Ainda há sondagens rigorosas e isentas, mas são cada vez menos, e são ainda mais raras as notícias objectivas desta matéria nos media dominantes.
Uma verdadeira sondagem comporta uma limitação insuperável – apenas permite a previsão aproximada de uma tendência, num determinado momento e no intervalo de valores da margem de erro. E isto se forem utilizados o método aleatório, amostras bem estratificadas e dimensionadas – no plano geográfico, social, etário, de género e de voto anterior -, inquirição fiável e estimação complementar da abstenção e distribuição de não respondentes e indecisos conforme com a realidade.
É indispensável ter presente que hoje os interesses que comandam a ideologia e o sistema mediático instrumentalizam até as sondagens sérias, não esclarecem e escondem a informação nas letrinhas ilegíveis, destacam títulos «de encomenda», repetidos à exaustão, que visam «fazer a cabeça» dos mais frágeis e indecisos, para desta forma fabricar resultados eleitorais de sua conveniência.