Mensagem de Ano Novo de Jerónimo de Sousa
30 Segunda-feira Dez 2019
30 Segunda-feira Dez 2019
28 Sábado Dez 2019
Posted Arouca, Francisco Gonçalves, PCP
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Este é o título de um livro de ensaios de um dos grandes nomes das letras do século XX, Marguerite Yourcenar. Bebendo da água que corre (na obra) “No dia em que uma estátua é acabada começa, de certo modo, a sua vida.”…
No passado dia 7 de Dezembro realizou-se aqui no concelho, na Escola Secundária de Arouca, uma das três, quatro iniciativas regionais que o PCP realiza por ano, com a presença do secretário-geral, no distrito de Aveiro, onde ao convívio se junta a intervenção política local, regional e nacional. Por ser em Arouca e a primeira vez que Jerónimo de Sousa cá vem é pertinente aqui deixar umas notas.
Dizia-me uma camarada, daquelas que já o eram nos tempos da Velha Senhora: Oh, Francisco, não imaginas o que senti quando, ao chegar a Arouca, vejo um cartaz a anunciar um Almoço com o Jerónimo de Sousa. Quem diria!
Mas outras leituras poderíamos fazer, não foi porque a CDU teve cerca de duas centenas e meia de votos, que o secretário-geral do PCP não deixou de vir a Arouca, não foi a pior ou melhor expressão eleitoral da CDU, que Arouca passou ou deixou de contar. Conta sempre. E conta sempre porque há muita intervenção a fazer, porque se podem melhorar as condições de vida de quem cá vive e/ou trabalha.
Mas o inédito da iniciativa não se fica pela presença do Jerónimo. A iniciativa teve cerca de duzentos participantes, uma grande parte de Arouca – militantes, amigos da CDU, independentes e até arouquenses de outras sensibilidades políticas -, correu bem e com a naturalidade de uma qualquer iniciativa cultural ou desportiva, das muitas que se realizam por cá.
E foi assim porque o tempo passou e foi esculpindo arestas, mas não só. Foi assim porque, há década e meia, PCP e CDU têm, em Arouca, uma actividade política regular: distribuições, renovação da propaganda fixa, um blogue (www.cduarouca.com) com actualização regular, a elaboração de cadernos temáticos, a intervenção no período dos munícipes nas Assembleias Municipais, a produção de notas e comunicados sobre a vida no concelho e a participação activa nas campanhas eleitorais. E esta actividade política regular, que nós chamamos militância e outros participação cívica, não nos tornou, em Arouca, “os melhores” apenas “habituais”.
27 Sexta-feira Dez 2019
A anunciada intenção da EDP de vender, por 2,2 mil milhões de euros, seis barragens da bacia hidrográfica do Douro a um consórcio francês é mais uma dura machadada no sector e na soberania energética nacional, suscitando três reflexões.
A primeira é que, como o PCP sempre afirmou, a privatização de sectores estratégicos redunda invariavelmente não só em maiores custos para os consumidores e diminuição da qualidade do serviço público, mas também na alienação de importantes infra-estruturas produtivas (neste caso de energia) e na entrega ao estrangeiro de sectores fulcrais para o funcionamento e a economia do País. A intenção de entregar a um consórcio francês seis barragens numa das mais importantes bacias hidrográficas do País é mais um exemplo, e um atentado ao interesse nacional.
26 Quinta-feira Dez 2019
Posted Internacional, Nacional, PCP, Política, Sociedade, Trabalhadores
inAs grandes acções de massas que irromperam na América Latina e um pouco por todo o mundo, tendo motivações imediatas e características diversas, têm em comum a revolta generalizada contra o estado de coisas existente ou seja, contra as insuportáveis injustiças e desigualdades sociais inerentes ao capitalismo agudizadas pelo aprofundamento da sua crise estrutural. Caracterizadas pela grande combatividade e coragem com que defrontam a violência da repressão têm desafiado o imperialismo, abalado os alicerces de regimes que se julgavam impunes e alcançado vitórias que, ainda que parciais e contaminadas pelo cálculo da classe dirigente em «mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma», não deixam de ter importante significado político.
