O Governo tem andado a empurrar com a barriga (e uns milhões de euros do erário público) o processo de renovação da concessão, agora previsto para depois das autárquicas. É preciso renacionalizar os CTT.

Saíram os dados (fornecidos pelos próprios CTT) da avaliação de qualidade de Junho. Se a situação já era desastrosa, neste momento já só pode ser descrita como de qualquer ausência de vergonha, tal a sistemática e crescente violação dos índices de qualidade previstos no contrato de concessão. Os CTT sabem que têm o Governo na mão, e o seu comportamento reflecte isso mesmo.
Este agravamento tem duas causas próximas: o facto de os CTT não terem tomado quaisquer medidas para cobrir a ida para férias de um número significativo de carteiros; e o facto de os CTT estarem a realizar reestruturações ilegais dos giros, para reduzir o número de trabalhadores, reestruturações que assentam em rotações que já não permitem cumprir os prazos contratualizados pois esses giros deixam de ser feitos com a regularidade exigida.
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