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Jerónimo de Sousa em Arouca, 7 de Dezembro – Carlos Pinho
No passado sábado, dia sete de dezembro, o secretário geral do Partido Comunista Português – PCP – Jerónimo de Sousa, esteve em Arouca, onde participou num almoço organizado pela comissão concelhia deste partido e servido no refeitório da escola secundária.
Foi a primeira vez que um secretário geral do PCP, em efetividade de funções, visitou o município, onde foi recebido por cerca de duas centenas de pessoas, militantes e simpatizantes do partido.
No final do almoço, após momentos de franca confraternização, Jerónimo de Sousa, numa curta intervenção dirigida aos presentes, fez uma breve análise da presente situação política do país, destacando o contributo muito positivo dado pelo seu partido, na última legislatura, para que fossem recuperados direitos e melhoradas as condições de vida dos portugueses, sobretudo dos mais desfavorecidos, tão impiedosamente espoliados durante a intervenção da troika e do governo PSD/CDS-PP.
Todavia, não deixou de assinalar um conjunto de preocupações que a situação política atual transporta e que merecem a especial atenção dos comunistas, sobretudo quando o governo minoritário do PS se prepara para apresentar o próximo orçamento de estado que o partido só votará favoravelmente se, como referiu, este trouxer medidas muito claras que deem resposta aos anseios e justas reivindicações dos trabalhadores e dos mais necessitados.
Nesse sentido, não deixou de apontar a aposta clara na melhoria do Serviço Nacional de Saúde e na Escola Pública que se debatem com falta de recursos de toda a ordem; na melhoria dos transportes públicos e na extensão do passe social; na subida dos salários e, em especial, do salário mínimo nacional; no aumento das reformas e pensões, sobretudo as mais baixas; na regularização da situação dos precários da administração pública; numa rede pública de creches gratuitas para todas as crianças; na recuperação do serviço público dos CTT; na decida do IVA no gás e eletricidade; nos medicamentos gratuitos para os mais necessitados, em especial os idosos com pensões muito baixas; no ordenamento da floresta, onde ainda nada foi feito.
Relembrou que tudo isto teria sido possível e será possível, se não fossem as sempre mais ousadas e injustificadas metas do défice impostas pela União Europeia e a continuação da entrega de quantias astronómicas à banca que, impunemente, continua a desbaratar a riqueza no país, como aconteceu ainda, recentemente, com o Novo Banco.
Por fim, alertou para os perigos com que a democracia se depara, com o surgimento de movimentos e partidos de extrema-direita, populistas e fascistas, que exploram o medo e a ignorância e aos quais se tem que responder com determinação e coragem, sem perder a esperança na construção de um mundo mais livre e duma sociedade mais justa.
Arouca, 12 de Dezembro de 2019
in “DiscursoDirecto”