Tão ampla explosão de lutas populares que do Haiti ao Líbano ou à França, passando pela Colombia, Chile, Equador, Bolívia e outros países mobilizam milhões de pessoas, na sua grande maioria jovens despertos para a luta pelos seus direitos e pela soberania dos seus países, suscita solidariedade, grandes esperanças, reflexões e também lições para a nossa própria luta.
24 Terça-feira Dez 2019
22 Domingo Dez 2019
Há palavras que nos são impostas. Nas últimas décadas não houve nenhum noticiário ou comentador que tenha passado ao lado da palavra défice. O défice, tão distante do quotidiano dos portugueses, torno-se elemento de referência obrigatório para aferir a qualidade de governação. Entenda-se défice, como a diferença entre as receitas e despesas do Estado a dividir pela riqueza que o País produz durante um ano – PIB. Reduzir o défice, uma opção aparentemente aritmética (despedida de conteúdo de classe), tornou-se num «desígnio» nacional. Cada décima a menos um troféu, um novo passo no sentido da «sustentabilidade das contas públicas». Por causa do défice não se aumentam salários e pensões, não se constroem equipamentos, não se contratam trabalhadores que fazem falta. O défice apenas pode ser ignorado, quando se trata dos superiores interesses da «estabilidade do sistema financeiro», da «atratividade do investimento privado», dos «compromissos com os credores». Habituaram-nos assim!
20 Sexta-feira Dez 2019
Posted Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores
inOs média dominantes são notícia pelos negócios e «reestruturações» dos grupos económico-mediáticos, pelas contradições e ataques à RTP, pela degradação da informação e pela luta dos trabalhadores.
O fundamental nesta matéria é que, em Portugal, os media dominantes pertencem a cinco grupos económico-mediáticos – Media Capital (TVI), Impresa (SIC, Expresso), Cofina (Correio Manhã, CMTV), Global Media (JN, DN, TSF), Trust in News (Visão) – e controlam dezenas de títulos e empresas conexas, com um volume global de negócios de 500 milhões de euros/ano. Este cartel económico-mediático tem engordado na crise capitalista, com mais exploração, concentração monopolista e fusão com sectores financeiros e multinacionais da «informação digital» e «redes sociais», com «mãozinha» do PS, PSD e CDS, em conflito com a Constituição que impõe a «não concentração da titularidade» dos média.
O paradigma deste processo é a Media Capital, o maior grupo media «nacional», que integra a multinacional Prisa, e que após a derrota do assalto da multinacional Altice, se prepara para ser adquirido pela Cofina, grupo de interesses multinacionais vários. A Prisa e a Altice operam em dezenas de países e os seus negócios valem 15% do PIB português, já a Cofina e a Media Capital juntas valem «apenas» 271 milhões de euros/ano, 52% do negócio dos media em Portugal.
19 Quinta-feira Dez 2019
Posted Política, Sociedade, Trabalhadores
inA preguiçosa e demagógica tese em causa não merece que se perca muito tempo com ela. Mas a questão do comportamento eleitoral das classes trabalhadoras exige reflexão, tanto mais que estudos sérios (neste caso sobre a realidade britânica) apontam para que “as desigualdades de classe relativamente à participação eleitoral tenham crescido significativamente”, a tal ponto que se tornaram mais visíveis no campo da participação que no da opção política.
A tese de que os “populismos” engordam graças ao apoio daqueles que Hillary Clinton chamava os “deploráveis”, que, de tão culturalmente incapazes, perderam a batalha da globalização e, na sua raiva, votavam antes numa esquerda demagógica e populista e agora votam na direita populista, é de um simplismo preguiçoso e demagógico.
