Ursula Von Der Leyen discursou no Parlamento sobre o dito «Estado da União».
Se há realidade que a União Europeia demonstrou durante a chamada «crise pandémica» essa foi a sua face calculista e desprovida de real solidariedade. Ora, a presidente da Comissão Europeia tentou exactamente afirmar o contrário, argumentando com a «distribuição de vacinas» e o «certificado europeu». Contudo, estes dois exemplos demonstram exactamente que o que moveu a União Europeia não foi a solidariedade mas sim outros interesses.
Assim foi nas vacinas, em que o que a Comissão Europeia assegurou foram os interesses de grandes multinacionais farmacêuticas ao impedir a diversificação da aquisição de vacinas, interesses aliás que continua a defender, opondo-se ao levantamento dos direitos sobre as patentes das vacinas; assim foi com a dita «bazuca» que, no fundo, corresponde a um adiantamento de verbas futuras ou a empréstimos a médio e longo prazo; e assim foi também com o «certificado europeu», um ensaio para outros voos na concentração de decisões ao nível da UE que são da responsabilidade dos Estados e que, como alertámos oportunamente, é usado para vender o novo grande negócio e projecto da UE – a dita «união da saúde».
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