Por cá, todos os media dominantes no mercado comunicacional estão sob controlo de cinco grandes grupos económico-mediáticos, que aliás podem passar a quatro se acontecer a compra da Media Capital/TVI pela Cofina/Correio da Manhã, num salto de concentração inconstitucional da propriedade dos media. E até a RTP e a Lusa, que se mantêm no sector público, têm as mãos atadas pela (inter)mediação monopolista.
A comunicação social do grande capital tem hoje como objectivo o aprofundamento da política de direita, pela ocultação, calúnia e (vã) tentativa de liquidar o PCP, pela promoção dos «cucos» e de novas criaturas e «protagonismos» fascistoides, de fake news e «questões fracturantes», de facto manobras de diversão, de manipulação e antidemocráticas. E isto, claro, ao mesmo tempo que «naturalizam» a exploração dos jornalistas e de todos os trabalhadores e subvertem a liberdade de informação e imprensa, o rigor e o pluralismo, a que os media estão obrigados por Lei.