Este gasto discurso de que “os extremos se tocam” (António Barreto repete-o todas as semanas nas páginas deste jornal), de que comunistas e fascistas são iguais e que, por o serem, dividem entre si o apoio dos politicamente “incompetentes”, é parte do (ainda mais velho) discurso liberal elitista de que a cidadania é, não um exercício efetivador de direitos, mas um processo de inculcação, no final do qual a maioria da sociedade (as classes populares, isto é, os que trabalham mas que não devem sequer decidir sobre o trabalho que fazem) adotam os valores e a mundivisão das elites, reconhecendo-lhes o direito ao governo da sociedade; isto é, os pobres aprendem a acreditar no que os ricos deles pensam, reconhecendo a inferioridade inerente à sua “incompetência”.
18 Quarta-feira Dez 2019
Posted PCP, Política, Portugal, Sociedade, Trabalhadores
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16 Segunda-feira Dez 2019
Posted Internacional, Política, Sociedade
inNuma entrevista recente à Paris Match Magazine, o presidente sírio Bashar al-Assad colocou uma interessante questão: poderia a Síria enviar tropas para França, a pretexto de combater o terrorismo, sem autorização das autoridades daquele país?
A resposta é óbvia e a pergunta seria até absurda não estivesse a França, juntamente com os EUA, o Reino Unido e a Turquia, há anos a ocupar ilegalmente território sírio. Respondamos então positivamente ao desafio do dirigente sírio, deixemos de lado o poderio de cada um dos países e lancemo-nos ao exercício de imaginar o mundo ao contrário.
Que teria acontecido, nessa realidade inventada, aos Estados Unidos, que comprovadamente desenvolvem o seu já fabuloso arsenal de armas de destruição generalizada? Que sanções não sufocariam a sua economia devido à conhecida ingerência nos assuntos internos de outros estados? Quantos raides aéreos não teriam já atingido o seu território pela agressão militar a dezenas de países? Que missões de observadores internacionais não teriam de monitorizar as suas eleições, conhecidas que são sucessivas fraudes e irregularidades?
15 Domingo Dez 2019
Posted Ambiente, Arouca, CDU Arouca, Poder Local, Política
inRio Arda, Arouca – Dezembro de 2019
14 Sábado Dez 2019
Nas análises que alguns comentaristas fazem sobre os resultados das recentes eleições legislativas, e em especial sobre a votação no “Chega”, surge frequentemente a ideia de que esse partido de extrema-direita absorve votos anteriormente confiados à esquerda, nomeadamente ao PCP. Mas não é isso que os dados concretos mostram.
A eleição de um deputado do Chega, à qual se tem associado (precipitadamente) a mesma capacidade de expansão que o próprio Ventura julga ter, tem motivado uma discussão sobre a irrupção do “populismo” em Portugal. Começo por discordar do uso vulgar do conceito: o que há é um nacional-populismo com traços evidentes de neofascismo, uma cultura política ocidentalista contra as “ameaças” do Sul do mundo, vindas de minorias descritas como “antiocidentais”, presente na esfera política e cultural do Ocidente desde os anos 1990.
Não nasceu com Trump e Bolsonaro; é apenas o mais recente surto de uma cultura política reacionária que, desde o início da era das massas, perpassa o conjunto das direitas e que, em momentos como o atual, ganha autonomia face aos seus partidos tradicionais, mas que nunca deixou de estar dentro deles. Continuar a ler
13 Sexta-feira Dez 2019
Posted Arouca, CDU Arouca, Sociedade, Trabalhadores
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12 Quinta-feira Dez 2019
Posted CDU Arouca, CDU na imprensa, PCP
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Jerónimo de Sousa em Arouca, 7 de Dezembro – Carlos Pinho
No passado sábado, dia sete de dezembro, o secretário geral do Partido Comunista Português – PCP – Jerónimo de Sousa, esteve em Arouca, onde participou num almoço organizado pela comissão concelhia deste partido e servido no refeitório da escola secundária.
Foi a primeira vez que um secretário geral do PCP, em efetividade de funções, visitou o município, onde foi recebido por cerca de duas centenas de pessoas, militantes e simpatizantes do partido.
