Os média dominantes são notícia pelos negócios e «reestruturações» dos grupos económico-mediáticos, pelas contradições e ataques à RTP, pela degradação da informação e pela luta dos trabalhadores.
O fundamental nesta matéria é que, em Portugal, os media dominantes pertencem a cinco grupos económico-mediáticos – Media Capital (TVI), Impresa (SIC, Expresso), Cofina (Correio Manhã, CMTV), Global Media (JN, DN, TSF), Trust in News (Visão) – e controlam dezenas de títulos e empresas conexas, com um volume global de negócios de 500 milhões de euros/ano. Este cartel económico-mediático tem engordado na crise capitalista, com mais exploração, concentração monopolista e fusão com sectores financeiros e multinacionais da «informação digital» e «redes sociais», com «mãozinha» do PS, PSD e CDS, em conflito com a Constituição que impõe a «não concentração da titularidade» dos média.
O paradigma deste processo é a Media Capital, o maior grupo media «nacional», que integra a multinacional Prisa, e que após a derrota do assalto da multinacional Altice, se prepara para ser adquirido pela Cofina, grupo de interesses multinacionais vários. A Prisa e a Altice operam em dezenas de países e os seus negócios valem 15% do PIB português, já a Cofina e a Media Capital juntas valem «apenas» 271 milhões de euros/ano, 52% do negócio dos media em Portugal.