O chumbo do Orçamento do Estado e a decisão do Presidente da República de convocar eleições legislativas antecipadas conferiram à política uma renovada atenção mediática. Nas televisões, rádios e jornais, em artigos, comentários e debates, discute-se de tudo: de sondagens a aritméticas pós-eleitorais, da performance dos actuais líderes ao futuro das lideranças partidárias.
Na maioria dos casos, o bom político é o que navega na ambiguidade ou o que dispara sonoros soundbytes capazes de atrair microfones e câmaras e multiplicar réplicas nas redes sociais. Já o acerto das opções de cada força é medido por previsíveis (ou inventados) efeitos em futuras eleições e não pelos interesses que representam ou pelo impacto que cada uma delas possa ter na vida de milhões de pessoas.
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