Num momento em que Arouca está novamente na moda, com a inauguração da ponte suspensa 516, quero aqui proclamar a defesa do trilho. Nas funções sindicais e políticas, regionais e nacionais, que exerço não passa um dia sem que alguém me pergunte – então e a ponte suspensa? Tornou-se um clássico, substituindo um outro, o dos Passadiços do Paiva, a busca urbana (e suburbana) do paraíso perdido, a mítica “Arouca dos campos e montes”.
Apesar de não ser a minha praia – a ponte suspensa e o passadiço – não pretendo aqui colocar em oposição o trilho ao passadiço, um turismo de nicho a um turismo massificado e menos ainda negar a importância económica para o concelho dos equipamentos existentes, mais ainda neste tempo de salutar alívio do martírio económico dos confinamentos. Quero, mais que tudo, sublinhar as potencialidades de um esquecido lado B, para o qual Arouca tem condições únicas. Em boa verdade, importa dizer, o território concelhio é tão vasto que podem cá conviver, o “parque de exposições da ponte suspensa e do passadiço” com o lado B, o trilho.
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