A Direcção de Organização Regional de Aveiro do PCP teve conhecimento da prática abusiva de algumas empresas do distrito, que, a coberto da excepcional situação que o país atravessa, e procurando salvaguardar os seus lucros, tentam que sejam os trabalhadores a pagar a crise, num atropelo completo aos seus direitos.
São inúmeros os relatos de trabalhadores sujeitos à pressão de abdicar do direito a férias, coagidos a aceitar o banco de horas, a perda de retribuição, sem acesso aos meios de protecção individual, ou a ver terminado o seu contrato de trabalho. Denunciamos alguns dos casos relatados:
MacDonalds, no Pingo Doce em Aveiro: comunica redução de horário. Trabalhadores são forçados a escolher entre licença sem vencimento, gozo de férias ou ficar a «dever» horas à empresa.
CTT: falta de equipamento de protecção individual
Inclycles (bicicletas), Águeda: Trabalhadores contratados via Ranstad a receber carta de não renovação do contrato
Fucoli-Somepal, Mealhada – Encerra e envia trabalhadores para casa forçando 3 semanas de férias
Simoldes-Plásticos, Oliveira de Azeméis – Encerra unidades impondo banco de horas e/ou férias
Faurécia-Metal, S.João da Madeira – Encerra unidade, impondo férias de anos anteriores ou actual e banco de horas. Trabalhadores temporários dispensados
Renault, Cacia – Encerra de 18 a 30 Março, impondo banco de horas e férias
Bosh-Vulcano – Anuncia intenção de recorrer a antecipação de férias, caso venha a encerrar
Vista Alegre (fábrica) – Encerra fábrica, impondo férias aos trabalhadores