Foi preciso três dezenas de mortos no Canal da Mancha para que a tragédia dos migrantes na Europa voltasse a ser recentrada. Após semanas de massacre mediático sobre a situação que se vive na fronteira da Polónia com a Bielorrússia, até parecia que o drama dos migrantes era da exclusiva responsabilidade de Lukashenko. Não é o caso, por mais culpas que o presidente bielorusso pudesse ter no cartório, nesta como noutras matérias.
Voltemos à catástrofe de Lampedusa, em 2013, quando 368 migrantes morreram afogados no Mediterrâneo. O horror e a indignação que então abalaram as consciências levou a operações de resgate sem precedentes, mas foi sol de pouca dura. Desde esse trágico Outubro morreram no Mediterrâneo mais de 20 mil pessoas, segundo dados divulgados no ano passado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e pela Organização Internacional para as Migrações.
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