Os acontecimentos decorrentes da acção das autoridades angolanas a propósito de Isabel dos Santos, assim como o apuramento de alegados actos que lhe são atribuídos, despertou recalcadas pulsões coloniais e neocoloniais.
Há os que por posicionamento original nunca se conformaram com a luta de libertação do povo angolano e a sua independência e que contra ela conspiraram para a impedir. Também aí as coincidências se confirmaram unindo os que alimentando a saga reacionária para liquidar a Revolução de Abril desde cedo intervieram para evitar um verdadeiro processo de descolonização. Há os que perante a determinação soberana de Angola juntaram forças ao apartheid para, pela guerra de agressão, o tentar destruir e comprometer o seu futuro, animando a acção terrorista encabeçada pela UNITA, delas beneficiando para traficar recursos.
E há os que, sem história nem memória, agem sem princípios nem critério, virados para o lado que sopre o vento, vindo de onde vier, desde que isso os faça, tal papagaio de papel, emergirem nos céus da mediatização. Os mesmos que no cálculo de uns votos cobriram a agressão dos EUA à Líbia, correram a apontar o dedo a Dilma ou a Lula da Silva, teceram loas aos «Guaidós» deste mundo, se excitaram com as «revoluções laranjas» ou «primaveras árabes».