1. Os resultados conhecidos traduzem, ainda que com alterações de posicionamento e expressão eleitoral entre as forças políticas com representação na Assembleia da República, um quadro parlamentar com uma relação de forças semelhante ao de 2015.
Mas esse facto não ilude que a esta actual arrumação de forças no plano institucional corresponda uma conjuntura política distinta da de 2015.
Ficou claro nestes anos que foram importantes os passos dados na defesa, reposição e conquista de direitos, no seguimento da interrupção da acção de um governo e de uma política de desastre nacional com a decisão então tomada pelo PCP e o PEV de contribuir para uma solução institucional que fizesse corresponder à derrota imposta no plano social e eleitoral ao governo PSD/CDS a sua derrota política, fazendo gorar planos para prosseguir e intensificar a ofensiva que os PEC e o Pacto de Agressão haviam inscrito como orientação para o futuro da vida do País e do povo português.
Mas ficou igualmente claro que as medidas negativas que se evitaram e os avanços verificados, não são suficientes para a resposta necessária aos problemas nacionais e à concretização dum Portugal desenvolvido e soberano.