Estive 9 meses à espera de uma consulta. E cheguei aqui e o médico disse que os exames já eram velhos. Pois eram, pois tirei-os em Março.» Em São Bartolomeu de Messines, histórias como esta repetem-se. Faltam médicos e enfermeiros em Silves, no Algarve e em todo o país. E ao mesmo tempo que o pessoal de saúde “desaparece” do SNS, “aparecem” ao lado mais e mais hospitais e clínicas privadas. Um Centro de Saúde fechado ou um serviço externalizado (dos testes e exames, às cirurgias e tratamentos) é mais um hospital privado pronto a abrir, são mais umas centenas ou milhares de utentes transformados em clientes de mais um seguro de saúde. É assim que uma fatia dos muitos milhões que do orçamento de todos para a saúde (que o PS agita como bandeira) são drenados, gota a gota, médico a médico, serviço a serviço, para o negócio da doença. E é por isso que, a não existirem medidas urgentes que permitam fixar e atrair profissionais, concretizar os investimentos em equipamentos e infraestruturas e combater o desvio de recursos públicos, o SNS poderá ser irremediavelmente diminuído e descaracterizado. Salvar o SNS é também o que está em causa no dia 30 de Janeiro e esse é o compromisso da CDU.