A anunciada intenção da EDP de vender, por 2,2 mil milhões de euros, seis barragens da bacia hidrográfica do Douro a um consórcio francês é mais uma dura machadada no sector e na soberania energética nacional, suscitando três reflexões.
A primeira é que, como o PCP sempre afirmou, a privatização de sectores estratégicos redunda invariavelmente não só em maiores custos para os consumidores e diminuição da qualidade do serviço público, mas também na alienação de importantes infra-estruturas produtivas (neste caso de energia) e na entrega ao estrangeiro de sectores fulcrais para o funcionamento e a economia do País. A intenção de entregar a um consórcio francês seis barragens numa das mais importantes bacias hidrográficas do País é mais um exemplo, e um atentado ao interesse nacional.