo constante bombardeamento de notícias trágicas, muitas delas abusivas, a toda a hora, pelos mais diversos meios de comunicação. Um medo que gerou e ainda gera stress, ansiedade, isolamento social, afastamento daqueles que nos serão queridos. Todos estes fatores podem influenciar o aparecimento de outras doenças e o agravamento das pré-existentes. Mas isso ficou esquecido, apenas uma doença teve voz. A doença do medo.
O mais recente fenómeno do medo deu-se no passado dia 30, dia de eleições. Em alguns casos as pessoas terão mantido as suas convicções e votaram, sem medo, segundo os seus princípios. Mas muitos foram os que votaram em função daquilo que não querem e não em função daquilo que querem. Deixaram de lado as suas reais convicções, pois o medo falou mais alto. No entanto, o medo não foi o único culpado. Os media e as redes sociais são os grandes influenciadores das decisões das pessoas. Tal é a influência que há quem opte apenas por dois lados, esquecendo-se de que está a eleger deputados para o seu distrito e não o primeiro-ministro.
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