A defesa e afirmação da soberania e da independência nacional está no núcleo da alternativa patriótica e de esquerda que o PCP propõe ao povo português. Para o PCP essa é antes do mais uma questão de princípio, inerente à sua condição de partido patriótico e internacionalista, uma das seis características fundamentais da sua identidade comunista. O que por si bastaria para justificar a firme oposição do PCP à política do governo minoritário do PS que, na linha de sucessivos governos, vem praticando uma política externa de vergonhosa subalternidade alinhada e submissa em relação à União Europeia, à NATO e aos EUA.
O que é tanto mais grave quanto vivemos uma situação internacional instável e perigosa em que é absolutamente necessário lutar para que o nosso País não fique amarrado de pés e mãos perante uma nova e ainda mais destruidora crise económica e financeira, nem seja arrastado na escalada de militarismo, agressão e guerra conduzida pelo imperialismo norte-americano e seus aliados. Portugal não pode ser joguete das grandes potencias capitalistas na sua correria para fugir ao aprofundamento da crise do sistema e defender uma hegemonia planetária que lhes escapa, antes tem de intervir com autonomia e voz própria na cena internacional contra a corrida aos armamentos, pela paz, a cooperação e a amizade entre os povos.