No final do almoço, após momentos de franca confraternização, Jerónimo de Sousa, numa curta intervenção dirigida aos presentes, fez uma breve análise da presente situação política do país, destacando o contributo muito positivo dado pelo seu partido, na última legislatura, para que fossem recuperados direitos e melhoradas as condições de vida dos portugueses, sobretudo dos mais desfavorecidos, tão impiedosamente espoliados durante a intervenção da troika e do governo PSD/CDS-PP.
10 Terça-feira Dez 2019
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Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, 7 Dezembro 2019, Arouca
08 Domingo Dez 2019
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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu este sábado em Arouca que a proposta do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) “não deve desistir do país”, sem esclarecer, contudo, qual será o sentido de voto dos comunistas no parlamento.
Jerónimo de Sousa em Arouca, 7 de Dezembro – LUSA
“Sejamos claros, votaremos [o OE2020] em conformidade com o seu conteúdo, com o grau de resposta que der aos problemas, e consideramos que deve ser uma proposta do Orçamento do Estado que não deve desistir do país”, disse Jerónimo de Sousa, durante um encontro de militantes do PCP em Arouca, no distrito de Aveiro.
O líder comunista disse que, apesar de haver um novo quadro político resultante das eleições legislativas, a correlação de forças não se alterou, pelo que é importante “prosseguir o caminho” do aumento dos salários, reformas e pensões e da defesa do Serviço Nacional de Saúde e da escola pública.
No entanto, deu conta de algumas “inquietações”, por saber que o Governo minoritário do PS “pode não estar disposto a encetar o percurso que se verificou nos últimos quatro anos”, deixando na gaveta respostas que assumiu.
“O próprio Governo admite que muitas das respostas que se assumiram correm o risco de ficar a meio caminho, na medida em que a sua concretização está sempre depende do funil orçamental, em que só passa o que sobra das outras opções que se assumem, seja o défice, seja o serviço da dívida”, afirmou.
Jerónimo de Sousa considerou “uma emergência nacional” o aumento do salário dos trabalhadores portugueses, defendendo que o salário mínimo nacional de 850 euros “era possível e necessário para o desenvolvimento do país, para combater a pobreza que existe”.
06 Sexta-feira Dez 2019
Posted Arouca, Educação, Francisco Gonçalves, Política
inRecentemente esteve novamente em debate a valia da retenção versus a da não retenção no ensino básico, desta vez no próprio plenário da Assembleia da República e em aceso despique entre António Costa e Rui Rio, com réplica generalizada nas colunas de opinião de jornais, televisões, rádios, blogues e redes sociais. A um lado juntaram-se os partidários “da sebenta e dos exames” (o rigor da Lusa Atenas), a outro os “dos projectos inovadores ” (a caça aos Fundos Europeus). Como diz um amigo meu: não sou a favor nem contra, antes pelo contrário. O problema não é o passa e chumba mas se os alunos aprenderam ou não.
Sobre a ideia em si, nesta contenda os primeiros não respondem à consequência de um sistema assente na retenção – o que fazer com os alunos que ficam para trás? -, os segundos à consequência de um sistema assente na não retenção – há recursos suficientes para responder à heterogeneidade dos grupos?
Sobre a realidade concreta o tiro é, também, ao lado, tem décadas na lei a “retenção como medida excepcional”, a pressão administrativa para a não retenção e o convívio destas com os exames e os rankings.
04 Quarta-feira Dez 2019
As eleições de Outubro deste ano ditaram um quadro político institucional que, tal como se verificou na anterior legislatura, é determinado quer pela arrumação de forças existente na Assembleia da República quer pelas opções do Governo.
Mas as circunstâncias que obrigaram o PS a assumir posicionamentos políticos que noutros momentos nunca tinha assumido, possibilitando avanços em vários domínios, não se verificam agora na sua totalidade. O Governo entrou em funções, apresentou o seu programa e governa. Mas os graves problemas do País, resultantes de décadas de política de direita, continuam a não encontrar resposta nas opções do Governo minoritário do PS.
O País precisa de uma outra política. Precisa de valorizar rendimentos, salários e direitos dos trabalhadores, promover a produção nacional, defender os serviços públicos, adoptar uma justa política fiscal, recuperar o controlo público dos sectores estratégicos, renegociar a dívida e recuperar instrumentos de soberania, incluindo monetária, sem os quais Portugal não tem futuro.
Mais do que nunca, é a própria realidade do País que põe em evidência a necessidade de uma política patriótica e de esquerda. A intervenção do Partido, na actual fase, deve expressar esse conteúdo e objectivo. No conjunto de iniciativas na Assembleia da República, nas campanhas e intervenções públicas, na acção diária das organizações do Partido, na afirmação do projecto distintivo da CDU no poder local, no posicionamento que assumimos perante iniciativas de outros, como é o caso da proposta de Orçamento do Estado. Continuar a ler
03 Terça-feira Dez 2019
Posted Internacional, Política, Sociedade
inAs hipócritas máscaras ‘democráticas’ do imperialismo dão lugar ao apadrinhamento descarado do fascismo, da violência e do golpismo. Os EUA rasgam impunemente os tratados que assinaram: da Palestina ao controlo de armas, do comércio ao clima e ao Irão. Os seus golpes de Estado e subversões envolvem cada vez mais o roubo descarado dos bens das vítimas (como à Venezuela). Desmascarando anos de propaganda sobre ‘direitos humanos’ e ‘ditadores’, Trump anuncia que vai manter tropas na Síria para ocupar os poços petrolíferos «porque vamos ficar com o petróleo. Eu gosto de petróleo. Vamos ficar com o petróleo» (SputnikNews, 2.11.19). São os ‘valores ocidentais’ em todo o seu esplendor.
No seu estilo, Trump dispara em todas as direcções, incluindo contra potências da UE, por fazerem acordos comerciais que não beneficiam os EUA e por não darem mais dinheiro para as guerras de que também beneficiam. A UE geme, mas alinha. Os seus governos (incluindo o do PS em Portugal) colaboram nas operações golpistas contra Venezuela e Bolívia. Macron, em entrevista à revista Economist (1.11.19) lamenta a «morte cerebral» da NATO. Mas é uma queixa de capataz: os EUA retiraram alguns soldados da Síria sem aviso prévio à França, que também tinha ilegalmente tropas na sua antiga colónia e ficou descalça. Qual a alternativa de Macron? Enquanto não está ocupado a arrancar olhos a manifestantes, «o dirigente francês apela à Europa para começar a pensar em si própria como uma ‘potência geo-política’» (BBC, 7.11.19), reforçando a sua força militar. Antecipando a Cimeira da NATO em Londres, o ‘trabalhista’ norueguês Stoltenberg, Secretário-Geral da NATO, está orgulhoso por militarizar o Espaço, seguindo as decisões anunciadas pelos EUA em Fevereiro.
01 Domingo Dez 2019
Posted Internacional, Política, Portugal, Sociedade
inRealiza-se em Londres, dias 3 e 4 de Dezembro, uma Cimeira da NATO, que assinalará os 70 anos da fundação deste bloco político-militar agressivo, criado a 4 de Abril de 1949, e cuja natureza ficou, desde logo, patente com a inclusão da ditadura fascista de Salazar como um dos seus membros fundadores.
Ao longo dos seus 70 anos de existência a NATO, proclamando-se falsamente como defensora da democracia e da paz, confirmou-se como um instrumento de domínio imperialista hegemonizado pelos EUA, responsável pela ingerência e guerras contra a soberania, a democracia e os direitos de Estados e dos seus povos.
Numa situação internacional em que a corrida armamentista, o desmantelamento de acordos de desarmamento e de limitação de armamento nuclear, o desrespeito dos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, a multiplicação de focos de tensão e desestabilização, das ameaças e guerras de agressão, que são expressão da escalada de confronto promovida pelos EUA e seus aliados, encerram enormes perigos para a Humanidade, a luta pela paz, pelo desarmamento e, em particular, pela dissolução da NATO, reveste-se da maior importância.